Não erreis, não
vos enganeis, meus amados irmãos.” - Tiago: capítulo 1º, versículo 16.
O salutar conselho do apóstolo Tiago
continua muito oportuno e de grande atualidade para os cristãos novos.
Erro — compromisso negativo, amarra ao
passado.
Ao erro cometido impõe-se sempre a
necessidade de reparação.
Quem conhece Jesus não se pode permitir
o desculpismo constante, irresponsável, que domina um sem número de pessoas.
Por toda parte se apresentam os que
mentem e traem, enganam e dilapidam, usurpam e negligenciam, exploram e
envilecem, aplaudidos uns, homenageados outros, constituindo o perfeito clã dos
iludidos em si mesmos.
Sem embargo, o
mal que fazem ao próximo prejudica-os, porqüanto não se furtarão a fazer a paz
com a consciência, agora ou depois.
Anestesiados os centros do discernimento
e da razão, hoje ou amanhã as conjunturas de que ninguém se consegue eximir
impor-lhes-ão reexame de atitudes e de realizações, gerando neles o impositivo
do despertamento para as superiores conceituações sobre a vida.
Enquanto se erra, muitas vezes se diz crer
na honestidade e valia da ação, como a ocultar-se em ideais ou objetivos que
têm aparência elevada e honesta. Todavia, todo homem, à exceção dos que
transitam nas faixas mais primitivas da evolução ou os que padecem distúrbios
psíquicos, tem a noção exata do que lhe constitui bem e mal, do que lhe
compete, ou não, realizar.
Dormem nos recessos íntimos do ser e despertar
no momento próprio as inabordáveis expressões da presença divina, que se
transformam em impulsos generosos, sentimentos de amor e fé, aspirações de
beleza e ideal nobre que não se podem esmagar ou usar indevidamente sem a
correspondente conseqüência, que passa a constituir problemas e dificuldade na
economia moral-espiritual do mau usuário.
*
Refere-se, porém, especificamente o Apóstolo
austero do Cristo, aos erros que o homem pratica em relação à concupiscência e
à desconsideração para com o santuário das funções genésicas.
O espírito é
sempre livre para escolher a melhor forma de evolução. Não fugirá, porém, aos
escolhos ou aos alcatifados que lhe apraz colocar pela senda em que jornadeia.
Em razão disso,
a advertência merece meditada nos dias em que, diminuindo as expressões de
fidelidade e renúncia, se elaboram fórmulas apressadas para as justificativas e
as conivências com a falência dos valores morais, que engoda os menos avisados.
Os seus fâmulos
crêem-se progressistas e tornam-se concordes para fruírem mais, iludindo-se
quanto ao que chamam “evolução da ética”.
*
Não te
justifiques os erros.
Se possível, evita errar.
Desculpa os caídos e ajuda-os, mas luta
por manter-te de pé.
A corroborar com
a necessidade imperiosa da preservação moral do aprendiz do Evangelho, adverte
Paulo, na sua Primeira Epístola aos Coríntios, conforme se lê no Capítulo dez,
versículo doze: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe, não caia.
Perfeitamente
concorde com a lição de Tiago, os dois ensinamentos são inadiável concitamento
à resistência contra as tentações.
A tentação
representa uma avaliação em torno das conquistas do equilíbrio por parte de
quem busca o melhor, na trilha do aperfeiçoamento próprio.
Assim,
policia-te, não caindo nem fazendo outrem cair.
Pensamento
otimista e sadio, palavra esclarecedora, sem a pimenta da malícia ou da censura
e atitudes bem definidas no compromisso superior aceito, ser-te-ão abençoadas
forças mentais e escoras morais impedindo-te que erres ou que caias.
Livro: Leis
Morais da Vida.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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