“Mas o papel de Jesus não foi
simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua
palavra; ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado sua vinda; sua
autoridade decorria da natureza excepcional de seu Espírito e de sua missão
divina...” (Evangelho Segundo o Espiritismo/ Allan Kardec - Capítulo 1, item
4.)
Ele andou pelos caminhos
terrenos desprovido de qualquer apego, consideração ou aplausos.
Ensinou a excelência da
mensagem do amor em sua grandeza superlativa e, ao mesmo tempo, percorreu os
caminhos, desacompanhado de seus pais ou parentes, solicitando, todavia, a
presença espontânea de amigos amorosos que lhes absorveram as lições
inesquecíveis.
Não tinha sequer onde reclinar
a cabeça, despojado de qualquer bem material; nunca tomava decisões
precipitadas em face de atitudes positivas ou negativas que aconteciam em seu
redor, mas sempre reflexionava com sua estrutura divina, pois tinha plena
consciência de sua missão terrena em favor da educação de uma humanidade
ignorante e sofredora.
Ele afirmava que todos
deveriam ser vistos como irmãos ou amigos, porque sabia que em potencial
poderiam vir a ser pais, filhos, cônjuges ou irmãos, visto que é da lei
universal a reencarnação e a caminhada a um só rebanho e a um só Pastor.
Independente de tudo e de
todos, conhecia a estrada a ser percorrida, pois estava seguro em Si mesmo;
dessa forma, fez sua trajetória livre de convenções e padrões preestabelecidos,
não aceitando preconceitos de qualquer matiz, porqüanto sabia transitar com
grandeza e dignidade pelos caminhos do mundo. Criatura magnífica, retinha na
mente poderes que lhe permitiam manipular desde a intimidade da matéria até as
essências mais sutis da alma humana.
Homem generoso, sempre voltado
à Natureza, com a qual se integrava em plenitude.
Amava os lírios dos campos, os
pássaros dos céus, os montes arborizados, as brisas da manhã, as águas dos
lagos, os trigais, e a própria natureza divina que existe em tudo e em todos.
Ele exemplificou as belezas
naturais terrenas, comparando-as com o Reino dos Céus, fazendo dessa forma um
elo divino, isto é, uma ligação de amor entre os Céus e a Terra.
Ensinou-nos a respeitar
inicialmente as coisas da Terra, para que pudéssemos, então, amar as coisas da
Vida Maior.
Aparentemente fracassado na
cruz, mostrou-nos logo após que venceu o mundo em todos os aspectos.
Jesus podia “ver” com absoluta
facilidade por trás das cortinas do teatro da vida humana e tinha a nítida
percepção das intenções mais secretas.
Os seres humanos, para Jesus,
eram verdadeiros “livros abertos”: seu olhar penetrava o âmago das almas, onde
conseguia alcançar seus pontos fracos.
Não sufocava com a força de
sua personalidade aqueles que O procuravam; ao contrário, afirmava: ‘Tudo
depende de ti”, ou mesmo, “Atua fé te curou”. Em outras ocasiões,
aconselhava-os:
“Vai e não peques mais”,
convidando-os para uma vida autêntica e oferecendo apoio e incentivo para
construírem a “Casa sobre a rocha”.
Foi Mestre por excelência,
porque se manteve longe dos excessos nos relacionamentos: do excesso de
“convites”, que promove desmedido envolvimento pessoal, dificultando a ajuda
real, e do excesso de “indiferença”, que provoca falta de compaixão e
posicionamento frio.
Preceptor das Almas, levou-nos
à reflexão íntima, ou melhor, à interiorização de nós mesmos, quando assegurou:
“Eu estou no Pai e o Pai está em mim”, (Jesus/João 14:11.) formalizando assim a
necessidade do nosso autoconhecimento como base vital para alcançarmos o Reino
do Céus.
Sigamos Jesus, Ele é a Luz do
Mundo, o Sol Fulgurante que aquece as almas do frio interior, da desilusão e da
desesperança.
Busquemos Jesus agora e
sempre, porque só assim estaremos caminhando ao encontro da paz tão almejada.
Livro: Renovando Atitudes
Hammed /Francisco do Espírito Santo Neto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário