• A verdade
divina penetra-me e transforma-me.
• Ao deixar-me
impregnar, renovo-me, e todas acusações que me fazem os frívolos e maus não me
atingem, não me perturbam.
• Permito-me
seguir a trilha da libertação com entusiasmo e paz.
• A verdade
divina inunda-me a consciência. Penso e ajo com correção.
O mundo está
repleto de verdades. Conceitos frágeis, filosofias esdrúxulas, idéias estapafúrdias,
pensamentos sem estrutura de lógica apresentando-se como verdades, são
acolhidos com esmero.
Ao lado desses e
outros mais, estranhos, incoerentes, pululam as verdades de cada um em aguerridas
lutas de facções, de classes, de correntes que desejam dominar.
A verdade,
porém, paira sobranceira, imperturbável, acima das paixões dissolventes, aguardando
brindar-se àqueles que aspiram as concepções elevadas e entregam-se à estesia,
ao conhecimento, à razão, ao mergulho no seu conteúdo iluminativo.
Tudo quanto
aflige, apaixona, agrilhoa, da verdade sequer possui a aparência, porquanto
essas expressões somente ferreteiam o ser, levando-o a paroxismos e
alucinações.
A verdade
liberta, acalma e dulcifica.
A união do ser
com os seus conteúdos dá-se em regime de entrega e paz. Opera-se com lentidão,
segurança e reflexão, produzindo a transformação interior daquele que se lhe
facultou conquistar.
O que resolvas,
sem aprofundamento de análise, considerar como verdade, em tal se converte.
Acreditando que
é legítimo, torna-se-te real.
Necessitas, no
entanto, submeter as tuas crenças ao crivo da razão, verificando quanto resistem
ao escalpelo da lógica, do bom-senso.
Por isso, as
críticas e admoestações que te fazem, não te devem perturbar, levando-te a desequilíbrios.
Antes de mais
nada, elabora o teu programa de ação, dispõe-te a executá-lo e, escudando-te no
ideal que esposas, segue em frente.
Não debatas com
os donos da verdade do mundo os teus planos e aspirações, especialmente aqueles
que são da tua órbita de conduta íntima, porquanto eles não estão dispostos a
compreender-te, menos ainda, a ajudar-te.
A maioria d’Eles
é constituída por combatentes apaixonados das suas verdades transitórias, que
não cedem, porque ainda não estão convencidos delas. Por isso, tornam-se
críticos severos, vigias agressivos, lutadores contundentes contra os outros.
Não lhes dês
atenção. Sem considerar-lhes as opiniões contra ti, as referências aleivosas e
os comentários ácidos, eis que perdem o sentido, não te alcançando jamais.
Valorizando-os,
tornam-se verdades que te incomodam e perturbam a marcha, embora tenhas um
destino a objetivar.
A verdade dá
equilíbrio, estimula a ordem e o respeito às idéias dos demais.
Desincumbe-te
dos compromissos, sem preocupação com aquilo que os outros pensam sobre ti,
tuas ações, tua vida. És livre para agir, assim como te tornarás escravo do que
faças, colhendo conforme semeies. O mais, não tem importância, exceto se
preferes valorizá-lo.
A verdade
felicita sempre. Assim, deixa-te penetrar pela sua força dominadora e segue tranqüilo,
amparado por ela.
Livro: Momentos
de Saúde.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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