“E ele lhes
disse: - Não peçais mais do que o que vos está ordenado.” - João Batista.
(Lucas, 3:13.)
A advertência de
João Batista à massa inquieta é dos avisos mais preciosos do Evangelho.
A ansiedade é
inimiga do trabalho frutuoso.
A precipitação determina
desordens e recapitulações conseqüentes.
Toda atividade
edificante reclama entendimento.
A palavra do
Precursor não visa anular a iniciativa ou diminuir a responsabilidade, mas recomenda
espírito de precisão e execução nos compromissos assumidos.
As realizações
prematuras ocasionam grandes desperdícios de energia e atritos inúteis.
Nos círculos
evangélicos da atualidade, o conselho de João Batista deve ser especialmente
lembrado.
Quantos pedem
novas mensagens espirituais, sem haver atendido a sagradas recomendações das
mensagens velhas? quantos aprendizes aflitos por transmitir a verdade ao povo,
sem haver cumprido ainda a menor parcela de responsabilidade para com o lar que
formaram no mundo? Exigem revelações, emoções e novidades, esquecidos de que também
existem deveres inalienáveis desafiando o espírito eterno.
O programa
individual de trabalho da alma, no aprimoramento de si mesma, na condição de
encarnada ou desencarnada, é lei soberana.
Inútil enganar o
homem a si mesmo com belas palavras, sem lhes aderir intimamente, ou
recolher-se à proteção de terceiros, na esfera da carne ou nos círculos
espirituais que lhe são próximos.
De qualquer
modo, haverá na experiência de cada um de nós a ordenação do Criador e o
serviço da criatura.
Não basta
multiplicar as promessas ou pedir variadas tarefas ao mesmo tempo. Antes de
tudo, é indispensável receber a ordenação do Senhor, cada dia, e executá-la do
melhor modo.
Livro: Vinha de
luz.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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