O Evangelho Seg. O Espiritismo – Allan Kardec,
Cap. III – Item 19
A Presença
Divina constitui verdade perene.
Até o silêncio
da pedra fala em Deus.
O Universo
repousa na disciplina.
O labirinto da
selva revela ordem em cada pormenor.
Em a Natureza,
tudo pede compreensão e respeito.
O deserto é o
cadáver do mar.
Há sabedoria em
todas as coisas.
Embora sem tato,
a trepadeira sabe encontrar apoio; não obstante sem visão, o girassol descobre
sempre o astro rei.
Em tudo existe a
feição boa.
As nuvens mais
sombrias refletem a luz solar.
Eternidade
significa aprimoramento contínuo de repetições.
Sem recapitular
movimentos, a Terra desagregar-se-ia.
A fé construtiva
não teme a adversidade.
O penhasco no
dilúvio é ponto de segurança.
A obediência não
dispensa a firmeza.
Humilhada e
submissa, a água se amolda a qualquer recipiente, mas, resoluta e perseverante,
atravessa o rochedo.
Toda empresa
solicita cultura e prática.
Inexperiente, o
homem vivo naufraga no bojo das águas; adaptado, o lenho morto navega na
superfície do mar.
O aspecto
exterior nem sempre denuncia a realidade.
O vento,
supostamente vadio, trabalha na função de cupido das flores.
Volume não
expressa valor.
Apesar de
pequenina, a semente é gota de vida.
A palavra feliz
constrói invariavelmente.
Na linguagem do
pássaro, todo som faz melodia.
Valor e
humildade são expressões de inteligência sublime.
Se o cume mais
alto recebe a chuva em primeiro lugar, o vale mais baixo recolhe, ao fim, a
maior parte da água.
Para revelar-se,
o bem não exige trombeta.
Conquanto
invisível, a onda de perfume, muita vez, nutre e refaz.
No campo da
evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
A escarpa de
hoje será planície amanhã.
Livro: O
Espírito da Verdade.
Espíritos
Diversos
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
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