domingo, 30 de junho de 2013

SUCESSO E NÓS

Você é o seu próprio pensamento em ação.
Todos somos filhos de Deus e, em qualquer lugar, estamos todos na Presença Divina.
A palavra é força criadora. Coloque bondade e compreensão no verbo, que lhe expõe o modo de ser, e ele realizará maravilhas.
Você pode e deve conservar-se fiel ao seu amor e ao seu ideal, mas não conseguirá ser feliz sem renovar-se.
Apague de sua mente e de sua conversação toda idéia ou palavra que estabeleça imagens condenatórias ou deprimentes. A nossa existência é comparável à escada e todos somos capazes de utilizar os degraus que nos levam acima.
Nunca despreze os outros nem a si mesmo. Todos somos úteis e importantes na Obra Divina.
Faça de Deus seu mentor, amigo e sócio, reconhecendo ser nosso dever colocar-nos em Deus, tanto quanto Ele, por Suas Leis, está em nós.
Fazendo o bem e esquecendo o mal, entreguemo-nos às obrigações que Ele nos confiou. E, em matéria de sucesso, paz e alegria, o nosso próprio trabalho, com a bênção de Deus, fará o resto.
Livro: Diálogo dos Vivos
André Luiz / Chico Xavier.

Pureza

Reunião pública de 16/2/59
“Bem-aventurados os puros, porque verão a Deus.”
Estudando a palavra do Mestre Divino, recordemos que no mundo, até hoje, não existiu ninguém quanto Ele, com tanta pureza na própria alma.
Cabe-nos, pois, lembrar como Jesus via no caminho da vida, para reconhecermos com segurança que, embora na Terra, sabia encontrar a Presença Divina em todas as situações e em todas as criaturas.
Para muita gente, a manjedoura era lugar desprezível; entretanto, Ele via Deus na humildade com que a Natureza lhe oferecia materno colo e transformou a estrebaria num poema de excelsa beleza.
Para muita gente, Maria de Magdala era mulher sem qualquer valor, pela condição de obsidiada em que se mostrava na vida pública; no entanto, Ele via Deus naquele coração feminino ralado de sofrimento e converteu-a em mensageira da celeste ressurreição.
Para muita gente, Simão Pedro era homem rude e inconstante, indigno de maior consideração; contudo, Ele via Deus no espírito atribulado do pescador semi-analfabeto que o povo menosprezava e transmutou-o em paradigma da fé cristã, para todos os séculos.
Para muita gente, Judas era negociante de expressão suspeita, capaz de astuciosos ardis em louvor de si mesmo; no entanto, Ele via Deus na alma inquieta do companheiro que os outros menoscabavam e estendeu-lhe braços amigos até ao fim da penosa deserção a que o discípulo distraído se entregou, invigilante.
Para muita gente, Saulo de Tarso era guardião intransigente da Lei Antiga, vaidoso e perverso, na defesa dos próprios caprichos; contudo, Ele via Deus naquele espírito atormentado, e procurou-o pessoalmente, para confiar-lhe embaixada importante.
Se purificares, assim, o coração, identificarás a presença de Deus em toda parte, compreendendo que a esperança do Criador não esmorece em criatura alguma, e perceberás que a maldade e o crime são apenas espinheiro e lama que envolvem o campo da alma – o brilhante divino que virá fatalmente à luz...
E aprendendo e servindo, ajudando e amando passarás, na Terra, por mensagem incessante de amor, ensinando os homens que te rodeiam a converter o charco em berço de pão e a entender que, mesmo nas profundezas do pântano, podem surgir lírios perfumados e puros para exaltar a glória de Deus.
Livro: Religião dos Espíritos.
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
O bem e o mal
632. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?
Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.

