Por
imprevidência permites que a mágoa se te assenhoreie do intimo face ao triunfo
de pessoas arbitrárias, ardilosas e desonestas.
Examina-lhes,
superficialmente, as atitudes, e, como os vês alçados ao triunfo transitório do
mundo, deixas-te consumir por insidioso despeito, senão por surda revolta, como
se estivesses a tomar nas mãos as diretrizes da vida para agir conforme as
aparências.
Crês que mereces
mais do que eles, os insensatos e perversos, que galopam sobre a fortuna e a
glória, sem te dares conta de que as determinações divinas são sábias e jamais
erram.
Ante os
problemas que te surgem, comparas a tua com a existência de filhos ingratos que
tudo recebem, de esposos infiéis que são bem aceitos no grande mundo, de amigos
desleais que, não obstante, vivem cercados pela bajulação dourada.
Não te agastes,
porém, indevidamente.
Corrige a visão
e muda a técnica de observação.
Cada espírito é
um ser com programação própria, fruto das suas realizações pessoais. Não se
pode examiná-los e julgá-los em grupo. Aliás, ninguém pode com acerto total
julgar o próximo.
Conveniente, por
isso, fazeres a parte que te compete, na programática da vida e prosseguires
sem desfalecimento, nem desaires.
Ontem estiveste
aquinhoado com a mordomia de valores que desperdiçaste.
Já fruíste de
afeições abnegadas que desconsideraste.
Passaram pela
porta das tuas aspirações alegrias e bênçãos que malsinaste.
Por algum, tempo
sobre os teus ombros pesaram as cangas da governança e da responsabilidade, que
arrojaste fora leviamente.
Amigos cantaram
aos teus ouvidos as músicas da fraternidade e as transformaste em patéticas,
após traições e infâmias.
Esvaziaste a
ânfora da esperança, arrojando fora as concessões do bem.
Agora carpes,
experimentas faltas, registras sofrimentos, anotas soledade...
Reformula
conceitos, opiniões e arma-te de paciência e valor a fim de prosseguires
otimista.
É sempre dia
para quem acende a luz da fé no coração e usa o amor nas realizações a que se
afervora.
Vens de
experiências fracassadas e estás em tentativas de equilíbrio.
Não te
desencantes.
Agora é a vez
dos outros.
Fruem hoje o que
possuíste ontem.
Ajuda-os a não
caírem na alucinação que te venceu, orando por eles, não os invejando, nem
pensando mal a respeito deles.
Além disso, eles
sabem como estão construindo a ilusão, os recursos de que se utilizam e isto
basta-lhes como punição gravada na consciência, de que não se conseguem
libertar.
Sorriem em
público e choram a sós.
Gozam em sociedade
e reconhecem-se solitários.
Por penetrar no
âmago das questões e no cerne das consciências, afirmou Jesus: “Vós julgais
segundo a carne, eu a ninguém julgo”.
Faze a paz com
todos e fruirás das messes da paz, não julgando, condenando ou perseguindo ninguém.
Livro: Leis
Morais da Vida
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
Estudando O Livro
dos Espíritos – Allan Kardec
803. Perante
Deus, são iguais todos os homens?
Sim, todos
tendem para o mesmo fim e Deus fez Suas leis para todos. Dizeis freqüentemente:
“O Sol brilha para todos” e enunciais assim uma verdade maior e mais geral do
que pensais.
806. É lei da Natureza a desigualdade das
condições sociais?
Não; é obra do homem e não de Deus.
EXCELENTE COLETÂNEA...MUITO IMPORTANTE PARA TODOS NÓS! MUITA PAZ!
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