A discrição
na criatura valoriza a harmonia na consciência e o respeito ao modo de viver
dos outros.
Quem
pretende falar desordenadamente do que vê nos seus semelhantes favorece o
escândalo e desajusta a si mesmo, porque se antipatiza perante aqueles com quem
convive.
O ajuizado
não maldiz, não perturba seus companheiros, não critica, não afronta, não julga
a quem quer que seja e não se nega ao bem, quando está em suas mãos fazê-lo.
Não tem
ciúmes, porque não inveja os pertences alheios, sente prazer ao encontrar as
criaturas nas bênçãos de Deus, e por vezes coopera para que todos sejam mais
felizes.
Sejamos bem
falantes por onde transitarmos, por compreendermos que a fala ajustada nos
lugares em que lhe compete construir é qual estrela de luz a iluminar o
coração, inspirando a inteligência e fazendo, das mãos, forças que abençoam em
todos os sentidos.
Sê comedido
com o teu companheiro nas lutas do trabalho, respeitando todos os seus ideais.
Todavia, quando esses não se harmonizarem com o bem, a tua fisionomia pode
falar mais alto que o verbo, em desaprovação. A Expressão fisionômica, em
muitos casos, desaprova, sem ferir.
No entanto,
quando a fala for mais conveniente, usa-a, com prudência.
Adorna-te
não somente com jóias, na discrição que é peculiar à beleza, mas enfeita-te com
a riqueza das virtudes, nas linhas que a tua faixa de vida for favorável.
Sê comedido
nos pensamentos, palavras e ações. Sem a alimentação que assegura a forma do
corpo físico, não podes viver na Terra. Porém, a comida em excesso desorienta a
Alma nos seus ideais. As vestes são adornos e amparos que a civilização
descobriu. Contudo escravizam as criaturas quando estas partem para o exagero.
A riqueza
material é oportunidade para que faças muita caridade. Entretanto quando a
usura está presente, o ouro é alavanca para muitos infortúnios. A moderação, em
tudo, é luz de Deus no coração da vida.
Quando
colocardes jóias, por fora, não vos esqueçais dos enfeites, por dentro.
A modéstia
nunca se arrepende, desde que não passe ao acanhamento.
Sê seguro
do que fazes, e deixa que essa segurança se transforma em fé. E que essa fé se
transmute em esperança, abrindo as portas do coração e da inteligência, para
que a esperança, a fé e a segurança transbordem em amor, criando vidas e libertando
almas.
A sensatez
é a força da estabilidade no Espírito que aspira a paz.
Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
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