sábado, 29 de junho de 2013

Intima batalo / Luta íntima

Estas konstanta intima batalo, kiam la homo decidas adopti noblan vivaranĝon.
Tiam, símile al du furiozaj armeoj, en la mensa kampo, ekaperas konstantaj kontaŭstaroj.
La kutimaj batalantoj – egoísmo, orgojlo, fortotrudo kaj ambicio – klopodas superi la novajn batalantojn, kiuj estas la amo al proksimulo, al mildeco, la pacemo kaj la abenegacio.
La individuo sin sentas dividita kaj ĉargrenita.
Tamen en tiu mamilda tereno brilas la lumo de la supera inspiro, kiu klarigas la animon kaj stimulas la insiston pri la noblaj intencoj.
Apliku viajn noblajn klopodojn al la batalo de la vivo, kaj ne resignu.
Ĉiu tago de rezistado signifas venkon ĝis la fina glora momento.
Libro: Vivo feliĉa.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.
Há uma permanente luta íntima, quando o homem se resolve por abraçar a vida nobre.
Quais dois exércitos em fúria, no campo mental, surgem constantes confrontos.
Os guerreiros habituais — o egoísmo, o orgulho, a violência, a ambição — tentam superar os novos combatentes — o amor ao próximo, a humildade, a pacificação, a renúncia.
0 indivíduo sente-se dividido e angustiado.
Nesse terreno áspero brilha, porém, a luz da inspiração superior que lhe aclara a alma e a estimula a insistir nos propósitos elevados.
Investe na batalha da vida os teus esforços nobres e não desistas.
Cada dia de resistência representa uma vitória até o momento da glória total.
Livro: Vida Feliz.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.

Ouvistes?

“Tenho-vos dito estas coisas, para que vos não escandalizeis.” - Jesus. (João, 16:1.)
Antes de retornar às Esferas Resplandecentes, o Mestre Divino não nos deixou ao desamparo, quanto às advertências no trabalho a fazer.
Quando o espírito amadurecido na compreensão da obra redentora se entrega ao campo de serviço evangélico, não prescinde das informações prévias do Senhor.
É indispensável ouvi-las para que se não escandalize no quadro das obrigações comuns.
Esclareceu-nos a palavra do Mestre que, enquanto perdurasse a dominação da ignorância no mundo, os legítimos cultivadores dos princípios da renovação espiritual, por Ele trazidos, não seriam observados com simpatia. Seriam perseguidos sem tréguas pelas forças da sombra. Compareceriam a tribunais condenatórios para se inteirarem das falsas acusações dos que se encontram ainda incapacitados de maior entendimento. Suportariam remoques de familiares, estranhos à iluminação interior. Sofreriam a expulsão dos templos organizados pela pragmática das seitas literalistas. Escutariam libelos gratuitos das inteligências votadas ao escárnio das verdades divinas. Viveriam ao modo de ovelhas pacíficas entre lobos famulentos. Sustentariam guerra incessante contra o mal. Cairiam em ciladas torpes. Contemplariam o crescimento do joio ao lado do trigo. Identificariam o progresso efêmero dos ímpios. Carregariam consigo as marcas da cruz. Experimentariam a incompreensão de muitos. Sentiriam solidão nas horas graves. Veriam, de perto, a calúnia, a pedrada, a ingratidão...
O Mestre Divino, pois, não deixou os companheiros e continuadores desavisados.
Não oferecia a nenhum aprendiz, na Terra, a coroa de rosas sem espinhos. Prometeu-lhes luta edificante, trabalho educativo, situações retificadoras, ensejos de iluminação, através da grandeza do sacrifício que produz elevação e do espírito de serviço que estabelece luz e paz.
É importante, desse modo, para quantos amadureceram os raciocínios na luta terrestre, a viva recordação das advertências do Cristo, no setor da edificação evangélica, para que se não escandalizem nos testemunhos difíceis do plano individual.
Livro: Vinha de Luz.
Emmanuel / Chico Xavier.

