Quem admite hoje
o fenômeno magnético, por novidade, se esquece naturalmente de que, no Egito
dos Ramsés, velho papiro trazido aos nossos dias já preceituava quanto ao magnetismo
curativo:
– “Pousa a tua
mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece.”
Séculos
transcorreram, até que ele adquirisse extensa popularidade com as demonstrações
de Mesmer e atravessasse, tímido, o pórtico da experimentação científica com
personalidades marcantes, quais James Braid e Durand de Grosa, Charcot e Liébeault.
E, nos tempos
últimos, ei-lo em foco, desde os mais avançados gabinetes das ciências
psicológicas até os espetáculos públicos nos quais a hipnose é conduzida,
indiscriminadamente, para fins diversos.
Entretanto,
importa considerar que é justamente em Nosso Senhor Jesus-Cristo que ele atinge
o seu ponto mais alto na Humanidade.
Todavia, não se
vale dele o Senhor para alardear os poderes que lhe exornam o Espírito.
Não lhe mobiliza
os recursos para impressionar sem proveito.
Não lhe
requisita os valores para discussões estéreis.
Não lhe
concentra as possibilidades para a defesa de si próprio.
Jesus é o amor
divino alongando os braços à angústia humana.
Estende a mão e
cegos vêem, e paralíticos se levantam, e feridentos se alimpam e obsidiados se
recuperam.
Fita Madalena em
casa de Simão e dá-lhe forças para que se liberte das entidades sombrias que a
subjugam; contempla Zaqueu no sicômoro e modifica-lhe as noções da riqueza
material; fixa Judas no cenáculo e o companheiro infeliz foge apressado, incapaz
de suportar-lhe a presença, e endereça a Pedro um simples olhar das grades da
prisão e o amigo que o negara pranteia amargamente.
Ainda assim, não
se detém nos casos particulares. Junto ao povo, tempera cada manifestação com
autoridade e doçura, humildade e comando, respeito e compreensão.
De ninguém
indaga a prática religiosa, para fazer o bem.
No ensinamento,
utiliza parábolas para não ferir fosse a quem fosse.
A todos oferece
o apaziguamento da alma, antes da cura física.
Não procura os
poderosos da Terra para qualquer entendimento e, sim, busca de preferência os
que passam curvados sob o jugo das aflições.
Não se faz
precedido de arautos e batedores.
Não demanda
lugares especiais para a exibição dos fenômenos que lhe vertem das faculdades
sublimes.
E, para imprimir
o magnetismo divino da Boa-Nova na mente popular, traça no monte as
bem-aventuranças da vida eterna, proclamando veemente:
Felizes os
humildes de espírito, porque a eles toca o reino dos Céus.
Felizes os que
choram, porque serão consolados.
Felizes os
afáveis, porque possuirão a Terra.
Felizes os que
têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Felizes os
misericordiosos, porque obterão misericórdia.
Felizes os que
trazem consigo o coração puro, porque sentirão a presença de Deus.
Felizes os
pacíficos e os pacificadores, porque serão chamados filhos do Altíssimo.
Felizes os que
forem perseguidos sem causa, porque o reino dos Céus lhes pertence.
Se afeiçoas,
assim, ao fenômeno magnético, seja qual for o filão de tuas atividades, poderás
estudá-lo e incrementá-lo, estendê-lo e defini-lo, mas, para que dele faças
motivo de santidade e honra, somente em Jesus Cristo encontrarás o luminoso e indiscutível
padrão.
Livro: Religião
dos Espíritos.
Emmanuel / Chico
Xavier.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
427. De que
natureza é o agente que se chama fluido magnético?
Fluido vital,
eletricidade animalizada, que são modificações do fluido universal.
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