A mediunidade de
cura é um dom grandioso, que foi usado, com exuberância, por Nosso Senhor Jesus
Cristo, na Sua passagem pela Terra.
O médium de cura
deve tomar certas providências em relação à sua própria conduta, pois a sua
mente influi, poderosamente, sobre todos os seus centros de forças, e estes
canalizam as suas indescritíveis energias para onde os pensamentos do
medianeiro determinarem, somadas a outras tantas riquezas, de que o coração é
portador.
Os fluidos
vitais armazenados pelo baço, que mais se enraízam no seu duplo, são fornecidos
pelo astro rei, que nos fecunda a todos, e são sempre reavivados pelos nossos
sentimentos de amor, ou então desmerecidos pelos nossos impulsos inferiores.
É bom que
analisemos o que estamos doando aos que sofrem. A mediunidade curadora é uma
porta, senão um caminho onde luzes poderão brilhar, despertando outros valores
que se escondem no nosso mundo íntimo.
O médium curador
que já se dispôs a tal empreendimento não pode se esquecer da alegria, aquela
que nasce dos bons princípios e valoriza o esquema de vida em todas as suas
diretrizes. Não deve perder a paciência com os que sofrem. Eles já sofrem!...
E, às vezes, desconhecem o que o medianeiro já conhece.
Deve ouvir com
tolerância e conversar com discernimento, para que possa fazer nascer nos
corações torturados, aquela força divina que se chama esperança. Deve confiar,
mesmo nos desconfiados: e perdoar, incondicionalmente, todos os que sentem
prazer em ferir. Somente o exemplo do Bem nos colocará com poderes suficientes
para desfazer os impulsos da ignorância. Nunca esquecer a harmonia da mente,
porque a harmonia é a tônica do universo, e onde ela se irradia não faltam
saúde e paz, compreensão e fraternidade.
O sensitivo deve
conhecer a si mesmo, antes de saber alguma coisa sobre os outros; exigir de si
o que pode dar aos semelhantes e a ninguém pedir compreensão. O médium de cura
é sempre o doador, a fonte de tranqüilidade, ajudando e tornando a ajudar na
criação da verdadeira felicidade.
A água de cada
lar é filtrada pelos esforços humanos e valorizada pela assistência espiritual,
por bênção de Deus. Assim é a energia cósmica, de natureza divina, penetrando
em nossos filtros energéticos. Quando compreendemos, enriquecemo-nos com esse
fluido sutil, dando indicações na correspondência que o amor indicar.
A mediunidade de
cura tem muitos pontos a ponderar. Os médiuns têm a sua parte a ser feita no
preparo dos fluidos que deverão ser distribuídos aos que sofrem e, portanto,
são responsáveis pelo que dão. A responsabilidade é muito grande, na seqüência
dos trabalhos que nos competem, em favor de nós mesmos, de nossa consciência e
de nosso próprio coração.
Não devemos
perder tempo. Não deixemos passar nem um minuto, sem nos lembrarmos da nossa
disciplina e educação. Antes dos nossos trabalhos mediúnicos, não nos
esqueçamos de rememorar o que foi feito no percurso do dia e os pensamentos
criados pela mente ou assomados em nosso mundo mental. Façamos uma avaliação,
tornemos a fazê-la e, se porventura tivermos de consertar alguma coisa, consertemo-la
logo, entrando em oração, no sentido de nos prepararmos para o trabalho da luz.
Logo que te
deparares frente a um enfermo, sentirás a tua influência invadindo-lhe a aura
e, se a vigilância não for exercida, os fluidos negativos que circulam em teu
organismo poderão passar com profundidade para o enfermo, causando desastres de
difícil reparo. A troca de fluidos entre as pessoas é lei do equilíbrio. No
entanto, é necessário saber o que estamos recebendo ou ofertando e quais os tipos
de valores que ofertamos ou que nos são ofertados. Não basta ter boa vontade.
Este é, pois, o primeiro passo. É preciso compreender o que deve ser feito,
para fazer melhor e ser vitorioso nos serviços da benevolência. A mediunidade
de cura, com Jesus, é um alento divino, mas Jesus somente está presente onde o
coração gera amor e a mente mostra discernimento.
Combate, nos
teus sentimentos, todos os tipos de melindres. Eles são sutis. Por vezes,
desconheces sua existência palpitando no fundo da alma.
Eles se escondem nas dobras da vaidade e
têm ainda o poder de chorar, para mostrar com mais evidência que alguém os
feriu.
No momento de
curar os enfermos ou dar alívio aos que padecem, não podes alimentar o ódio,
pois ele gera imprudência. Não podes assegurar a inveja, pois ela faz crescer a
usura. Não podes cultivar a prepotência, pois ela irrita a sensibilidade,
dispersando o que de bom os céus nos ofertam. É de justiça que todo médium de
cura se certifique, por si mesmo, de que tudo o que doamos volta a nós, por
processos que, às vezes, escapam ao nosso entendimento.
O médium curador
é um fulcro de energias circulantes, e essas forças de Deus obedecem à sua
vontade, cegamente. Fazemos delas o que somos.
Se doamos luz,
ficamos inundados de claridade, mas se oferecemos trevas, sofremos as conseqüências
da nossa invigilância.
Entrega o teu
coração e a tua inteligência, médium curador, à influência do Cristo, porque o
Evangelho em tua vida tornar-te-á um sol, para a tua própria paz, servindo aos
outros.
Livro: Segurança
Mediunica.
Miramez / João
Nunes Maia.
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