sábado, 6 de julho de 2013

À MARGEM DO SEXO

 
“Lembrai­-vos  daquele  que  julga  em  última  instância,  que  vê  os  movimentos  íntimos  de  cada  coração  e  que,  por  conseguinte,  desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou reprova o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai­vos  de  que  vós,  que  clamais em altas vozes anátema, tereis, quiçá, cometido faltas mais graves. (Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Cap. X, Item 16)
Companheiros da Terra, à frente de todas as complicações e problemas do  sexo, abstende­vos de censura e condenação. Todos nós –  os Espíritos em aperfeiçoamento nos climas do Planeta –  estamos emergindo de passado  multimilenar, em que as tramas da alma se entreteciam em labirintos de sombra, para que as bênçãos do aprendizado se nos fixassem no espírito. Ainda assim, achamo-nos todos muito longe da meta por alcançar. Se alguém vos parece cair, sob  enganos do sentimento, silenciai e esperai! 
Se alguém se vos afigura tombar em delinquência, por  desvarios do  coração, esperai e silenciai!... Sobretudo, compadeçamo­nos uns dos outros, porque, por  enquanto, nenhum de nós consegue conhecer­se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã. Calai os vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros. Somos todos peças integrantes de uma só família, operando  em dois mundos, simultaneamente –  aquele das inteligências corporificadas no plano físico e aquele outro das inteligências desencarnadas que se domiciliam nas regiões da mesma Terra que habitais, disputando convosco, tanto  quanto igualmente entre si, a aquisição de recursos substanciais da evolução. Não  dispomos de recursos para examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso  particular, em matéria de amor, reclamando  compreensão. A vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são  caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!...
Abençoai e amai sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo  afetivo, seja com quem for e como for, colocai­vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: “Amai­vos uns aos outros, como eu vos amei”. 
Livro: Vida e Sexo.
Emmanuel / Chico Xavier.

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