“Lembrai-vos
daquele que julga em última instância,
que vê os movimentos íntimos de cada
coração e que, por conseguinte,
desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou reprova o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembraivos
de que vós, que
clamais em altas vozes anátema, tereis, quiçá, cometido faltas mais graves. (Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo
– Allan Kardec, Cap. X, Item 16)
Companheiros da
Terra, à frente de todas as complicações e problemas do sexo,
abstendevos de censura e condenação. Todos nós – os Espíritos em aperfeiçoamento
nos climas do Planeta – estamos emergindo de passado multimilenar,
em que as tramas da alma se entreteciam em labirintos de sombra, para que as
bênçãos do aprendizado se nos fixassem no espírito. Ainda assim, achamo-nos
todos muito longe da meta por alcançar. Se alguém vos parece cair, sob
enganos do sentimento, silenciai e esperai!
Se alguém se vos
afigura tombar em delinquência, por desvarios do coração, esperai e
silenciai!... Sobretudo, compadeçamonos uns dos outros, porque, por
enquanto, nenhum de nós consegue conhecerse tão exatamente, a ponto de saber
hoje qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã. Calai os
vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de
nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos
compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros. Somos todos peças
integrantes de uma só família, operando em dois mundos,
simultaneamente – aquele das inteligências corporificadas no
plano físico e aquele outro das inteligências desencarnadas que se
domiciliam nas regiões da mesma Terra que habitais, disputando convosco,
tanto quanto igualmente entre si, a aquisição de recursos substanciais da
evolução. Não dispomos de recursos para examinar as consciências
alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, em
matéria de amor, reclamando compreensão. A vista disso, muitos de nossos
erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que
muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos
desvencilharemos, um dia!...
Abençoai e amai
sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja
com quem for e como for, colocaivos, em pensamento, no lugar dos
acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se
estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o
apelo inolvidável do Cristo: “Amaivos uns aos outros, como eu vos
amei”.
Livro: Vida e
Sexo.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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