Reunião pública
de 30/11/59
No grande minuto
da experiência, disseste, desapontado:
– Só vejo o mal
pelo bem.
– Não posso
mais.
– Fracassei.
– Agora é parar
com tudo.
– Fiz o
possível.
– Não me fales
mais nisso.
– Estou farto.
– Muito difícil.
– Em tudo é
desilusão.
– Sofri que
chega.
– Continue quem
quiser.
– Ninguém me
ajuda.
– Deixa-me em
paz.
– Estou vencido.
– Não quero
complicações.
– É problema dos
outros.
– Não sou santo.
– Desisti.
– Basta de
lutas.
Entretanto,
sombra vencida é porta de luz maior.
Se os amigos
fugiram, continua fiel ao bem.
Se tudo é
aflição em torno, não desanimes.
Se alguém te
calunia, responde sempre fazendo o melhor que possas.Se caíste, levanta-te
renovado e corrige a ti mesmo.
Não existe
merecimento naquilo que nada custa. Todos nós aprendemos e trabalhamos, dias e
dias, e, às vezes, por muitos anos, para vencer nesse ou naquele grande momento
chamado “crise”.
É a vitória na
crise que nos confere mais ampla capacidade.
Se pedes roteiro
para mirar, recorda o Cristo, na derrota aparente.
Humilhado e
batido, supliciado e crucificado, torna ao mundo, em Espírito, sem que ninguém
lhe requeira a volta.
E,
materializando-se, divino, entre os mesmos companheiros que o haviam abandonado,
longe de referir-se aos remoques e tormentos da véspera, recomeça o trabalho,
dizendo simplesmente:
– “A paz seja
convosco.”
Livro: Religião
dos Espíritos.
Emmanuel / Chico
Xavier.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
O bem e o mal
646. Estará
subordinado a determinadas condições o mérito do bem que se pratique? Por
outra: Será de diferentes graus o mérito que resulta da prática do bem?
O mérito do bem
está na dificuldade em praticá-lo. Nenhum merecimento há em fazê-lo sem esforço
e quando nada custe. Em melhor conta tem Deus o pobre que divide com outro o
seu único pedaço de pão, do que o rico que apenas dá do que lhe sobra, disse-o
Jesus, a propósito do óbolo da viúva.
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