Alegações
ponderosas que merecem consideração vêm sendo arroladas para justificar-se a
planificação familiar através do uso dos anticonceptivos de variados tipos. São
argumentos de caráter sociológico, ecológico, econômico, demográfico,
considerando-se com maior vigor os fatores decorrentes das Possibilidades de alimentação
numa Terra tida como semi-exaurida de recursos para nutrir aqueles que se
multiplicam geometricamente com espantosa celeridade...
Entusiastas
sugerem processos definitivos de impedimento procriativo pela esterilização dos
casais com dois filhos, sem maior exame da questão, no futuro, transformando o
indivíduo e a sua função genética em simples máquina que somente deve ser acionada
para o prazer, nem sempre capaz de propiciar bem-estar e harmonia.
Sem dúvida,
estamos diante de um problema de alta magnitude, que deve ser, todavia,
estudado à luz do Evangelho e não por meios dos complexos cálculos frios da
precipitação materialista.
O homem pode e deve programar a família
que deseja e lhe convém ter: número de filhos, período propício para a
maternidade, nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz juz, tendo
em vista o seu próprio passado.
Melhor usar o
anticonceptivo do que abortar...
Os filhos,
porém, não são realizações fortuitas, decorrentes de circunstâncias
secundárias, na vida. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação
pelos futuros progenitores, de modo a edificarem a família de que necessitam
para a própria evolução.
É-lhes lícito
adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo
que se reencarnem por seu intermédio.
Irrisão, porém,
porqüanto as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles
rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores,
em circunstâncias quiçá mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade
desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos
códigos divinos.
Assevera-se que
procriar sem poder educar, ter filhos sem recursos para cuidá-los, aumentando,
incessantemente, a população da Terra, representa condená-los à miséria e a
sociedade do futuro a destino inditoso...
Ainda aí o argumento
se reveste do sofisma materialista, que um dia inspirou Malthus na sua
conceituação lamentável e no não menos infeliz néo-malthusianismo que adveio
posteriormente...
Ninguém pode
formular uma perfeita visão do porvir para a Humanidade, e os futurólogos que
aí se encontram têm estado confundidos pelas próprias previsões, nas surpresas
decorrentes da sucessão dos acontecimentos ainda nos seus dias...
A cada instante
recursos novos e novas soluções são encontrados para os problemas humanos.
Escasso, porém,
é o amor nos corações, cuja ausência fomenta a fome de fraternidade, de afeição
e de misericórdia, responsável pelas misérias que se multiplicam em toda parte.
Não desejamos
aqui reportar-nos às guerras de extermínio, que o próprio homem tem engendrado
e de que se utiliza a divindade para manter o equilíbrio demográfico, nem
tão-pouco às calamidades sísmicas que irrompem cada dia Voluptuosas, Convidando
a salutares reflexões.
Quando um filho
enriquece um lar, traz com ele os valores indispensáveis à própria evolução,
Intrínseca e extrinsecamente.
A cautela de que
se utilizam alguns pais, aguardando comodidade financeira para pensar na
progenitura, nem sempre é válida, graças às próprias vicissitudes que conduzem
uns à ruína econômica e outros à abastança por meios imprevisíveis.
A programação da
família não pode ser resultado da Opinião genérica dos demógrafos assustados,
mas fruto do diálogo franco e ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a
responsabilidade pelas atitudes de que darão conta.
O uso dos
anticonceptivos como a implantação no útero de dispositivos anticoncepcionais,
mesmo quando considerado legal, higiênico, necessita possuir caráter moral, a
fim de se evitarem danos de variada conseqüência ética.
A chamada
necessidade do “amor livre” vem impondo o uso desordenado dos anovulatórios, de
certo modo favorecendo a libertinagem humana, a degenerescência dos Costumes, a
desorganização moral, e, conseqüentemente, social dos homens, que se tornam
vulneráveis à delinqüência, à violência e às múltiplas frustrações que ora
infelicitam verdadeiras multidões que transitam inermes e hebetadas,
arrojando-se aos abusos alucinógenos à loucura, ao suicídio...
Experiências de
laboratório com roedores, aos quais se permitem a procriação incessante, hão
demonstrado que a Superpopulação em espaços exíguos os alucina e os incapacita.
Daí defluem,
apressados, que o mesmo se vem dando com o homem, para justificarem a falência
dos valores éticos, e utilizando-se da observação a fim de fomentarem a
necessidade de impedir-se a natalidade espontânea... Em realidade, porém, os
fatos demonstram que, com o homem, o fenômeno não é análogo.
Quando os
recursos do Evangelho forem realmente utilizados, a pacificação e a concórdia
dominarão os corações...
Antes das
deliberações finalistas quanto à utilização deste ou daquele recurso
anticonceptivo, no falso pressuposto de diminuir a densidade de habitantes, no
mundo, recorre ao Evangelho, ora e medita.
Deus tudo provê,
sem dúvida, utilizando o próprio homem para tais fins.
Em toda parte na
Criação vigem as leis do equilíbrio, particularmente do equilíbrio biológico.
Olha em derredor
e concordarás.
Os animais
multiplicam-se, as espécies surgem ou desaparecem por impositivos evolutivos,
naturais.
Muitas espécies
ora extintas sofreram a sanha do homem desarvorado. Mas a ordem divina sempre
programou com sabedoria a reprodução e o desaparecimento automático.
O fantasma da
fome de que se fala, mesmo quando a Terra não possuía super-população, como as
pestes e as guerras dizimou no passado cidades, países inteiros.
Conserva os
códigos morais insculpidos no espírito e organiza tua família, confiante,
entregando-te a Deus e porfiando no Bem, porqüanto em última análise dEle tudo
procede como atento Pai de todos nós.
Livro: SOS Família.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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