“Quanto aos
moços, de igual modo, exorta-os para que, em todas as coisas, sejam criteriosos”.
Paulo – Tito, 2:6.
Quanto aos
moços, de igual modo, exorta-os para que, em todas as coisas, sejam
criteriosos.
Delineamos,
anteriormente, o clima de incertezas em que vivemos, reafirmando, assim, a Terra,
a sua humilde condição de orbe expiatório e regenerativo. De mundo atrasado,
onde almas falidas resgatam velhas promissórias, acrescidas, via de regra, de
pesados Juros.
O desajuste
universal; o clima saturado de vibrações inferiores; a tendência ao negativismo;
tudo isso aí se encontra, iniludível e concreto, convocando os homens de boa
vontade para as alegrias da tarefa nobre, do serviço edificante. Façamos, pois,
de Jesus, o depositário infalível de nossas esperanças, o Guia Real da Humanidade,
o Orientador por excelência. Paulo de Tarso, escrevendo a Tito, orientao no sentido
da preparação dos moços para as tarefas do Evangelho, estimulandoos à conduta criteriosa
“em todas as coisas”.
Para as
criaturas experimentadas nos infatigáveis labores de uma existência digna, e,
de modo particular, para os moços, é oportuna a exortação do apóstolo. Os que
renascem, agora, enfrentando novas lutas e tarefas, defrontandose com um mundo
realmente adverso, estão sendo convocados para os divinos empreendimentos da
evolução, que exigem, de fato, critério e firmeza.
O campo de
trabalho desdobrase em novas e sublimes atividades, propulsoras naturais
do progresso e do aperfeiçoamento moral dos povos, concitando os
idealistas aos labores santificantes.
Na luta em prol
da evolução, impõese o congraçamento dos valores espirituais da juventude, à
luz dos ensinos do Cristianismo Redivivo. Fazse mister, do Oriente ao
Ocidente, o conjugamento de todas as energias morais, a fim de que seja mantido
o edifício evangélico, levantado no solo palestinense à custa de suor, sangue e
lágrimas.
É indispensável
a preservação das magníficas conquistas que uma parcela da Humanidade guarda no
sagrado escrínio dos seus mais fecundos labores.
O momento, pois,
é de luta pelo aprimoramento. A hora é de trabalho. A evolução é indeclinável
imperativo. “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos” — assevera o
Mestre. (Jesus – Lucas, 10:2)
* * *
A mocidade tem
que reservar, no seu coração, um lugar para a Mensagem do Cristo.
Tem que se
nutrir dessa Mensagem, viver dessa Mensagem, aperfeiçoarse em função dessa
Mensagem sublime e eterna. Somente o Evangelho do Senhor tem o poder de renovar
o homem que se desviou, a sociedade que se extraviou, o mundo que perdeu o
equilíbrio. Ele é o fundamento da Ordem e do Progresso.
O Evangelho é
Amor — na sua mais elevada expressão. Amor que unifica e constrói para a
Eternidade. Amor que assegura a perpetuidade de todos os fenômenos evolutivos.
E o Cristo recomendou, suavemente: “Amaivos uns aos outros, como eu vos
amei.” Seríamos reconhecidos por discípulos Seus, pelo amor que ofertássemos
aos companheiros de romagem.
* * *
Somente o
Evangelho aproximará os homens, porque ele é Caridade. E a Caridade é mansa e
pacífica. Não humilha. É paciente. Não guerreia, porque perdoa setenta vezes
sete. O Cristo, Mestre e Senhor, avisounos de que a cada um será dado na razão
direta das obras praticadas. Allan Kardec — o Insigne Missionário — recordou a
advertência do Mestre dos mestres com a legenda sublime: “Fora da caridade não
há salvação”.
Somente o
Evangelho, sentido e praticado, evitará as lutas, o morticínio entre
irmãos, porque da árvore do Evangelho vicejam os sentimentos do Amor e os
frutos do perdão incondicional.
A Boa Nova é o
fundamento da evolução e o campo de trabalho ideal para a mocidade. Evolução
com a mocidade e mocidade para a evolução. Quem ama, com o
Evangelho — perdoa sempre. Quem perdoa, com o Evangelho —
esquece ofensas. Quem esquece ofensas, sob a inspiração do
Evangelho — confraterniza com todos. Quem confraterniza com todos, à
sombra acolhedora do Evangelho — aplaina dificuldades, remove
obstáculos. Quem aplaina dificuldades consolida, para a Eternidade, no Tempo e
no Espaço, os fundamentos da evolução com Jesus.
Livro: ESTUDANDO
O EVANGELHO.
Martins Peralva.
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