“Mas para que os não escandalizemos...” - Mateus:
capítulo 17º, versículo 27.
A calúnia vil se
origina comumente na suspeita sordida.
O incêndio que
lavra com voracidade é fruto, às vezes, de uma fagulha indisciplinada.
A cólera
devastadora surge, não raro, da contínua irreflexão.
A seara feliz
tem começo no grão.
O gesto estóico
que salva vidas nasce na piedade fraternal.
A molécula, o
átomo, a célula de tão insignificante aparência são, no entanto, os elementos
básicos encontrados em toda parte.
Também a gota de
leite e o bálsamo medicamentoso, o trapo e a moeda singela, o alfabeto e o
Evangelho ofertados lentamente aos que transitam pelos caminhos do mundo, de
pequena monta, são essenciais à felicidade de todos.
A tolerância,
também, aplicada indistintamente entre todos e em qualquer lugar, é lição viva
de fé e elevação, que não pode ser desdenhada.
Tolerar, no
entanto, não significa conivir.
Desculpar o erro
não é concordar com ele.
Entender e
perdoar a ofensa, não representa ratificá-la.
Indispensável,
não entrar em área de atrito, quando podes contornar o mal aparente a favor do bem
real.
Tolerância é
caridade em começo. Exercitando-a, em regime de continuidade, defrontarás com
os excelentes resultados do bem onde estejas, com quem convivas.
Condescendência
para com os direitos alheios, não produzindo choque, não escandalizando, seguindo
os mesmos caminhos de todos com atitude correta na busca dos alvos
dignificantes, é relevante testemunho de tolerância.
Jesus, o perene
Instrutor, convidado a pagar o tributo, aquiesceu, elucidando: “para os não
escandalizarmos”, cumprindo, assim, com os deveres junto a César para melhor
desincumbir-se dos sublimes compromissos para com Deus.
Livro: Convite a
Vida.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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