“E
ele num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro; como o cerco que
corre para a rede”. Pv 7 v 22
O dominador
deixa-se influenciar, talvez sem o perceber, pelo dominado; as leis que
chamamos de "ação e reação" são implacáveis nesse terreno; o
ignorante sente prazer na opressão, porque desconhece os recursos do oprimido
no ato reversivo.
O submisso
segue como o boi que aceita a canga no pescoço, e puxa o carro em que o senhor
se assenta. O dominante, contudo, por sua vez, tem obrigações múltiplas para
com aqueles que lhe servem como servos.
Um país
traça leis para que se respeitem, e com isso cria deveres para com seus filhos.
O pai é o chefe do lar e a ele se apega pelos sentimentos com obrigações da
mantê-lo. Um apurado estudo nos leva à conclusão de que toda influência também
é influenciada.
Um
comandante expede ordens para os seus subalternos, e esses o prendem em seu
posto. Os milicianos, em muitos casos, são obrigados a legarem a própria vida
para sustentar a honra do comando. Um general não pode temer perigo algum, para
que se firme, cada vez mais, a moral da tropa.
O
dominador, pelo sentido da palavra, deixa transparecer que não pode viver só.
Quem sente a ansiedade pela posse, torna-se escravo da propriedade.
Quem
pretende amar, exigindo amor, fica na dependência do sacrifício. É uma dívida
que pode lhe custar muito caro.
Tanto o
Santo, quanto o Sábio, dão de si mesmos, sem esperar dádivas. Pois, são
conscientes que, na proporção em que ofertam, receberão oferendas.
As leis da
justiça estão presentes dentro e fora de nós, sem que deixem passar um til no
trato com os merecimentos.
Até o
domínio próprio tem certos limites, para que não nos tornemos prisioneiros de
nós mesmos. É bom que entendamos quando os clarins ressoam, anunciando a hora
de conhecermos mais um pouco da verdade, para que uma liberdade maior possa
conduzir-nos.
Cada dia é
dia de colocarmos as mãos no arado, sem que nossa visão intente ver o que se
passa, pois, sendo ele mau, correremos o perigo de esmorecer; e, sendo muito
bom estaremos sujeitos à vaidade.
E a vaidade
pior é aquela que esquece a ajuda dos outros.
Que somente
fala do EU, e lembra, mas se faz esquecida do NÓS.
Eu mando, é
prepotência que arruína a amizade.
Eu fiz, é
indigesto para os que ajudaram a fazer.
Eu dei
ordens, é sinal fechado para amor.
Eu não
quero, é recusa da experiência alheia.
Eu não
posso, é porta fechada, para quem confia em nós.
E ainda
mais, o tom da palavra pode melhorar ou piorar essas condições.
Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS MÃOS
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