16.7 Prazer sexual e amor espiritualizado
A alegria do
prazer sexual tem duração breve e somente ela não tem suporte para conservar a alegria e a simpatia
na vida conjugal. O casal, se não estiver cultivando um certo grau do amor
espiritualizado, facilmente poderá chegar aos estados sombrios de tédio,
desencanto e indiferença. É necessário, para a elevação do grau de simpatia no
casal, abandonar o amor-sonho, buscando conquistar o amor-essência.
O amor
vinculado somente ao instinto sexual tem duração transitária, porque vai perdendo sua vitalidade de
interesse, com o passar dos anos, e é em virtude disso que muitos casais procuram desenvolver novas
práticas de atividade sexual, para promover o prazer, a fim de compensar as enormes
deficiências de amor no imo de seus corações.
As técnicas
sexuais são ginásticas do prazer, mas não desenvolvem o amor que traz paz e
alegria ao coração. Neste caso, o amor é prisioneiro do prazer egoísta e muito
pobre em expressão de vibrações puras da alma. Emmanuel nos esclarece quando a
atração sexual é mais forte do que os sentimentos enobrecidos:
“(...) sempre
que a atração genésica é mais poderosa que o amor, surgem as crises de longo
curso, retardando o progresso e o aperfeiçoamento da alma, quando não lhe embargam
os passos na loucura ou na frustração, na enfermidade ou no crime”. (Livro:
Religião dos Espíritos – Emmanuel / Chico Xavier).
Não é o corpo
quem ama, sofre, sente saudades, sonha, tem alegrias e tristezas, mas sim, a
alma. A estrutura psicológica da criatura humana necessita realmente é de
alimento espiritual. É preciso aprender a educar-se, aperfeiçoar-se e purificar
os sentimentos, a fim de que realmente o amor venha a brotar no chão da vida
afetiva. Apenas o cultivo metódico e perseverante de uma religiosidade sincera
facultará o desenvolvimento das energias do coração, fazendo desabrochar o amor
que alimenta, ilumina, balsamiza, conforta, socorre, fortalece e pacifica. Se o
casal se interessar sinceramente em que o seu amor cresça, no curso do tempo, e
vença as barreiras da morte, continuando na Vida Espiritual, é indispensável
que não se escravize aos desejos do corpo mas penetre o reino sutil das
vibrações espirituais pelo aperfeiçoamento e purificação dos sentimentos. A
André Luiz é dito, de maneira incisiva:
“Os que se
consagram exclusivamente aos desejos do corpo, não sabem amar além da forma,
são incapazes de sentir as profundas vibrações espirituais do amor sem morte.” (Livro:
Os mensageiros – André Luiz / Chico Xavier)
Livro fonte:
Sexo e destino – Walter Barcelos.
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