Os falantes da
língua Esperanto prepararam para 2013 uma campanha em favor da justiça
linguística sob o título "Comunicação Justa". Este é também o tema do
98o. Congresso Mundial de Esperanto, que ocorrerá em julho no prestigioso
Centro Harpa, em Reikjavik, capital da Islândia, com mais de 1 mil
participantes de 50 países.
Com apenas 125
anos, o Esperanto encontra-se entre as 100 línguas mais utilizadas, das 6 800
línguas faladas no mundo. É a 29a. língua mais usada na Wikipédia, à frente do
sueco, do japonês e do latim.
O Esperanto é
uma das línguas disponíveis no Google, no Skype, no Firefox, no Ubuntu e no
Facebook. Google Translate, o programa de tradução do Google, recentemente
adicionou a língua à sua célebre lista de 64 línguas. A língua também se encontra
nos celulares inteligentes, como os que usam Android. Há mais falantes de
Esperanto do que de islandês, segundo dados do guia editado pela CIA. O
Esperanto é ensinado oficialmente em 150 universidades e outras instituições de
ensino superior e em 600 escolas de ensino fundamental e médio em 28 países.
Conta com uma rica literatura de mais de 50 mil títulos, com novos acréscimos
semanalmente. Além de emissões de rádio em podcast, há por exemplo a
"Muzaiko" - http://muzaiko.info/ - estação de rádio 24 horas por dia
e um canal de televisão pela rede na China.
O progresso do
Esperanto foi barrado por preconceito e desconhecimento dos fatos. Tanto Adolf
Hitler como Joseph Stalin perseguiram falantes de Esperanto. Ambos
desapareceram, assim como seus regimes, enquanto o Esperanto permaneceu,
cresceu, evoluiu e é hoje usado vivamente para a comunicação pessoal entre
milhares de cidadãos de mais de 100 países.
A UEA
(Associação Mundial de Esperanto) - http://www.uea.org/ - tem relações
consultivas com a Unesco, relações oficiais com as Nações Unidas e também com o
Conselho da Europa. O Esperanto permite na comunicação internacional um nível
de discussão neutro e justo, um entendimento mútuo, e assim protege o direito
das línguas minoritárias e indígenas, tratando todas numa base igualitária e
com respeito à diversidade linguística e cultural de seus falantes.
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