0152/LE
As maiores
provas da individualidade da alma são as comunicações dos Espíritos que viveram
na Terra, generalizadas em todo o mundo, desde o homem primitivo às altas civilizações
do planeta. Não existe uma família sequer que não tenha um fenômeno a contar, sobre
visão ou dos sinais dos seus amigos ou familiares que já passaram para o outro
lado da vida, que voltaram para comprovar que eles não morreram com o corpo.
A reencarnação é
outra prova de que a alma continua viva depois do túmulo. Depois, poderemos
passar para a análise das coisas, das leis que nos regem e da Inteligência Suprema,
que não iria preparar uma vida, qual seja a do homem, para breves momentos
desta mesma vida, pois, se Ele vive eternamente e se somos Seus filhos, temos
direito a essa vida eterna.
As provas
irrecusáveis e mais evidentes vibram dentro de cada criatura segredando na sensibilidade
de suas consciências que a vida continua em todas as direções, e essa é a maior
alegria do Espírito, em saber que o túmulo não é o fim. Na Terra, muito se tem
escrito sobre esse assunto tão esperado pelos homens, mas, a Doutrina Espírita
rasgou o véu, anunciando com mais clareza, pelos fatos, que a alma, além de
conservar, depois da morte do corpo, a sua individualidade, esta se acentua
cada vez mais, na medida em que crescem os talentos espirituais.
Compete a cada
um trabalhar nessas descobertas de si mesmo, estudar e meditar sobre esse
transcendental assunto, e não se esquecer de orar, pedindo a Deus para nos ajudar
a crer nas verdades estabelecidas por Ele mesmo, o que tanto nos conforta e nos
anima.
As provas da
existência da alma podemos encontrar em todos os fenômenos da natureza humana e
divina, mas, a verdadeira prova somente encontramos no mundo interno das nossas
consciências, e essas experiências são individuais. O maior professor, nesse
caso, é o tempo, que funciona sob as bênçãos do Todo Poderoso. Quem já encontrou
na oração certo consolo, quem ora com a fé que a prece desperta no coração,
sente a existência dos Espíritos agentes de Deus que velam por todas as
criaturas do Senhor. A razão, por vezes, nos dá notícias de que a alma
sobrevive à chamada da morte, mas, somente a intuição nos livra de todas as
dúvidas. As provas irrecusáveis são sentidas e não aceitas por argumentos.
Esses, às vezes, nos levam às sensibilidades maiores.
Procuremos
conhecer as vidas dos conhecidos como santos ou místicos, que logo entenderemos
por que vivemos bem como a contínua comunicação que eles mantiveram com o mundo
espiritual. A própria ciência, com o tempo, é que irá propagar a existência da
alma.
Ela se encontra
a caminho das verdades espirituais, verdades essas que todas as religiões vêm
propagando há milênios. O Espiritismo desfraldou a bandeira da imortalidade,
com provas das mais lúcidas. Ele vem ajudar as outras religiões a sustentar que
a vida continua, com mais amplitude de consciência.
Livro: Filosofia
Espírita – Vol III
Miramez / Joao
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
A alma após a
morte
152. Que prova
podemos ter da individualidade da alma depois da morte?
Não tendes essa
prova nas comunicações que recebeis? Se não fôsseis cegos, veríeis; se não
fôsseis surdos, ouviríeis; pois que muito amiúde uma voz vos fala, reveladora
da existência de um ser que está fora de vós.
A.K.: Os que
pensam que, pela morte, a alma reingressa no todo universal estão em erro, se
supõem que, semelhante à gota d’água que cai no Oceano, ela perde ali a sua
individualidade. Estão certos, se por todo universal entendem o conjunto dos
seres incorpóreos, conjunto de que cada alma ou Espírito é um elemento.
Se as almas se
confundissem num amálgama só teriam as qualidades do conjunto, nada as
distinguiria uma das outras. Careceriam de inteligência e de qualidades
pessoais quando, ao contrário, em todas as comunicações, denotam ter consciência
do seu eu e vontade própria. A diversidade infinita que apresentam, sob todos
os aspectos, é a conseqüência mesma de constituírem individualidades diversas.
Se, após a morte, só houvesse o que se chama o grande Todo, a absorver todas as
individualidades, esse Todo seria uniforme e, então, as comunicações que se
recebessem do mundo invisível seriam idênticas. Desde que, porém, lá se nos
deparam seres bons e maus, sábios e ignorantes, felizes e desgraçados; que lá
os há de todos os caracteres: alegres e tristes, levianos e ponderados, etc.,
patente se faz que eles são seres distintos. A individualidade ainda mais
evidente se torna, quando esses seres provam a sua identidade por indicações
incontestáveis particularidades individuais verificáveis, referentes às suas
vidas terrestres, Também não pode ser posta em dúvida, quando se fazem visíveis
nas aparições. A individualidade da alma nos era ensinada em teoria, como
artigo de fé. O Espiritismo a torna manifesta e, de certo modo, material.
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