“Alegrai-vos com
os que se alegram e chorai com os que choram.” – Paulo. (ROMANOS, 12:15.)
Realmente, na
Terra, é mais fácil chorar com os que choram.
Em muitas
circunstâncias, mágoas alheias servem de consolação para nossas mágoas.
Quem carrega
fardos enormes como que nos estimula a suportar os estorvos leves.
Num desastre
qualquer, que nos teria colhido, inclinamo-nos, comovidamente, para as vítimas,
guardando, muita vez, a ilusão de que fomos agraciados por Deus, como se a
responsabilidade de moratórias e
empréstimos, que nos são concedidos pela Misericórdia Divina, dentro da Lei,
fosse para nós regime de favoritismo e exceção.
Ajudar aos que
se encontram em provocações maiores que as nossas é caridade sublime; no
entanto, é forçoso reconhecer que aconselhar paciência aos que choram, na posição
de superiores tranqüilos, é o mesmo que falar à margem de um problema, sem
estar dentro dele.
Com isso, não
queremos diminuir o valor da beneficência. Sem ela, nossas mãos se fariam
garras de usura e o egoísmo transformaria a Terra num manicômio.
Desejamos
simplesmente afirmar que é mais fácil chorar com os que choram, que alegrar-se
alguém com os que se alegram; porquanto, ajudar com o pão ou com a alegria que
nos sobram é ato que podemos realizar sem dificuldade, ao passo que, para regozijar-se
com o regozijo dos outros, sem qualquer ponta de inveja ou despeito, é preciso
trazermos suficiente amor puro no coração.
Livro: palavras
de Vida Eterna.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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