Que é preciso
trabalhar na conquista honesta do pão, todos sabemos.
Obrigação para
cada um, no edifício social, é problema pacífico.
Não ignoramos,
porém, que muitos companheiros do caminho permanecem à margem, esquecidos na
carência, mergulhados na provação, chafurdados na delinqüência, agoniados no desespero
e penitentes na enfermidade...
Quem são, no
mundo, os chamados para lhes prestarem socorro, em nome do Cristo?
Dizes que são
os administradores; contudo, os administradores, via de regra, jazem inquietos,
criando verbas e leis.
Dizes que são
os políticos; entretanto, freqüentemente, os políticos andam apreensivos na
arregimentação partidária, estudando interesses e decisões.
Dizes que são
os cientistas; todavia, os cientistas quase sempre estão concentrados em suas pesquisas,
multiplicando indagações e dúvidas infindáveis.
Dizes que são
os filósofos; mas os filósofos, na maioria das vezes, respiram encarcerados em
suas doutrinas, alentando tribunas e discussões.
Dizes que são
os milionários; todavia, os milionários comumente sofrem responsabilidades sem
conta, fiscalizando posses e haveres.
Dizes que são
os comerciantes; contudo, os comerciantes, muitas vezes, caminham absorvidos em
suas transações, conjugando assuntos de compra e venda. Tão pejados de
compromissos vivem na Terra os governantes e os legisladores, os matemáticos e
os intelectuais, os abastados e os negociantes, que serão todos eles
categorizados sempre à conta de filantropos e heróis, benfeitores e apóstolos,
toda vez que forem vistos nas faixas mais simples da caridade.
Lembra-te de
Jesus, quando passou entre os homens
cumprindo a Lei de Deus.
Em circunstância
alguma formulou exigências e apelos aos titulados da Terra.
Em todos os
lugares e em todos os serviços, irmanavam-se,
Ele e o povo,
na execução da solidariedade em nome do Amor Divino.
Assim, pois,
se lembramos Jesus com fidelidade, quem deve alimentar os famintos e agasalhar
os nus, sossegar os aflitos e consolar os que choram, instruir os ignorantes e
apoiar os desfalecentes, antes de qualquer cristão desmemoriado ou inibido, somos
sempre nós mesmos.
Livro:
Religião dos Espíritos - 42
Emmanuel
/ Chico Xavier.
Estudando O Livro dos
Espíritos
Felicidade e
infelicidade relativas
930. É
evidente que, se não fossem os preconceitos sociais, pelos quais se deixa o
homem dominar, ele sempre acharia um trabalho qualquer, que lhe proporcionasse
meio de viver, embora deslocando-se da sua posição. Mas, entre os que não têm
preconceitos ou os põem de lado, não há pessoas que se vêem na impossibilidade
de prover às suas necessidades, em conseqüência de moléstias ou outras causas
independentes da vontade delas?
Resposta: Numa
sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome.
A.K.: Com uma
organização social criteriosa e previdente, ao homem só por culpa sua pode
faltar o necessário. Porém, suas próprias faltas são freqüentemente resultado
do meio onde se acha colocado.
Quando
praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na
solidariedade e ele próprio também será melhor.
Fora da caridade não há
salvação
Caridade: fazer todo o bem ao
nosso alcance.
Salvação: progresso, evolução
espiritual.
A caridade é o amor em ação.
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