Reunião pública
de 27/11/59
Faze de cada
hora – um poema de amor.
Renúncia vazia –
terra seca.
Oração sem
serviço – candeia apagada.
Alegria sem
trabalho – flor sem proveito.
Cultura sem
caridade – árvore estéril.
Sermão sem
exemplo – trovoada sem chuva.
Tribuna sem suor
– esquife sonoro.
Inteligência
trancada – luz no deserto.
Vida sem ação –
enterro lento.
Filosofia sem
bondade – conversa vã.
Talento oculto –
fonte escondida.
Fé parada – vaso
inútil.
Virtude sem movimento
– ninho morto.
Lição sem obras
– museu de idéias.
Repara os
recursos de que dispões:
pensamento
nobre;
conhecimento
superior;
raciocínio
pronto;
diretrizes
claras;
ouvidos
percucientes;
olhos
iluminados;
verbo fácil;
movimentos
livres;
mãos seguras;
pés hábeis.Não
te afeiçoes a mortificações improfícuas. Cada criatura, onde passa, deixa o
próprio reflexo.
Só a inércia
vagueia no mundo como sombra na sombra.
Tu, porém, deves
caminhar, à feição do raio solar, dissipando as trevas.
Cada hora, podes
fazer a dor menos amarga.
Cada hora, podes
fazer a luta mais construtiva.
Imensos são os
males do mundo – não os agraves com o desespero.
Enormes são as
mágoas dos outros – não as multipliques com o fel da reprovação.
Onde estiveres,
restaura, conserta, alivia, ampara e desculpa...
Em qualquer
circunstância, recorda o Cristo, que passou entre os homens entendendo e
ajudando...
E ainda mesmo
quando se viu condenado sem culpa, pelos mesmos homens aos quais servia, partiu
para a morte, perdoando e amando...
Torturado na
cruz, mas de braços abertos.
Livro: Religião
dos Espíritos.
Emmanuel / Chico
Xavier.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Privações voluntárias.
Mortificações
721. É
meritória, de qualquer ponto de vista, a vida de mortificações ascéticas que
desde a mais remota antigüidade teve praticantes no seio de diversos povos?
Procurai saber a
quem ela aproveita e tereis a resposta. Se somente serve para quem a pratica e
o impede de fazer o bem, é egoísmo, seja qual for o pretexto com que entendam
de colori-la. Privar-se a si mesmo e trabalhar para os outros, tal a verdadeira
mortificação, segundo a caridade cristã.
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