Quanta aflição desaparecerá no
nascedouro, se souberes sorrir em silêncio! Quanta amargura esquecida, se
desculpares o fel!
Rogas a paz do Senhor, mas o Senhor
igualmente espera por teu concurso na paz dos outros.
Reflete nas necessidades de teu irmão,
antes de lhe apreciares o gesto impensado. Em muitas ocasiões, a agressividade
com que te fere é apenas angústia e a palavra ríspida com que te retribui o
carinho são tão somente a chaga do coração envenenado-lhe a boca.
Auxilia mil vezes, antes de reprovar uma
só. O charco emite corrente enfermiço por não haver encontrado mãos que o
secassem e o deserto provoca sede e sofrimento por não ter recebido o orvalho
da fonte.
Deixa que a piedade se transforme no teu
coração em socorro mudo, para que a dor esmoreça.
Não estendas a fogueira do mal com o
lenho seco da irritação e do ódio!
Espera e ama sempre!
Em silêncio, a árvore podada multiplica
os próprios frutos e o céu assaltado pela sombra noturna descerra a glória dos
astros!...
Lembra-te do Cristo, o Amigo silencioso.
Sem reivindicações e sem ruído, escreveu
os poemas imortais do perdão e do amor, da esperança e da alegria no coração da
Terra.
Busquemos NELE o nosso exemplo na luta
diária e, tolerando e ajudando hoje, na estreita existência humana,
recolheremos amanhã as bênçãos da luz silenciosa que nos descerrará os caminhos
da Vida Eterna.
Livro:
Ideal Espírita.
Espíritos Diversos
Chico Xavier e Waldo Vieira.
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