Tuas Insatisfações - Hammed

 “Um dos defeitos da Humanidade é ver o mal de outrem antes de ver o que está em nós...”
“... Incontestavelmente, é o orgulho que leva o homem a dissimular os próprios defeitos, tanto morais como físicos...” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec,Capítulo 10, item 10.)
Jovens, adultos, idosos, criaturas das varias posições sociais e dos mais diferentes contextos de vida, sofrem a aguilhoada da insatisfação.
Muitos solteiros procuram incessantemente parceiros afetivos para que as “sarças da solidão” não possam alfinetar suas necessidades íntimas de se completar no amor, esquecendo-se, porém, de que a solidão é a falta de confiança em nós mesmos, quando nos rejeitamos e nos desprezamos, e não apenas a falta de alguém em nossas vidas.
Muitos casados reclamam sistematicamente que já não vêem mais o cônjuge com os mesmos olhos de antes e, por isso, sentem-se desiludidos e abalados diante da união infeliz, que outrora julgavam acertada. Contudo, não observaram que a decepção não era com o outro, porém com eles próprios. Por não aceitarem seus fracassos, é que projetam suas incompetências e insatisfações como sendo “pelos outros” e nunca “por si mesmos”.
Várias criaturas enfrentam a pobreza, lutam incansavelmente para a aquisição de recursos amoedados, tentando dessa forma sair das agruras da miséria. Não percebem, todavia, que prosperidade é uma atitude de espírito, e que quanto mais declaram à sua mente que estão abertas para aceitar a abundância do Universo, mais a consciência se torna próspera; que a verdadeira prosperidade não se expressa em quantia de bens materiais que possuem, mas no receber e no dividir todo esse imenso tesouro de possibilidades herdado pela nossa Criação Divina.
Muitos ricos labutam constantemente para acumular mais e mais, e afirmam que isso é necessário para assegurar a manutenção dos bens já amontoados, por previdência e cautela. Não se dão conta de que sua insatisfação é produto da ganância desmedida, por alimentar crenças de escassez e míngua e por acreditar que a riqueza é que os faz homens respeitados e consideráveis, pois ainda não tomaram consciência do que é “ser” e do que é “ter”.
Outros tantos buscam o poder, como forma de encobrir o desgosto e de se auto-afirmar perante o mundo, escravizando em plena atualidade criaturas simplórias e incautas, para satisfazer seu “ego neurótico”. O desânimo tomou tamanha dimensão em torno deles que acreditam que, mandando arbitrariamente e desrespeitando leis e limites dos outros, podem eliminar o desalento que sempre os ameaça.
Jovens e adultos buscam dissimular a insatisfação interior, e para isso adquirem títulos acadêmicos, supondo que a outorga dessa distinção possa trazer-lhes permissão, diante da sociedade, para dominar e sobressair, com prestígio e capacidade que pensam possuir. O que ocorre, no entanto, é que não descobriram ainda o verdadeiro prestígio e capacidade, somente possíveis a partir do momento em que investirem em seus valores mais íntimos, em busca do autodomínio.
Insatisfação não se cura projetando-a sobre situações, pessoas, títulos, poder, posições sociais, mas reconhecendo a fonte que a produz.
Jesus de Nazaré, o Sublime Preceptor das Almas, convoca-nos a distinguir as “verdadeiras traves” que não nos deixam avistar as “causas reais” de nossas insatisfações, e nos receita de forma implícita o remédio ideal: através do auto-descobrimento, fazer emergir de nossas profundezas as matrizes de nossos comportamentos inadequados, que provocam essa incômoda atmosfera de “descontentamento” a envolver-nos de tempos em tempos.
Livro: Renovando Atitudes.
Espírito: Hammed
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto.

