A Língua
internacional esperanto foi concebida por Lázaro Luiz Zamenhof, Filho de
judeus, Zamenhof nasceu numa pequena cidade da Polônia, denominada Bialistoque,
em 15 de dezembro de 1859.
Naquela época, a
Polônia encontrava-se sob domínio russo. Para melhor subjugar, os russos
adotavam a tática do “dividir para reinar”, estimulando o choque de ódios
raciais, religiosos e nacionais entre os diversos grupos que viviam em solo
polonês. Assim, polacos, lituanos, judeus e alemães detestavam-se mutuamente e
viviam a digladiar-se pelas ruas da cidade. Nesse clima Zamenhof cresceu e
viveu a sua infância.
Desde criança,
ele acalenta uma idéia de criar uma língua, através da qual as pessoas de sua
cidade pudessem se entender. Talentoso, Zamenhof aprende vários idiomas e,
ainda ginasiano, elabora a “lingwe universala”, aquela que viria a ser
predecessora do esperanto. Num dia de 1878, Zamenhof comemora, com alguns
colegas de turma, o nascimento daquele idioma. O pai, porém, preocupado com o
futuro do filho, faz com que ele se comprometa a deixar de lado o seu idioma, a
fim de empenhar-se nos estudos. Tempos depois, Zamenhof vai para Moscou estudar
Medicina.
Num de seus
retornos, de férias, à casa paterna, Zamenhof tenta localizar seus manuscritos
e não os encontra. Indaga à mãe sobre o assunto que, constrangida, informa que
o pai os queimara. A partir desse fato, Zamenhof julga que não deve mais manter
seu antigo compromisso com o pai, uma vez que este não fora correto ao tomar a
decisão de queimar seus papéis. Assim, pacientemente, passa a reconstruir todo
o seu idioma. Testa-o de todas as maneiras. Traduz grandes obras da literatura
mundial. Procura aproximar sua sonoridade ao italiano, na época, a língua mais
adequada para o canto.
Finalmente, em
26 de julho de 1887, com o auxílio financeiro de seu futuro sogro, Zamenhof
lança o esperanto para o mundo. E faz isso através de um pequeno livro, em
russo, que contém o alfabeto, as 16 regras gramaticais, alguns textos de
leitura, em prosa e em verso, e um vocabulário. Seguem-se, no mesmo ano,
edições em polonês, alemão e francês. A língua ganha seus primeiros adeptos,
sendo fundados os primeiros clubes para o cultivo do idioma. Editam-se as
primeiras revistas e surgem também livros escritos diretamente em esperanto e
traduções de obras de línguas nacionais.
Em 1905, ocorre
em Boulogne-sur-mer, na França, o primeiro Congresso Mundial de Esperanto, onde
quase mil pessoas se confraternizam e utilizam o idioma em toda a sua
plenitude. O interesse pelo esperanto cresce. Sucedem-se, anualmente, outros
Congressos Mundiais.
Em 1914, porém,
a deflegração da 1ª Guerra Mundial interrompe a expansão do movimento
esperantista. Zamenhof falece, em Varsóvia, a 14 de abril de 1917. Finda a
guerra, o esperanto consegue retomar suas posições anteriores, mas volta a
perdê-las com a eclosão da 2ª Grande Guerra. Hitler devota-lhe ódio mortal.
Proíbe manifestações esperantistas na Alemanha e nos países por ela subjugados.
Persegue, encarcera e manda matar esperantistas. Na Polônia, a família Zamenhof
e dizimada. Stálin, por sua vez, faz o mesmo na Rússia e países satélites.
Também na China e no Japão, o esperanto sofre perseguições semelhantes.
O fim da 2ª
Guerra Mundial permite uma nova reorganização do movimento, que renasce em
muitos países da Europa. A UNESCO, em sua Assembléia Geral, realizada em 1954,
na cidade de Montevideo, reconhece o valor do esperanto para a educação, a
ciência e a cultura. Com o fim da guerra fria, ressurge o movimento
esperantista nos países da Europa central e na União Soviética. Em 1959, o
centenário do nascimento de Zamenhof é condignamente comemorado no mundo
inteiro. Nos anos seguintes, a língua expande-se por todos os continentes e, em
1985, através de nova Resolução, a UNESCO recomenda a todos os Estados-membros
apoiarem integralmente as comemorações do centenário do esperanto, que ocorreu
em 1987.
Livro: Esperanto
para Principiantes.
Aloísio
Sartorato.
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