Muito cômodo
atribuir-se o insucesso das realizações a outrem, transferindo responsabilidades.
Incapaz de
encarar o fracasso do verdadeiro ângulo pelo qual deve ser examinado, o homem
que faliu acusa os outros e exculpa-se, anestesiando os centros do discernimento,
mediante o que espera evadir-se do desastre.
Há fatores de
vária ordem que contribuem poderosamente em todo e qualquer cometimento humano.
O homem de ação, porém, graças aos seus valores intrínsecos reais, responderá
sempre pela forma como conduz o programa que tem em mãos para executar. Assim,
portanto, pelos resultados do empreendimento;
Pessoas asseveram em face dos desequilíbrios
que se permitem: “Não tinha outra alternativa. Fui induzido pelos maus amigos.”
Outras criaturas
afirmam após a queda: “Os Espíritos Infelizes ganharam a batalha, após a
insistência e a perseguição que eu não mais agüentava.
Diversos
justificam a negligência, sob o amparo do desculpismo piegas e da desfaçatez
indébita.
***
Luta sem
desfalecimento e perseverança no posto em qualquer circunstância são as honras
que se reservam ao candidato interessado na redenção.
O vinho capitoso
flui da uva esmagada.
O pão nutriente
surge do trigo triturado.
A água
purificada aparece após vencer o filtro sensível.
Os dons da vida
se multiplicam mediante as contribuições poderosas da transformação, da
renovação, do trabalho.
Não te escuses
dos dissabores e desditas, acusando o teu irmão.
Mesmo que ele
haja contribuído para a tua ruína, és o responsável. Porque agiste de boa-fé
com leviandade, ou tutelado pela invigilância, não te deves acreditar inocente.
Cada um
sintoniza com o que lhe apraz e afina.
O Evangelho na
sua beleza e candidez de linguagem, registra e nos recorda a incisa e concisa
lição do Mestre: “Sede mansos como as pombas e prudentes como as serpentes.”
Sem que estejas
em posição belicosa, colocado em situação contrária, abre a alma ao amor para
com todos, porém vigia “o coração porque dele procedem as nascentes da vida”.
Diante de qualquer fracasso, refaze as forças,
assume responsabilidades e tenta outra vez. Quiçá seja esse o feliz instante de
acertares logrando êxito.
Livro: Leis
Morais da Vida.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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