O adolescente: possibilidades e limites

Na quadra primaveril da adolescência tudo parece fácil, exatamente pela falta de vivência da realidade humana. O  adolescente examina o mundo através das lentes límpidas do entusiasmo, quando se encontra em júbilo, ou mediante as pesadas manchas do pessimismo que no momento lhe dominam as paisagens emocionais. A realidade, no entanto, difere de uma como de outra percepção,  sem os altos vôos do encantamento  nem os abismos profundos do existencialismo negativo.
A vida é um conjunto  de possibilidades que se apresentam para ser  experimentadas, facultando o crescimento intelectomoral dos seres. A forma como cada pessoa se utiliza desses recursos redunda no êxito  ou  no desar, não sendo  a mesma responsável pela glória ou pelo insucesso daqueles que a buscam e nela se encontram  envolvidos.
Para o  jovem sonhador,  que tudo  vê róseo,  há muitos caminhos a percorrer,  que exigem esforço,  bom  direcionamento  de opção  e sacrifício.  Toda ascensão  impõe inevitável cota de dedicação, como é natural, até que a conquista dos altiplanos delineie novos horizontes ainda mais amplos e fascinantes.
Assim, as possibilidades do adolescente estão no investimento que ele aplica para a conquista do que traça como objetivo. Nesse período, temse pressa, porque todas as manifestações são rápidas e os acontecimentos obedecem a um organograma que não  pode ser antecipado, esperando que se consumem os mecanismos propiciatórios à sua realização.
Ansioso pelos voos que pretende desferir pensa que as suas aspirações podem ser transformadas em realidade de um para outro momento, e, quando isso não ocorre,  deixase abater por graves frustrações e desânimo. No entanto, através desse vaivém de alegria e desencanto passa a entender que os fenômenos existenciais independem das suas imposições, provindo de muitos fatores que se conjugam para oferecer resultado  correspondente.
Nessa sucessão de contrários, amadurecelhe a capacidade de compreensão e aprimorase a faculdade de planejar, auxiliandoo a colocar os pés no chão sem a perda do  otimismo,  que é fator  decisivo para o  prosseguimento  das aspirações e da sua execução contínua.
Face à constituição  da vida,  não  basta anelar  e querer, mas produzir  e perseverar. Esse meio de levar adiante os planos acalentados demonstra que há limites em todos os indivíduos,  que não  podem ser  ultrapassados,  e que se apresentam na ordem social; moral, econômica, cultural, científica, enfim, em todas as áreas dos painéis existenciais.
Os  acontecimentos são  conforme ocorrem e não consoante se gostaria  que sucedessem, isto é, nadar contra a correnteza pode exaurir o candidato que vai atirado à praia, onde chega após grandes conquistas e ali morre sem alcançar a vitória.
A sabedoria, que decorre das contínuas lutas, demonstra que se deve realizar o  que é possível,  aguardando o  momento  oportuno para novos cometimentos.  Especificamente, cada dever tem o seu lugar e não é lícito assumir diversos labores que não podem ser executados de uma só vez.
A própria organização física constitui limite para todos os indivíduos. Quando se exige do organismo além das suas possibilidades, os efeitos são negativos, portanto,  desanimadores. Daí, o limite se encontra na capacidade das resistências física, moral e mental, que constituem os elementos básicos do ser humano, e no enfrentamento com os imperativos da sociedade, da época em que se vive, etc.
Certamente,  há homens e mulheres que se transformaram em exceção,  havendo pago pesados ônus de sacrifício, graças ao qual abriram à História páginas de incomparável  beleza. Simultaneamente,  também,  houve aqueles que mergulharam no fundo abismo do desencanto, deixandose dominar  por  terríveis angústias que lhes estiolaram  a alegria de viver e os maceraram,  levandoos a estados profundamente perturbadores, porque não possuíam essas energias indispensáveis para as conquistas que planejaram.
Ao moço compete o dever de aprender as lições que lhe chegam, impregnando se das suas mensagens e abrindo novos espaços para o futuro. Quando arrebatado pelo entusiasmo,  considerar  que há tempo para semear  como  o  há para colher;  quando  deprimido, liberarse das sombras pelo esforço de ascender às regiões onde brilha a luz  da esperança, compreendendo que a marcha começa no primeiro passo, assim como o  discurso  mais inflamado  tem início  na primeira palavra.  Todas as coisas exigem planificação  e tentativa. Aquele que se recusa experimentar, já perdeu parte do  empreendimento. Não há por que recear o insucesso. Esse medo da experimentação já é,  em si mesmo,  uma forma de fracasso.
Arriscarse,  no bom sentido  do  termo,  é intensificar os esforços para produzir, mesmo que, aparentemente, tudo esteja contra.  Não realizando, não tentando, é claro que as possibilidades são infinitamente menores.  Sempre vence aquele que se encontra alerta, que labora, que persiste.
A atitude de esperar  que tudo  aconteça em favor  próprio é comodidade injustificável; e deixarse abater  pelos pensamentos pessimistas,  assim como  pelas heranças auto-depreciativas, significa perder as melhores oportunidades de crescimento interior e exterior, que se encontram na adolescência. Esse é o momento de programar;  é o campo de experimentação.
Quando o jovem começa a delinear o futuro não  significa que haja logrado a vitória ou perdido a batalha, apenas está traçando rotas que o levarão a um ou a outro  resultado,  ambos de muito  valor  na  sua aprendizagem,  em torno  da vida na  qual  se encontra.
A perseverança e o idealismo sem excesso responderão pelo empreendimento  iniciado. O adolescente não deve temer nunca o porvir, porquanto isso seria limitar as aspirações, nem subestimar as lições do cotidiano, que lhe devem constituir mensagens de advertência, próprias para ensinarlhe como conseguir os resultados superiores.
Assim,  nesse período  de formação,  de identificação  consigo  mesmo,  a docilidade no trato, a confiança nas realizações,  a gentileza na afetividade,  o trabalho constante,  ao  lado  do  estudo  que aprimora os valores e desenvolve a capacidade de entendimento,  devem ser  o  programa normal  de vivência. Os  prazeres,  os jogos apaixonantes do desejo, as buscas intérminas do gozo cedem lugar aos compromissos iluminativos, que desenham a felicidade na alma e materializamna no comportamento.
Ser jovem não é,  somente, possuir força orgânica,  capacidade de sonhar  e de produzir, mas, sobretudo, poder discernir o que precisa ser feito, como executálo e para que realizálo.
A escala de valores pessoais necessita ser muito bem considerada, a fim de que o tempo não seja empregado de forma caótica em projetos de secundária importância,  em detrimento de outros labores primaciais, que constituem a primeira meta existencial,  da qual decorrerão todas as outras realizações.
São infinitas, portanto, as possibilidades da vida, limitadas pelas circunstâncias,  pelo estágio  de evolução de cada homem e de cada mulher, que devem, desde adolescentes, programar o roteiro da evolução e seguir com segurança, etapa a etapa,  até o momento de sua autorrealização.
Livro: Adolescência e Vida.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Caridade para conosco.

