Ter compaixão é
possuir um entendimento maior das fragilidades humanas. É quando nos tornamos
mais realistas, menos exigentes e mais fexíveis com as dificuldades alheias.
Compaixão
- manifestação de um coração aberto.
"Há
mais felicidade em dar que em receber." (Atos, 20:35) De bem-aventurado
vem a palavra beato- do latim beatus, que significa "feliz".
Beatificar alguém é declará-lo na plenitude da felicidade; por isso é que
chamamos comumente de venturosas as pessoas felizes.
Cristo usava com
freqüência essa forma literária em seus discursos: "Bem-aventurados são
aqueles que...". Essas bem-aventuranças eram e são a fórmula que o Mestre
Jesus recomendava para conquistar a verdadeira felicidade ou para alcançar uma
vida plena.
Ter compaixão é
possuir um entendimento maior das fragilidades humanas. É quando nos tornamos
mais realistas, menos exigentes e mais flexíveis com as dificuldades alheias.
Se quisermos a
paz do mundo, sejamos pessoas felizes. O bem-aventurado é um agente da paz,
pois as criaturas maduras possuem uma compassiva "noção de vida". Por
isso, afirmam os Espíritos Benevolentes:
"(...) aquele que vê claramente as
coisas tem uma idéia mais justa do que o cego. Os Espíritos vêem o que não
vedes; eles julgam, pois, de outro modo que vós, mas, ainda uma vez, isto
depende da sua elevação." (Questão 241- Livro dos Espíritos – Allan Kardec.)
Ao abrirmos o
coração para alguém, vivenciamos uma forma de empada — sentimos o que ele
sentiria caso estivéssemos vivenciando a sua situação. Isso é uma questão de ressonância.
Só podemos apoiar e cooperar se nossos estados interiores forem sensibilizados;
apenas podemos compartilhar a alegria ou a tristeza de alguém se elas também
nos tocarem. Se não nos permitimos sentir medo, amor, tristeza ou alegria, não
podemos reagir a esses sentimentos diante das pessoas e podemos até duvidar
deque elas os estejam experimentando.
Compaixão está
associado a empatia. Perde o bom senso quem não estabelece limites nos bens que
vai dar ou receber. Alguns de nós fazemos favores ou concedemos benefícios aos
outros sem critério ou fundamentação alguma.
No entanto, empatia
não é medir ou julgar alguém por nós. Não é nos colocarmos no lugar da criatura
e ficarmos ilusoriamente imaginando seu sofrimento. Empatia é o contato direto
do nosso coração com o coração de outro ser humano.
A ajuda
verdadeiramente sapiencial é aquela que permite que as pessoas à nossa volta aprendam
a se desenvolver, solucionando suas dificuldades por si mesmas.
O ser compassivo
não invade a vida alheia. Os indivíduos só mudam quando estão prontos para
mudar.
Algumas
religiões podem distorcer nossa concepção de mundo, utilizando a culpa ou o
fanatismo como forma de nos controlar ou de nos forçar a doar coisas. A viseira
do emocionalismo pode nos levar à frustração e ao desapontamento. Podemos ser coagidos
a conceder benefícios ou participar de doações materiais, usando uma forma distorcida
de compaixão. Muitos de nós nos doamos porque esperamos receber em troca
atenção e respeito de outras pessoas. Isso não é ajuda real nem mesmo está
unido ao amor; mais se assemelha a uma forma de barganha, seguida de eternas
cobranças.
Para que
possamos cooperar efetivamente com alguém, é preciso abrirmos mão de nossa
arrogância salvacionista, a de acreditar que a redenção das almas que amamos depende,
única e exclusivamente, de nosso desempenho e de nossa dedicação. Cada pessoa é
uma obra-prima de Deus e, quando subestimamos a força divina que há no outro,
nossos relacionamentos ficam anêmicos e áridos. A compaixão salvaguarda a liberdade
de sentir, pensar e agir.
Os
bem-aventurados aos quais se referia Jesus são felizes porque reconheceram que não
devem viver de forma ególatra; devem viver, sim, uma existência de auxílio a si
mesmos e ao bem comum. Compaixão é o desenvolvimento do sentimento de fraternidade
que move o ser fraterno a ter uma noção ética com vistas à integração e à solidariedade
entre as pessoas.
Livro: Os Prazeres da Alma.
Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto.
Livro: Os Prazeres da Alma.
Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto.
Estudando
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Questão 241 - Os
Espíritos têm do presente uma idéia mais precisa e mais justa que nós?
Resposta: Do
mesmo modo que aquele que vê claramente as coisas tem uma idéia mais justa do
que o cego. Os Espíritos vêem o que não vedes; eles julgam, pois, de outro modo
que vós, mas, ainda uma vez, isto depende da sua elevação.
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