Pedro de Alcântara
Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José
Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon nasceu em 12 de outubro
de 1798, em Lisboa. Faleceu em 24 de setembro de 1894, também na capital
portuguesa.
Era filho de D.
João VI e D. Carlota Joaquina, veio ao Brasil em 1808, na Vinda da Família
Real, aos 9 anos de idade. Foi educado por religiosos, praticava esportes e
estudava música; compôs o Hino Nacional de Portugal que perdurou até 1920, e do
Hino da Independência do Brasil.
Com a elevação de
seu pai, D. João VI, a rei de Portugal em 1816, recebeu o título de príncipe
real e herdeiro do trono, o herdeiro natural seria o seu irmão mais velho
Antônio, que já havia falecido. Em 1816, casou-se com Maria Leopoldina Josefa
Carolina de Habsburgo, arquiduquesa da Áustria.
A família real
retornou para a Europa em 26 de abril de 1821, Dom Pedro I permaneceu no Brasil
como Príncipe Regente. Havia no Brasil uma insatisfação contra o regime
colonial de Portugal, a Corte Real portuguesa redigiu um decreto exigindo o
retorno de Dom Pedro I a Portugal.
A exigência causou
comoção nacional na colônia, o que inspirou a permanência do Príncipe Regente
no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, pronunciou : “Se é para o bem de todos
e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”; fato historicamente
marcado como o “Dia do Fico”.
A Corte suspendeu o
pagamento dos rendimentos do príncipe. Em 7 de setembro de 1822, ao receber uma
correspondência de Portugal, na qual comunicava o seu rebaixamento para
delegado das cortes de Lisboa, no mesmo momento às margens do riacho do
Ipiranga, deu o grito de independência do Brasil e o rompimento com Portugal.
No Rio de Janeiro,
foi coroado imperador e defensor do Brasil. Como imperador dissolveu a
Assembleia Constituinte, demitiu José Bonifácio e fundou o Conselho de Estado.
Depois da morte de seu pai, retornou a Portugal para ocupar o trono português
como Dom Pedro IV.
Envolvido em vários
conflitos pessoais, políticos e perda de popularidade, não pôde se manter rei
de duas nações, abdicando do trono brasileiro em 1830. Retornando a Portugal,
teve que reconquistar o trono português das mãos de seu irmão Dom Miguel, que
havia retirado a sua filha Maria da Glória , que estava no trono provisoriamente.
Numa guerra civil
de dois anos, criou uma força expedicionária nos Açores em 1832, e invadiu
Portugal para derrotar o seu irmão e restaurar o absolutismo. Faleceu no
palácio de Queluz, devido a crise de tuberculose, aos 36 anos de idade. Seus
restos mortais estão na cripta do monumento do Ipiranga, na cidade de São
Paulo.
Por Fernando Rebouças
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