Não nos esqueçamos de que há também uma caridade que devemos a nós mesmos, a fim de que venhamos a praticar, à frente do mundo, não se reduza a mera atitude de superfície.
Caridade que nos eduque no espírito do Senhor, cuja Doutrina de luz abraçamos com o pensamento e com os lábios e que pouco a pouco, nos cabe esposar com toda a alma e coração.
***
Para exercê-la é preciso saibamos:
Perdoar as faltas alheias sem desculpar-nos;
Cooperar nas boas obras sem aguardar a colaboração do companheiro;
Ajudar aos que nos cercam sem esperar que nos retribuam;
Dar do que temos e detemos sem cobrar o imposto da gratidão.
Iluminar o caminho que nos é próprio, aprendendo a vencer as sombras que ainda se nos adensem ao redor;
Calar para que outros falem;
Defender os outros, sem procurar defender-nos;
Humilhar-nos, sem pedir que os outros se humilhem;
Reconhecer nossas falhas e corrigi-las;
Servir sem recompensa, nem mesmo a da compreensão que nos remunera com o salário do reconforto;
Trabalhar incessantemente, sem guardar aguilhões que nos constranjam ao desempenho dos deveres que nos competem;
Sentir no irmão de experiências necessidades e dores iguais ás nossas, para que a vaidade não nos induza à cegueira;
Considerar a bondade constante do Senhor que opera sempre p melhor, em nosso benefício, e cultivar o reconhecimento a Ele, através do benefício, em favor daqueles que nos rodeiam.
***
Aperfeiçoarmo-nos por dentro é ajudar por fora com mais segurança e como salvar significa recuperar com finalidades justas no trabalho comum, assim como oferecermos mão forte à árvore a fim de que ela cresça, frondeje e produza para o bem de todos, salvando-se da inutilidade, também o Senhor nos estende braços amigos para que nos aprimoremos, transformando-nos em instrumentos vivos de seu infinito Amor, onde estivermos.
Livro: Atenção.
Emmanuel / Chico Xavier.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

