Na solução aos
problemas da caridade, não olvides a beneficência do campo mais íntimo, que
tanta vez relegamos à indiferença.
Prega a
fraternidade, aproveitando a tribuna que te componha os gestos e discipline a
voz; no entanto, recebe na propriedade ou no lar, por verdadeiros irmãos, os
companheiros de luta, assalariados a teu serviço.
Esclarece os
Espíritos conturbados e sofredores nos círculos consagrados ao socorro daqueles
que caíram em desajuste mental; contudo, acolhe com redobrado carinho os
parentes desorientados que a provação desequilibra ou ensandece.
Auxilia a
erguer abrigos de ternura para as crianças abandonadas; todavia, abraça em casa
os filhinhos que Deus te deu, conduzindo-lhes a mente infantil, através do
próprio exemplo, ao santuário do dever e do trabalho, do amor e da educação.
Espalha a
doutrina de paz que te abençoa a senda, divulgando-a, por intermédio do
conceito brilhante que te reponta da pena,
mas não olvides exercê-la em ti próprio, ainda mesmo à custa de aflição e de
sacrifício. para que o teu passo, entre as quatro paredes do instituto
doméstico, seja um marco de luz para os que te acompanham.
Cede aos
necessitados daquilo que reténs no curso das horas...
Dá, porém, de
ti mesmo aos semelhantes, em bondade e serviço, reconforto e perdão, cada vez
que alguém se revele faminto de proteção e desculpa, entendimento e carinho.
Beneficência!
Beneficência!
Não lhe manches
a taça com o veneno da exibição, nem lhe tisnes a fonte com o lodo da
vaidade!Recebe-lhe as sugestões de amor no imo do coração e, buscando-a
primeiramente nos escaninhos da própria alma, sentiremos nós todos a
intraduzível felicidade que se derrama da felicidade que venhamos a propiciar
aos outros, conquistando, por fim, a alegria sublime que foge ao alarde dos
homens para dilatar-se no silêncio de Deus.
Livro:
Religião dos Espíritos – 5
Emmanuel /
Chico Xavier
Estudando o
Livro dos Espíritos – Allan Kardec
QUESTÃO 920
Felicidade e
infelicidade relativas
920. Pode o
homem gozar de completa felicidade na Terra?
Resposta: Não, por isso que a vida lhe foi
dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e
o ser tão feliz quanto possível na Terra.
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