0208/LE
Há alguns pais
que conseguem passar para seus filhos a esperança de Cristo e a educação espiritual
nas linhas do Evangelho de Jesus Cristo. Deus usa as criaturas para a ascensão
dos próprios filhos. Qual a finalidade da família? É o crescimento das almas,
rompendo barreiras e alcançando a vida em estado de graça, na luz do amor.
Os pais que não
cuidam de seus descendentes se encontram cegos e surdos à voz da consciência em
Deus. Não se pode descuidar da disciplina, desde mesmo a gestação. Por que não
conversar com o recém-chegado do mundo espiritual? O corpo está se formando,
mas o Espírito já se encontra ao lado, vivendo a formação do seu fardo físico
e, por vezes, ajudando os seus futuros pais, dependendo da sua condição
evolutiva. Se for um Espírito menos esclarecido lembremo-nos do que disse
Jesus: São os doentes que precisam de médico.
Lembremo-nos de
Jesus, quando disse: - Eu e meu Pai somos Um. Nesse sentido, o filho e a mãe
são um, na unidade de vida, um sorvendo os sentimentos do outro, com equilíbrio
ou desequilíbrio, de conformidade com os alimentos mentais das referidas
trocas. Imaginemos a responsabilidade dos pais em questão!
Aproveitemos o
tempo, começando pela oração, reformando os pensamentos no lar e em cada um que
pertence ao lar, porque o recém-chegado se encontra assimilando tudo o que os familiares
pensam e sentem, principalmente a mãe, a futura mãe. Cada vício ou hábito dos genitores
impreguinará os sentimentos do filho, e pode se desenvolver, se esse não tem
uma formação elevada adquirida em outras vidas. Cada virtude vivenciada no seio
da família é semente de luz que se planta no coração dos filhos, por amor, e
que se multiplica em favor do agricultor. Pois é dando que se recebe.
O pai deve
franquear as boas maneiras todos os dias, pensando, falando e vivendo, para que
a luz de Deus ilumine a cidade de seu coração, para que a missão que ombreia
ante a consciência e Deus seja bem cumprida, e que, quando voltar ao mundo de
origem, as suas mãos levem os frutos de todos os seus esforços, cumulando a paz
em sua consciência. Mesmo que custe bem caro, a vida no bem, em favor dos
filhos, representa esperança e bem-estar para os trabalhadores.
Se na Terra não
existe felicidade, ela existe mais adiante, e as suas raízes devem ser fincadas
no mundo onde ora viveis. A influência dos pais ante os filhos é uma realidade.
Se, mesmo com os bons exemplos, alguns deles continuarem fora do padrão em que
se vive, não esmoreçamos; adiante eles aprenderão e, como nada se perde, o bem
é mais duradouro, senão eterno - embora possa dormir dentro da alma - algum dia
nascerá, com todo o seu fulgor de vida, e quem o plantou, receberá o perfume da
paz daquilo que fez. Do plantio de luz, nascerá a claridade de estrelas.
Felizes os
filhos que adquirem qualidades morais semelhantes às dos pais, e muito mais felizes
aqueles que os ajudam a ampliar a conduta em Cristo. Simpatizemos com o bem, na
ardidura do amor, para que esse amor nos ilumine por dentro, a mostrar
igualmente por fora o céu que despertou em nós, mostrando Deus e Cristo para os
que nos acompanham.
Livro: Filosofia
Espírita – Vol. V
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Parecenças
físicas e morais
208. Nenhuma
influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento
deste?
Ao contrário:
bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que
contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm
por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma
tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.
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