O surto das
alienações mentais infanto-juvenil, num crescendo assustador, deve reunir-nos
todos em torno do problema urgente, a fim de que sejam tomadas providências
saneadoras dessa cruel pandemia.
Nas sórdidas
favelas, onde os fatores criminógenos se desenvolvem com facilidade e morbidez;
nos agrupamentos escolares, nos quais enxameiam os problemas de relacionamento sem
ética, sem estruturação moral; nas famílias em desagregação por distonias emocionais
dos pais, egoístas e arbitrários; nas ruas e praças desportivas, em razão da
indiferença dos adultos e dos exemplos perniciosos por eles praticados, as
drogas, o sexo, a violência, induzem crianças e jovens ao martírio da alienação
mental e do suicídio.
Desamados,
quanto indesejados, passam pelas avenidas do mundo esses seres desamparados,
objeto de promoção de homens ambiciosos e sem escrúpulos, que deles fazem bandeira
de auto-promoção e sensibilização das massas, esquecendo-os logo depois de atingidas
as metas que perseguem.
Pululam, também,
essas vítimas das atuais desvairadas cultura e tecnologia, nos lares ricos e
confortáveis de onde o amor se evadiu, substituído pela indiferença e
permissividade com que compensam o dever, enganando a floração infantil que
emurchece com as terríveis decepções antes do tempo.
Ao lado de todos
esses fatores psicossociais, econômicos e morais, destacam-se os espirituais,
que decorrem dos vínculos reencarnacionistas que imanam esses espíritos em
recomeço àqueloutros que lhes sofreram danos, prejuízos e acerbas aflições pretéritas,
de que não se liberaram.
As disciplinas
que estudam a psique, seguramente, penetram na anterioridade do ser ao berço,
identificando, na reencarnação, os mecanismos desencadeadores das alienações,
seja através dos processos orgânicos e psíquicos ou mediante os conúbios obsessivos.
A obsessão
irrompe em toda parte, na condição de chaga aberta no organismo social,
convidando as mentes humanas à reflexão.
Desatentos e
irrequietos os homens avançam sem rumo, distanciados ainda de responsabilidades
e valores morais.
Urge que a
educação assuma o seu papel no organismo social da Terra sofrida destes dias.
Educação, porém, no seu sentido profundo, integral, de conhecimento,
experiência, hábitos e fé racional. Estruturando o homem nos seus equipamentos
de espírito, perispírito e corpo, nele fixando os valores éticos de cuja
utilização se enriqueça conscientizando-se da sua realidade externa e vivendo
de forma consentânea com as finalidades da existência terrena, que o levará de
retorno à Pátria de origem em clima de paz.
Não se pode
lograr êxito, na área da saúde mental como na da felicidade humana,
utilizando-se um comportamento que estuda os efeitos sem remontar às causas,
erradicando-as em definitivo.
Para tanto, é
fundamental que o lar se transforme num santuário e a escola dê prosseguimento
nobre à estrutura familiar, preparando o educando para a vida social, herdeiros
de guerras cruéis, remotas e recentes, de crimes contra a Humanidade e o indivíduo,
os reencarnantes atuais estão atados a penosas dívidas, que o amor e o
Evangelho devem resgatar, alterando o comportamento da família e da sociedade,
assim poupando o futuro de danos inimagináveis.
Tarefa superior,
a da educação consciente e responsável!
Nesse sentido, o
conhecimento do Espiritismo, que leva o homem a uma vivência coerente com a
dignidade, é a terapia preventiva como curadora para os males que ora afligem a
quase todos e, em especial, estiolando a vida infanto-juvenil que surge, risonha,
sendo jogada nas tribulações e misérias para as quais ainda não se encontra
preparada, nem tem condições de compreender assumindo, antes do tempo, comportamentos
adultos, alucinados e infelizes.
Voltemo-nos para
a infância e a juventude e leguemo-lhes segurança moral e amor, mediante os
exemplos de equilíbrio e de paz, indispensáveis à felicidade deles e de todos
nós, herdeiros que somos das próprias ações.
Espírito:
Benedita Fernandes
Médium / Divaldo
Franco.
Livro: SOS
Família.
Nenhum comentário:
Postar um comentário