Não nos
esqueçamos de que há também uma caridade que devemos a nós mesmos, a fim de que
venhamos a praticar, à frente do mundo, não se reduza a mera atitude de
superfície.
Caridade que nos
eduque no espírito do Senhor, cuja Doutrina de luz abraçamos com o pensamento e
com os lábios e que pouco a pouco, nos cabe esposar com toda a alma e coração.
***
Para exercê-la é
preciso saibamos:
Perdoar as
faltas alheias sem desculpar-nos;
Cooperar nas boas
obras sem aguardar a colaboração do companheiro;
Ajudar aos que
nos cercam sem esperar que nos retribuam;
Dar do que temos
e detemos sem cobrar o imposto da gratidão.
Iluminar o
caminho que nos é próprio, aprendendo a vencer as sombras que ainda se nos
adensem ao redor;
Calar para que
outros falem;
Defender os
outros, sem procurar defender-nos;
Humilhar-nos,
sem pedir que os outros se humilhem;
Reconhecer nossas
falhas e corrigi-las;
Servir sem
recompensa, nem mesmo a da compreensão que nos remunera com o salário do
reconforto;
Trabalhar incessantemente,
sem guardar aguilhões que nos constranjam ao desempenho dos deveres que nos
competem;
Sentir no irmão
de experiências necessidades e dores iguais ás nossas, para que a vaidade não
nos induza à cegueira;
Considerar a
bondade constante do Senhor que opera sempre p melhor, em nosso benefício, e
cultivar o reconhecimento a Ele, através do benefício, em favor daqueles que
nos rodeiam.
***
Aperfeiçoarmo-nos
por dentro é ajudar por fora com mais segurança e como salvar significa
recuperar com finalidades justas no trabalho comum, assim como oferecermos mão
forte à árvore a fim de que ela cresça, frondeje e produza para o bem de todos,
salvando-se da inutilidade, também o Senhor nos estende braços amigos para que
nos aprimoremos, transformando-nos em instrumentos vivos de seu infinito Amor,
onde estivermos.
Livro: Atenção.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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