Nas aflições, fácil é o homem esquecer as doações que
recebeu do Senhor da Vida.
Por qualquer problema, a contrariedade o perturba,
fazendo que blasfeme ou se rebele.
Diz-se que a vida não merece ser vivida, tantas
decepções e lutas tramam contra a paz.
E há tanta beleza e harmonia na Terra!
Mas, acostumado às bênçãos, o homem só as valoriza
quando se priva de alguma delas.
É necessário sair do castelo do eu para examinar e
valorizar os tesouros de que pode dispor, exaltando a glória de viver.
Se possuis visão, audição e saúde, lembra os que
perderam qualquer dessas coisas.
Se tens lar, recorda os desabrigados; se és pai ou mãe,
pensa nos privados dessa dádiva.
Se te falta algo, tem paciência e espera. Ninguém é
completo, mas ninguém é abandonado.
Os que te parecem felizes, apenas parecem.
A gratidão é rara entre os homens. Habituados à
ambição desmedida, da vida só desejam gozar, esquecendo a aspiração que conduz
à plenitude permanente – a dos valores eternos.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco
Livro: Florações Evangélicas.
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