Queremos
conversar sobre honestidade. Como é bom nos lembrarmos da virtude que edifica,
que consola e que instrui, porque favorece nosso entendimento em todas as áreas
do saber! Quando é formado um lar, sempre se lembra da probidade entre as
criaturas que fazem parte da casa; a família que não fala, nem alimenta a
decência, perde a direção dos seus mais belos caminhos para a legítima
unificação. Compreendamos, pois, a necessidade do esforço próprio na aquisição
dos sentimentos de honra, sem que o exagero ultrapasse os limites da modéstia,
O teu mundo de
maior valor é a tua casa íntima, que deve ser cuidada pelo Espírito que nela habita; e quem
não sabe o melhor caminho a seguir?
Nenhuma criatura
é analfabeta no conhecimento do bem e do mal. O homem comum, quando ofendido,
usa da defesa que lhe é própria: às vezes, reage com as armas da sua predileção
- violência física ou palavrões; se sabe que foi ofendido, conhece o bem e o
mal; quando é envolvido pelo afeto, dispensa carinhos. É dai que partimos para
a educação, que nos cria um bem-estar indizível, usando o modelo do Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Encontramos nele
todas as modalidades que o amor nos propicia, para um bom comportamento com aqueles
que nos amam e com quem nos ofende e calunia.
Sejamos honestos
com nós mesmos, procurando uma postura altamente elevada em todos os meios onde
estivermos, porque a dignidade não é conduta fantasma, é realidade para os que
exercitam a verdadeira fraternidade.
A tua casa e a
tua família têm mais necessidade de honestidade, do que mesmo de vestes; de
amor, do que de comida; de trabalho do que mesmo de descanso. Não deves levar
pelo campo da ofensa o que ouves ou lês; quem está escrevendo é mais carente do
que está dizendo e pede sempre orações dos que vivem no mundo da carne;
precisamos trocar experiências em todo o aprendizado, por sermos todos filhos
do mesmo Pai de Bondade e de Amor.
Uma criatura
honesta é admirada não somente pelos homens, mas também pelos céus.
A nossa
palavra-chave desta conversa é a Fala. Falamos muito, e na tua casa sempre há
gente falando; a urgência que deves ter em teu lar é o de ouvir o que se Fala,
para consertar o que se diz fora do que se deve dizer. Aos pais compete essa
missão: de ouvir o que falam os filhos, e, nesse exame, verificar qual o
exemplo de que eles estão precisando. Proferir palavras indecorosas em um ninho
familiar é favorecer a indisciplina, é tecer no ambiente invisível um magnetismo
inferior capaz de irritar as criaturas que nele vivem, criando inimizades, de
onde provém a separação. É muito útil que todos aprendam a usar a palavra na
sua mais alta função de ajudar; o verbo educado abre caminhos para a
fraternidade verdadeira.
Não deves aludir
a ninguém, principalmente em teu lar, com agressividade; procura os recursos
dentro do teu coração, inspirado no Amor, que com facilidade fluirão os
pensamentos de paz e entendimento, de caridade e de compreensão, para que a tua
Fala seja de luz, mantendo a harmonia em tua casa e em teu íntimo. Confere tudo
o que vais falar, e ao dizer as palavras, lembra-te de que, se fosse Jesus, o
que Ele falaria em teu lugar. Basta isso para aprenderes a falar.
Livro: Tua Casa.
Ayrtes / João
Nunes Maia.
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