...“Havendo eu
sido cego, agora vejo.” - (João: capítulo 9º, versículo 25)
O jovem padecia
de cegueira desde o nascimento.
Jamais conhecera
a luz.
Sua vida se
encontrava povoada de trevas, em cujos meandros tateava com aflição.
Jesus abriu-lhe
os olhos, concedendo-lhe a diamantina claridade da visão.
Inundado pela
luz externa que o fascinou, enriqueceu-se de gratidão por aquele que o
libertou.
Instado à
informação do fato, deu-a inciso, conciso num eloqüente testemunho de júbilo.
Não acreditado
pelos que o cercavam e o inquiriam, reafirmou a ocorrência, asseverando haver
sido ele o antigo cego, face à dúvida que o cercava.
Convidado a
opinar sobre quem o beneficiara, fez-se conclusivo: "Ë profeta!"
Intimado a
injuriar e desmerecer o desconhecido benfeitor, a ingratidão de muitos que logo
olvidam o socorro recebido, permitindo-se a dúvida, ao lado da subserviência
aos transitórios triunfadores, foi explícito:
- "Se é
pecador, não sei; uma coisa eu sei: havendo eu sido cego, agora vejo".
Não lhe
importava quem ele era e sim o que lhe fizera.
*
Defrontam-se no
ensino evangélico as duas conjunturas habituais: luz e treva.
Enfrentam-se as
duas situações: verdade e mentira.
Duela a suspeita
com a convicção.
Teima a
pusilanimidade contra o sentimento leal.
Insiste o
despeito, agredindo a nobreza.
O fato, porém,
triunfa.
O bem relevante
sobrenada entre as águas turvas do mal enganoso.
Nada importava
ao jovem, agora vidente.
O essencial era
que se encontrava a ver.
Nem assim,
diante das evidências, cessava a hostilidade contra o "Filho de
Deus".
O cipoal das
paixões humanas, através das habilidades da astúcia, abriam-se em ardis
infelizes, tentando apanhar o incomparável Amigo dos sofredores.
Hoje, no
entanto, ainda é assim.
Tropeçam e
atropelam-se os cegos do corpo com os do espírito. Os últimos são piores do que
os primeiros porque se negam a ver, preferindo a urdidura da infâmia e da perversidade
nas quais se distraem e anestesiam a razão.
*
Cuida-te contra
a cegueira imposta pelos preconceitos, pelo orgulho, pelos descalabros de todo
porte.
Já fizeste o teu
encontro com Jesus.
Agora vês.
Beneficia-te da claridade a fim de progredires.
Não mais
acondiciones trevas morais nas antigas sombras dominadoras das paisagens
íntimas.
Sai na direção
do dia de sol para servir.
Caminha no rumo
da luz e referta-te de claridades divinas, difundindo a esperança e a alegria.
Confessa o teu
Amigo Sublime perante todos e segue, intimorato, ajudando em nome d'Ele os que
ainda se debatem na escuridão donde saíste e que anseiam, também, pela bênção
da visão a fim de enxergar.
Livro: Leis
Morais da Vida.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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