“Por essa
meditação dos nossos ensinos é que conhecemos os espíritas verdadeiramente
sérios. Não podemos dar esse nome aos que na realidade, não passam de amadores
de comunicações.” – (O LIVRO DOS MÉDIUNS
2ª parte, Capítulo 17º — Item 220 (5ª) ).
Quando as
provações se fizerem mais rudes, escasseando nos celeiros íntimos a coragem e a
esperança, buscaste o Espiritismo para haurir força nova e descobriste tesouros
de abençoada renovação que te felicitaram o espírito.
Respostas que
tardavam, chegaram facilmente, eqüacionando problemas aparentemente insolúveis.
Tranqüilidade
espontânea dominou os painéis da tua mente sobrepujando alienações
injustificáveis, que te ameaçavam a integridade mental.
Alegria pura e
simples substituiu os deprimentes estados emocionais que sombreavam as alamedas
do pensamento angustiado.
Vitalidade
desconhecida retemperou-te o ânimo fazendo-te crer num retorno da juventude.
Ignotas
promessas de felicidade enfloresceram naturais, na esfera das tuas aspirações
apagando as densas trevas do pessimismo que te dominava...
Fraternidade
jamais experimentada derramou o licor da afeição singela em volta dos teus
sentimentos, franqueando o teu círculo de operações com amigos, ontem escassos.
Trabalho
agradável e beneficente favoreceu tuas horas preenchendo as lacunas do tédio,
que te asfixiava em gases letais.
Planos
edificantes começaram a corporificar-se no teu setor de atividades humanas e
sociais...
Subitamente,
porém, as dores voltaram, recrudesceram as dificuldades.
Sitiado pela
incompreensão de alguns poucos amigos novos e afligido pelos resgates do
pretérito, que ressumbram agora, inadiáveis, contemplas o desmoronar do quanto
arquitetaste.
Desejavas que as
primeiras impressões do contato com a fé espírita não se desfizessem...
Tudo seguia em
ritmo animador.
O sorriso era
comensal dos teus lábios e a esperança se hospedara no teu coração.
Agora sentes
novo desencanto.
O Espiritismo
longe de destinar-se a criar uma classe de diletantes da alegria tem como
objetivo moral a reforma íntima do homem.
Toda reforma
moral implica em esforço titânico e luta demorada.
Os espíritas,
por isso mesmo, não são melhores nem piores do que os outros homens. São
espíritos em provas.
O conhecimento
do Espiritismo não cria o favoritismo personalista, anulando o valor de cada
espírito em crescimento na esfera de ação a que se afervora.
Ultrapassada a
fase inicial do conhecimento doutrinário, o Espiritismo, lenindo as ulcerações
do candidato às suas fileiras explica a função benéfica do sofrimento e as
razões fundamentais da reencarnação.
Confere,
igualmente madureza ao espírito, e, à semelhança de pedagogo eficiente, conduz
o aprendiz pelas diversas classes do educandário evolutivo, inspirando-o,
lecionando sabedoria e Vivência cristã.
Retifica o
estado de ânimo em que te encontras.
Corrige o
raciocínio e reflete com calma.
Ponderação é
medida diretiva em qualquer ensejo.
Transferir para
os outros as deficiências que nos tisnam os propósitos de alevantamento
representa fuga espetacular ao dever com justificativas sem fundamento.
Aquele que
travou contato com as lições do Espiritismo não tem o direito de exigir dos
outros nem mesmo o de que é capaz. Compete-lhe melhorar sempre, ajudando
sempre.
O repasto
espiritista é de qualidade superior, e, pois, com o devido respeito, deve
ser servido para uma assimilação perfeita.
Mergulha o
pensamento e o coração nas lições do Espiritismo libertador e, embora usando a
canga necessária para o pagamento dos velhos débitos, afervora-te na continuidade
do trabalho a que te ligaste, nele encontrando o cadinho purificador.
O Espiritismo é
compromisso significativo que se assume ante a própria Consciência.
Recorda que
Jesus, em aceitando a oferenda da mulher obsidiada, que buscava renovação,
exortou-a ao amor incessante, advertindo-a, no entanto, para que não voltasse a
pecar, a fim de que a mensagem que se emboscava no seu atribulado espírito
fulgurasse como luzeiro sublime por onde seguisse, junto a quem estivesse,
atestando a excelência do compromisso com a fé santificante.
Livro: Espírito
e Vida.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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