segunda-feira, 9 de setembro de 2013

COMPROMISSO SIGNIFICATIVO

“Por essa meditação dos nossos ensinos é que conhecemos os espíritas verdadeiramente sérios. Não podemos dar esse nome aos que na realidade, não passam de amadores de comunicações.”(O LIVRO DOS MÉDIUNS 2ª parte, Capítulo 17º — Item 220 (5ª) ).
Quando as provações se fizerem mais rudes, escasseando nos celeiros íntimos a coragem e a esperança, buscaste o Espiritismo para haurir força nova e descobriste tesouros de abençoada renovação que te felicitaram o espírito.
Respostas que tardavam, chegaram facilmente, eqüacionando problemas aparentemente insolúveis.
Tranqüilidade espontânea dominou os painéis da tua mente sobrepujando alienações injustificáveis, que te ameaçavam a integridade mental.
Alegria pura e simples substituiu os deprimentes estados emocionais que sombreavam as alamedas do pensamento angustiado.
Vitalidade desconhecida retemperou-te o ânimo fazendo-te crer num retorno da juventude.
Ignotas promessas de felicidade enfloresceram naturais, na esfera das tuas aspirações apagando as densas trevas do pessimismo que te dominava...
Fraternidade jamais experimentada derramou o licor da afeição singela em volta dos teus sentimentos, franqueando o teu círculo de operações com amigos, ontem escassos.
Trabalho agradável e beneficente favoreceu tuas horas preenchendo as lacunas do tédio, que te asfixiava em gases letais.
Planos edificantes começaram a corporificar-se no teu setor de atividades humanas e sociais...
Subitamente, porém, as dores voltaram, recrudesceram as dificuldades.
Sitiado pela incompreensão de alguns poucos amigos novos e afligido pelos resgates do pretérito, que ressumbram agora, inadiáveis, contemplas o desmoronar do quanto arquitetaste.
Desejavas que as primeiras impressões do contato com a fé espírita não se desfizessem...
Tudo seguia em ritmo animador.
O sorriso era comensal dos teus lábios e a esperança se hospedara no teu coração.
Agora sentes novo desencanto.
O Espiritismo longe de destinar-se a criar uma classe de diletantes da alegria tem como objetivo moral a reforma íntima do homem.
Toda reforma moral implica em esforço titânico e luta demorada.
Os espíritas, por isso mesmo, não são melhores nem piores do que os outros homens. São espíritos em provas.
O conhecimento do Espiritismo não cria o favoritismo personalista, anulando o valor de cada espírito em crescimento na esfera de ação a que se afervora.
Ultrapassada a fase inicial do conhecimento doutrinário, o Espiritismo, lenindo as ulcerações do candidato às suas fileiras explica a função benéfica do sofrimento e as razões fundamentais da reencarnação.
Confere, igualmente madureza ao espírito, e, à semelhança de pedagogo eficiente, conduz o aprendiz pelas diversas classes do educandário evolutivo, inspirando-o, lecionando sabedoria e Vivência cristã.
Retifica o estado de ânimo em que te encontras.
Corrige o raciocínio e reflete com calma.
Ponderação é medida diretiva em qualquer ensejo.
Transferir para os outros as deficiências que nos tisnam os propósitos de alevantamento representa fuga espetacular ao dever com justificativas sem fundamento.
Aquele que travou contato com as lições do Espiritismo não tem o direito de exigir dos outros nem mesmo o de que é capaz. Compete-lhe melhorar sempre, ajudando sempre.
O repasto espiritista é de qualidade superior, e, pois, com o devido respeito, deve ser servido para uma assimilação perfeita.
Mergulha o pensamento e o coração nas lições do Espiritismo libertador e, embora usando a canga necessária para o pagamento dos velhos débitos, afervora-te na continuidade do trabalho a que te ligaste, nele encontrando o cadinho purificador.
O Espiritismo é compromisso significativo que se assume ante a própria Consciência.
Recorda que Jesus, em aceitando a oferenda da mulher obsidiada, que buscava renovação, exortou-a ao amor incessante, advertindo-a, no entanto, para que não voltasse a pecar, a fim de que a mensagem que se emboscava no seu atribulado espírito fulgurasse como luzeiro sublime por onde seguisse, junto a quem estivesse, atestando a excelência do compromisso com a fé santificante.
Livro: Espírito e Vida.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.

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