No grande minuto

Reunião pública de 30/11/59
No grande minuto da experiência, disseste, desapontado:
– Só vejo o mal pelo bem.
– Não posso mais.
– Fracassei.
– Agora é parar com tudo.
– Fiz o possível.
– Não me fales mais nisso.
– Estou farto.
– Muito difícil.
– Em tudo é desilusão.
– Sofri que chega.
– Continue quem quiser.
– Ninguém me ajuda.
– Deixa-me em paz.
– Estou vencido.
– Não quero complicações.
– É problema dos outros.
– Não sou santo.
– Desisti.
– Basta de lutas.
Entretanto, sombra vencida é porta de luz maior.
Se os amigos fugiram, continua fiel ao bem.
Se tudo é aflição em torno, não desanimes.
Se alguém te calunia, responde sempre fazendo o melhor que possas.Se caíste, levanta-te renovado e corrige a ti mesmo.
Não existe merecimento naquilo que nada custa. Todos nós aprendemos e trabalhamos, dias e dias, e, às vezes, por muitos anos, para vencer nesse ou naquele grande momento chamado “crise”.
É a vitória na crise que nos confere mais ampla capacidade.
Se pedes roteiro para mirar, recorda o Cristo, na derrota aparente.
Humilhado e batido, supliciado e crucificado, torna ao mundo, em Espírito, sem que ninguém lhe requeira a volta.
E, materializando-se, divino, entre os mesmos companheiros que o haviam abandonado, longe de referir-se aos remoques e tormentos da véspera, recomeça o trabalho, dizendo simplesmente:
– “A paz seja convosco.”
Livro: Religião dos Espíritos.
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
O bem e o mal
646. Estará subordinado a determinadas condições o mérito do bem que se pratique? Por outra: Será de diferentes graus o mérito que resulta da prática do bem?
O mérito do bem está na dificuldade em praticá-lo. Nenhum merecimento há em fazê-lo sem esforço e quando nada custe. Em melhor conta tem Deus o pobre que divide com outro o seu único pedaço de pão, do que o rico que apenas dá do que lhe sobra, disse-o Jesus, a propósito do óbolo da viúva.

Assuntos de Tempo

Se você já sabe quão precioso é o valor do tempo, respeite o tempo dos outros para que as suas horas sejam respeitadas.
Recorde-se de que se você tem compromissos e obrigações com base no tempo, acontece o mesmo com as outras pessoas.
Ninguém evolui, nem prospera, nem melhora e nem se educa, enquanto não aprende a empregar o tempo com o devido proveito.
Seja breve em qualquer pedido.
Quem dispõe de tempo para conversar sem necessidade, pode claramente matricular-se em qualquer escola a fim de aperfeiçoar-se em conhecimento superior.
Trabalho no tempo dissolve o peso de quaisquer preocupações, mas tempo sem trabalho cria fardos de tédio, sempre difíceis de carregar.
Um tipo comum de verdadeira infelicidade é dispor de tempo para acreditar-se infeliz.
Se você aproveitar o tempo a fim de melhorar-se, o tempo aproveitará você para realizar maravilhas.
Observe quanto serviço se pode efetuar em meia hora.
Quem diz que o tempo traz apenas desilusões, é que não tem feito outra coisa senão iludir-se.
Livro: Sinal Verde.
Andre Luiz / Chico Xavier.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Reergue-te

A dor te surpreendeu em plena marcha, ameaçando tuas expectativas de felicidade no mundo?
Natural te sintas fragilizado.
Entretanto, passado o impacto do inesperado, tenta recompor-te emocionalmente.
Faze da fé em Deus o combustível para manter acesa a chama da esperança, e segue adiante.
Recorda que ninguém está sozinho.
Amigos devotados te acompanham do Além, inspirando-te bom ânimo.
Nesse exato momento, milhões de células trabalham em teu proveito, realimentando tuas energias vitais.
Teus pensamentos assim como teus sentimentos, refletem diretamente teu estado geral.
Assim, reergue-te e retoma a caminhada.
Descobrirá que és mais forte tanto mais difícil a caminhada.
Hoje é possível enfrentes a noite da provação inesperada.
Não te esqueça, porém, de que nada conseguirá impedir o surgimento de um novo amanhecer.
Livro: Convites de Scheilla.
Espírito: Scheilla.
Médium: Clayton Levy.

