Lupo kaj Ŝafido –
Ezopo.
Ŝafido trinkis
ĉe riverbordo. Vidinte lin, lupo volis trovi ŝajn-justan pretekston por manĝi
lin. Do la lupo kuris al la supra parto de la rivero, kaj feroce diris, ke la
ŝafido malpurigas la akvon, tiel ke li ne povas trinki klaran akvon. La ŝafido
respondis, ke li nur trinkas ĉe la riverbordo de la malsupra parto, kaj neeble
malpurigas la akvon. Vidinte, ke tio ne efikas, la lupo aldonis, "Lastjare,
vi blasfemis mian patron."
La ŝafido
respondis, ke li ankoraŭ ne naskiĝis tiam. La lupo diris al li, "Malgraŭ
viaj senkulpigoj, mi neniel lasu vin."
"Vane estas
sin senkulpigi per justaj argumentoj antaŭ malbonuloj."
O Lobo e o
Cordeiro – Esopo.
Estava um Lobo a
beber água num ribeiro, quando avistou um Cordeiro que também bebia da mesma
água, um pouco mais abaixo. Mal viu o Cordeiro, o Lobo foi ter com ele de má cara,
arreganhando os dentes.
— Como tens a
ousadia de turvar a água onde eu estou a beber?
Respondeu o
cordeiro humildemente:
— Eu estou a
beber mais abaixo, por isso não te posso turvar a água.
— Ainda
respondes, insolente! — retorquiu o lobo ainda mais colérico. — Já há seis
meses o teu pai me fez o mesmo.
Respondeu o
Cordeiro:
— Nesse tempo, Senhor,
ainda eu não era nascido, não tenho culpa.
— Sim, tens —
replicou o Lobo —, que estragaste todo o pasto do meu campo.
— Mas isso não
pode ser — disse o Cordeiro —, porque ainda não tenho dentes.
O Lobo, sem mais
uma palavra, saltou sobre ele e logo o degolou e comeu.
***
Moral da
história
Claramente se
mostra nesta Fábula que nenhuma justiça nem razões valem ao inocente para o
livrarem das mãos de um inimigo poderoso e desalmado.
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