“Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de DEUS e
não de nós”. - PAULO (II CORÍNTIOS, 4:7.)
Utilizando as
faculdades mediúnicas de que foste dotado, não olvides que funcionas à guisa de
refletor, cujo material de estrutura nada tem de comum com a luz que retrata.
O espelho, seja
de metal ou de vidro, detém os raios solares, sem comungar-lhes a natureza, e o
fio simples transmite o remoinho eletrônico, sem partilhar-lhe o poder.
Entretanto, se o
espelho jaz limpo consegue reter a benção da claridade e se o fio obedece à
inteligência que o norteia converte-se em portador da energia.
Assim também a
mediunidade, pela qual, sem maior obstáculo, te eriges em mensageiro de
instrução e refazimento, esperança e consolo. Através dela, recolhes o influxo
da Esfera Superior sem compartilhar-lhe a grandeza, mas se guardas contigo
humildade e correção, converter-te-ás no instrumento ao socorro moral de
muitos.
Todavia, assim
como, às vezes, o espelho se turva e o fio se rompe, exigindo reajustamentos,
também a força mediúnica em tua alma é suscetível de rupturas diversas, reclamando
trabalho restaurativo.
Não te afaças,
assim, ao desânimo ou à negação se essa ou aquela dificuldade aparece na obra
do intercâmbio.
O erro, no clima
da sinceridade, é sempre lição.
Afervora-te no
trabalho do bem e recolhe-te à humildade do aprendiz atencioso e vigilante,
gastando severidade contigo e benevolência para com os outros, porque qualquer
dom da Luz Divina na obscuridade do ser humano, qual se expressa na conceituação
apostólica, é um “tesouro em vaso de barro, para que a excelência do poder seja
de deus e não de nós”.
Livro: Palavras
de Vida Eterna.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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