Bezono de Karito Laŭ Sankta Paŭlo / A Caridade Segundo São Paulo

Bezono de Karito Laŭ Sankta Paŭlo
6. Se mi parolus la lingvojn de homoj kaj anĝeloj, sed ne havus Amon (1) mi fariĝus sonanta kupro aŭ tintanta cimbalo. Kaj se mi posedus la profetpovon, kaj komprenus ĉiujn misterojn kaj ĉian scion; kaj se mi havus ĉian fidon, tiel ke mi povus formovi montojn, sed ne havus amon, mi estus nenio. Kaj se mi disdonus mian tutan havon por nutri la malsatulojn, kaj se mi lasus mian korpon por forbrulo, sed ne havus amon, per tio mi neniom profitus. Amo longe suferas, kaj bonfaras; amo ne envias; amo ne fanfaronas, ne ŝveligas sin, ne kondutas nedece, ne celas por si mem, ne koleriĝas, ne pripensas malbonon, ne ĝojas pri maljusteco, sed kunĝojas kun vereco; ĉion toleras, ĉion kredas, ĉion esperas, ĉion eltenas. – Restas do nun fido, espero, amo, tiuj tri: kaj la plej granda el ili estas amo. Paŭlo - (I. Korintanoj, 13:1-7 kaj 13.)
7. Sankta Paŭlo tiel bone komprenis ĉi tiun grandan veron, ke li diras: “Se mi parolus la lingvojn de la homoj kaj anĝeloj; se mi posedus la profetpovon, kaj komprenus ĉiujn misterojn; se mi havus ĉian fidon, tiel ke mi povus formovi montojn, sed ne havus amon, mi estus nenio. Restas do nun fido, espero, amo, tiuj tri: kaj la plej granda el ili estas amo.” Li do, sen ia dubo, lokas la kariton super eĉ la fidon; efektive la kariton ĉiuj povas praktiki: kleraj kaj malkleraj, riĉaj kaj malriĉaj, kaj ĝi dependas de nenia privata kredo.
Li faras pli ol tion: li difinas la veran kariton; li montras ĝin, ne nur en la bonfarado, sed ankaŭ en la kolekto de ĉiuj kvalitoj de la koro, en la boneco kaj la bonvolemo por la proksimulo.
1 - La primitiva senco de Karito estas Amo; tial la fidela tradukto de la Biblio en Esperanto ne uzas la latinaĵon “karito” (de carus, caritas), sed ĉiam nur la vorton “amo”. En la fino de tiu ĉi volumo ni presas parafrazon de tiu instruo de Sankta Paŭlo, en versoj de F. V. Lorenz. — La Tradukinto.
Libro: La Evangelio laŭ Spiritismo – Allan Kardec, ĉap. XV.
A Caridade Segundo São Paulo
6. Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até ao ponto de transportar montes, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver caridade, nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência. - Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade. (Paulo, Coríntios, XIII:1-7 e 13).
7. São Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que diz: "Se eu falar as línguas dos anjos; se tiver o dom de profecia, e penetrar todos os mistérios; se tiver toda a fé possível, a ponto de transportar montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. Entre essas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade." Coloca, assim, sem equívoco, a caridade acima da própria fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque independe de toda a crença particular. E faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a, não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.
Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Cap. XV.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Na grande transição

