“Jesus lho
ensina, dizendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no espírito; vai
ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a Pátria deles não é a Terra,
mas o Céu, porqüanto somente lá transcorre a verdadeira vida.” - O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO Capítulo 22º — Item 8.
Modulação
inteligível é a palavra o veículo de compreensão entre os homens.
Entretanto há
palavras que geram guerras hediondas e palavras portadoras da mensagem de paz,
que amainam convulsões interiores e serenam corações em combates de extermínio.
Palavras que têm
o poder de transformar o mundo alçando-o à condição de paraíso e palavras que
têm a magia macabra de o precipitar em perigosos redutos do crime onde o homem
recua aos primeiros estados da animalidade.
Expressões que
arrancam sorrisos e vocábulos que promovem lágrimas.
Elocuções que
conduzem multidões aos páramos da luz e termos que espezinham sentimentos
superiores.
Na palavra está
a força do pensamento exteriorizado. Por isso é a palavra perigoso instrumento
em bocas viciadas manipuladas por espíritos atormentados.
No entanto, a
palavra em si mesma é construção divina a serviço da vida inteligente sobre a
Terra. Quantos a exteriorizam, expressam a condição de vida mental em que se
demoram.
O criminoso fala
“amor” quando desejaria dizer paixão pela posse.
O artista cita o
“amor” quando gostaria de expressar a visão que o emociona.
O cristão
recorda o “amor” quando pensa em renovar o mundo.
Em todos os
casos “amor” é a mesma palavra em todas as bocas, variando, todavia, na
vibração que a envolve.
Educa, então, o
teu modo de pensar para expressares na palavra o teu real modo de ser.
“Eu não vim
trazer a paz” disse Jesus.
Move guerra à má
palavra, não a pronunciando, não lhe dando valor, vencendo-a em silêncio.
Não dês paz ao
erro.
Com tuas
palavras, inspiradas na Boa Nova, decepa a árvore da criminalidade onde esteja
e, afeiçoado ao serviço, difunde a luz na crença, seguindo para Aquele que é “a
luz do mundo”.
Enriquecido por
esse tesouro, — a palavra que vibra, sonora, em teus lábios, — estende
esperança em volta, donde te encontras.
Há dores e
desesperos gritantes junto a ti, ansiedades e angústias inumeráveis.
Desencarcera dos
lábios a boa palavra e “ensina o Reino de Deus”. Talvez não possas fazer muito
pelos corpos enfermos, mas podes dizer-lhes “que a Pátria deles não é a Terra,
mas o Céu, porqüanto somente lá transcorre a verdadeira vida”. Podes
informar-lhes que estão em trânsito, devendo valorizar sofrimentos e
desesperações como quem sabe identificar nos quartzos grosseiros as esmeraldas
valiosas e escondidas, e nos cristais despedaçados as crisálidas de
consciências em libertação.
Valoriza, dessa
forma, tuas palavras, fazendo-as verter bênçãos, em nome de Deus, o Excelso
Verbo.
Livro: Espírito
e Vida.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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