sexta-feira, 27 de março de 2015

PRIVILÉGIO - Emmanuel

Muitos companheiros perdem tempo e oportunidade de elevação espiritual declarando-se inabilitados para boas obras.
Fogem da oração, recusam preleções de natureza religiosa, evitam templos da fé ou afirmam-se demasiado imperfeitos para cogitar de assuntos e tarefas em ligação com o nome de Deus.
Entretanto, anotemos o contra-senso.
Nós, os espíritos encarnados e desencarnados, em evolução na Terra, não estamos procurando aprender a servir ao próximo porque tenhamos bastante maturidade para isso, mas justamente porque sem aprender a ciência da fraternidade, não alcançaremos a verdadeira condição humana por dentro da própria alma.
Não nos achamos na lavoura da beneficência porque já sejamos generosos, mas, unicamente para adquirir a prática da benemerência espontânea que ainda não possuímos.
Quem dissesse que nos situamos em serviço do Evangelho do Cristo por estarmos senhoreando a virtude, enganar-se-ia decerto, porque se lavrarmos nessa leira divina, é justamente para sulcar o próprio coração e cultivar em nos as sementes benditas do amor aos semelhantes.
Se alguém acreditar que retemos méritos para tratar com os ensinamentos do Senhor, não estaria admitindo a verdade porque os companheiros sinceros na construção do bem não ignoram que as nossas atividades nesse particular entram em choque incessante com as nossas imperfeições e deficiências, para que estejamos incorporando, pouco a pouco, as qualidades cristãs à nossa própria vida.
Não estamos falando na grandeza e na misericórdia do Senhor porque já sejamos bons e sim porque Deus é infinitamente bom para conosco, permitindo-nos agir para conquistar finalmente a felicidade de sermos bons e humildes na causa universal do Bem Eterno.
Expostas as nossas realidades autênticas, não digas que carregas imperfeições e defeitos, fraquezas e deficiências para deixar de servir, porque para melhorar-nos e educar-nos é que Deus nos concedeu o privilégio de trabalhar.
Livro: Momentos de Ouro.
Espíritos Diversos.

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