Reunião pública de 11/9/59
Por muitas sejam as tuas dores, repara o mundo em que a Divina Bondade te situa a existência e deixa que a vida te renove a esperança.
Tudo é serviço por toda parte.
Apesar dos profetas do pessimismo, bulcões ameaçadores transformam-se, na hora da tempestade, em lagos volantes, acalentando a gleba sedenta; fontes de longo curso atravessam as garras pontiagudas da rocha, convertendo-se em padrão de pureza; pântanos drenados deitam messes de reconforto e árvores podadas multiplicam a produção.
Todas as energias que sustentam a Terra esquecem todo o mal, buscando todo o bem.
Dir-se-ia que o próprio Senhor criou a noite como exaustor das inquietações do dia, para que o homem, cada manhã, consiga reaprender e recomeçar.
Colocado, assim, no trono da razão, ante os elementos inferiores que te servem, humildes, olvida a sombra para que a luz te favoreça.
Ouve a própria consciência, seja qual for a idéia religiosa a que te filias, e perceberás que nasceste para realizar o melhor.
E quem realiza o melhor desconhece o que exprima ofensa ou descaridade, porque a ofensa é espinho da ignorância e a descaridade é chaga da delinqüência, que somente a educação e o remédio conseguirão liquidar.
Tudo aquilo que desfrutas é depósito santo.
Dotes de espírito e afeições preciosas, autoridade e influência, títulos e haveres são talentos emprestados que devolverás na hora prevista. Desse modo, ainda mesmo que a maioria te escarneça o propósito de bem fazer, perdoa sempre e fase o bem que possas.
O tempo que te traz hoje a oportunidade presente será amanhã o portador do minuto necessário à grande transição que a morte impõe sempre a justos e injustos... E, na grande transição, o bem que houveres feito, muita vez superando sacrifícios e trevas, ser-te-á o orvalho fecundante depois da nuvem, a água pura acrisolada na pedra, o ramo virente a destacar-se do lodo e o fruto opimo a pender do tronco dilacerado.
Segue, pois, ao clarão do bem, para que o crepúsculo das forças físicas te descerre a senda estrelada.
Não digas que tens o lar à feição de penitenciária, que te falta a compreensão alheia, que não dispões de recursos para ajudar ou que sofres inibições invencíveis.
Recorda que, certo dia, um anjo transfigurado em homem subiu agressivo monte, sentenciado à morte sem culpa, mas, em razão de haver aceitado a cruz, por amor de todos, embora desolado e sozinho, clareou para sempre a rota do mundo inteiro.
Livro: Religião dos Espíritos.
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Separação da alma e do corpo
155. Como se opera a separação da alma e do corpo?
Rotos os laços que a retinham, ela se desprende.
155-a)  A separação se dá instantaneamente por brusca transição? Haverá alguma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
Não; a alma se desprende gradualmente, não se escapa como um pássaro cativo a que se restitua subitamente a liberdade. Aqueles dois estados se tocam e confundem, de sorte que o Espírito se solta pouco a pouco dos laços que o prendiam. Estes laços se desatam, não se quebram.
A.K.: Durante a vida, o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é a destruição do corpo somente, não a desse outro invólucro, que do corpo se separa quando cessa neste a vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o da libertação. Em outros, naqueles sobretudo cuja vida toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem a possibilidade de volver à vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo. Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivíduos que se têm podido observar por ocasião da morte. Essas observações ainda provam que a afinidade, persiste entre a alma e o corpo, em certos indivíduos, é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso, porém, é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte. Verifica-se com alguns suicidas.

Que fazemos do Mestre?

“Que farei então de Jesus, chamado o Cristo?” - Pilatos. (Mateus, 27:22.)
Nos círculos do Cristianismo, a pergunta de Pilatos reveste-se de singular importância.
Que fazem os homens do Mestre Divino, no campo das lições diárias?
Os ociosos tentam convertê-lo em oráculo que lhes satisfaça as aspirações de menor esforço.
Os vaidosos procuram transformá-lo em galeria de exibição, através da qual façam mostruário permanente de personalismo inferior.
Os insensatos chamam-no indebitamente à aprovação dos desvarios a que se entregam, a distância do trabalho digno.
Grandes fileiras seguem-lhe os passos, qual a multidão que o acompanhava, no monte, apenas interessada na multiplicação de pães para o estômago.
Outros se acercam dEle, buscando atormentá-lo, à maneira dos fariseus arguciosos, rogando “sinais do céu”.
Numerosas pessoas visitam-no, imitando o gesto de Jairo, suplicando bênçãos, crendo e descrendo ao mesmo tempo.
Diversos aprendizes ouvem-lhe os ensinamentos, ao modo de Judas, examinando o melhor caminho de estabelecerem a própria dominação.
Vários corações observam-no, com simpatia, mas, na primeira oportunidade, indagam, como a esposa de Zebedeu, sobre a distribuição dos lugares celestes.
Outros muitos o acompanham, estrada a fora, iguais a inúmeros admiradores de Galiléia, que lhe estimavam os benefícios e as consolações, detestando-lhe as verdades cristalinas.Alguns imitam os beneficiários da Judéia, a levantarem mãospostas no instante das vantagens e a fugirem, espavoridos, do sacrifício e do testemunho.
Grande maioria procede à moda de Pilatos que pergunta solenemente quanto ao que fará de Jesus e acaba crucificando-o, com despreocupação do dever e da responsabilidade.
Poucos imitam Simão Pedro que, após a iluminação no Pentecostes, segue-o sem condições até à morte.
Raros copiam Paulo de Tarso que se ergue, na estrada do erro, colocando-se a caminho da redenção, através de impedimentos e pedradas, até ao fim da luta.
Não basta fazer do Cristo Jesus o benfeitor que cura e protege. É indispensável transformá-lo em padrão permanente da vida, por exemplo e modelo de cada dia.
Livro: Vinha de Luz
Emmanuel / Chico Xavier.