(O Evangelho
Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Cap. V – Item 4)
Deus é amor
invariável e o amor desafivela os grilhões do espírito.
Se há repouso na
consciência, a evolução da alma ergue-se, desenvolta, dos alicerces
insubstituíveis do sacrifício.
Quem não se bate
pelo bem, desce imperceptivelmente para as fileiras do mal.
Junto à correção
sempre existe o desacerto, exaltando o mérito do dever na conduta digna.
Identifique, na
dificuldade, o favor da Providência Divina para dilatar-lhe a paz, sentindo, no
imprevisto da experiência mais grave, o fulcro de incitamento à perseverança na
boa intenção e vendo, na tibiez de quantos imergiram na invigilância, o exemplo
indelével daquilo que não deve ser feito.
Quanto maior a
sombra em torno, mais valiosa a fonte de luz.
Desse modo, a
alegria pura viceja entre a dor e o obstáculo; a resignação santificante nasce
em meio às provas difíceis; a renúncia intrépida irrompe no seio da injustiça
das emulações acirradas, e a pureza construtiva surge, não raro, em ambiente de
viciação mais ampla.
Eis por que, em
seu círculo pessoal, se entrecruzam mensagens importantes e diversas a lhe
doarem o estímulo e a consolação, o entendimento e a claridade de que você carece
para ajustar-se espiritualmente, através das lides variadas de cada instante.
O chefe
irritadiço é instrumento providencial da corrigenda.
O companheiro
problemático deixa-nos livre caminho à sementeira da fraternidade sem mescla.
O engano é
precioso contraste a ressaltar as linhas configurativas da atitude melhor.
A tortuosidade
do caminho demonstra a excelência da estrada reta.
Faça, pois, do
momento que transcorre, a lição recolhida para o momento a transcorrer,
verificando quantas vezes, em vinte e quatro horas, você é requisitado a
auxiliar os semelhantes, e não regateie cooperação.
Na oficina de
trabalho, buscam-lhe a gentileza no amparo de muitos corações que se sentem ao
desabrigo.
Na via pública,
esbarram-lhe o passo companheiros que vão e vêm buscando encontrar o sorriso
que você pode ofertar-lhes como incentivo à esperança.
No recesso do
lar, o alvorecer encontra-lhe a presença, em novas possibilidades de exaltar a
confiança nos Desígnios da Altura.
Na conversação
comum, requisições ostensivas auscultam-lhe a disposição de estender
conhecimento e virtude, na enfermagem das chagas morais, entrevistas na modulação
das vozes e nos traços dos semblantes, afora variegados ensejos de assistir o próximo,
a lhe desafiarem a eficiência e a vigilância, tais como a necessidade interior estampada
no silêncio do visitante, o azedume do colega menos feliz, o doente a
buscar-lhe os préstimos, o sofredor a rogar-lhe compreensão, a abordagem da
criancinha desvalida, a surpresa menos agradável, a correspondência a exigir-lhe
a atenção ou o noticiário intranqüilo que a imprensa propala.
Pureza
inoperante é utopia igual a qualquer outra e, em razão disso, ignorar a poça infecta
é manter-lhe a inconveniência.
Não menospreze,
assim, a lição do momento, na certeza de que renovamos idéias, experiências e
destinos, cada dia, segundo as particularidades das manifestações de nosso livre-arbítrio.
Espírito: André
Luiz.
Livro: O
Espírito da Verdade.
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
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