Muitos
companheiros perdem tempo e oportunidade de elevação espiritual declarando-se inabilitados
para boas obras.
Fogem da oração,
recusam preleções de natureza religiosa, evitam templos da fé ou afirmam-se
demasiado imperfeitos para cogitar de assuntos e tarefas em ligação com o nome de
Deus.
Entretanto,
anotemos o contra-senso.
Nós, os
espíritos encarnados e desencarnados, em evolução na Terra, não estamos procurando
aprender a servir ao próximo porque tenhamos bastante maturidade para isso, mas
justamente porque sem aprender a ciência da fraternidade, não alcançaremos a verdadeira
condição humana por dentro da própria alma.
Não nos achamos
na lavoura da beneficência porque já sejamos generosos, mas, unicamente para
adquirir a prática da benemerência espontânea que ainda não possuímos.
Quem dissesse
que nos situamos em serviço do Evangelho do Cristo por estarmos senhoreando a
virtude, enganar-se-ia decerto, porque se lavrarmos nessa leira divina, é justamente
para sulcar o próprio coração e cultivar em nos as sementes benditas do amor
aos semelhantes.
Se alguém
acreditar que retemos méritos para tratar com os ensinamentos do Senhor, não
estaria admitindo a verdade porque os companheiros sinceros na construção do
bem não ignoram que as nossas atividades nesse particular entram em choque
incessante com as nossas imperfeições e deficiências, para que estejamos
incorporando, pouco a pouco, as qualidades cristãs à nossa própria vida.
Não estamos
falando na grandeza e na misericórdia do Senhor porque já sejamos bons e sim
porque Deus é infinitamente bom para conosco, permitindo-nos agir para
conquistar finalmente a felicidade de sermos bons e humildes na causa universal
do Bem Eterno.
Expostas as
nossas realidades autênticas, não digas que carregas imperfeições e defeitos, fraquezas
e deficiências para deixar de servir, porque para melhorar-nos e educar-nos é
que Deus nos concedeu o privilégio de trabalhar.
Livro: Momentos
de Ouro.
Espíritos
Diversos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário