“Sem
lenha o fogo se apaga; e não havendo maldizente, cessa a contenda.” Pv 26 v 20
Quem semeia a
discórdia está ateando fogo na mente alheia, e ficará envolvido nas cinzas da
revolta e nos carvões da inimizade. Todo resguardo é pouco, diante dos impulsos
da maledicência. Antes de falar, pensa: se fosse o Cristo, o que Ele diria?
Abster-se da
intimidade alheia é vigilância nobre do homem de bem. Quando o teu próximo te
faz confidente, lembra-te da decência das respostas. Não passes dos limites que
o bom senso te reserva; cuida da meditar muito no que irás falar; coloca-te no
lugar de quem está te revelando os teus problemas. Invertendo as posições,
sentir-te-ás envolvido na sabedoria, apoiado pelo coração.
O acatamento
devido, nas situações adequadas, estimula a tranqüilidade na consciência, limpa
o raciocínio, e promete esperança na vida, para a vida de Deus.
Sejamos
discretos, no que ouvimos, educados no que sentimos e conscientes no que
falamos, para que nossas mãos possam trabalhar livres no automatismo do bem da
vida, em favor de todos.
Emprestemos
nosso concurso a todo trabalho de benevolência, na hora em que formos
convocados. Não exigir, no momento de ajudar, é caráter já firmado nos
conceitos de Jesus e ambiente seguro para que Cristo nasça em nós.
O prazer da
intriga é para quem despreza a fraternidade.
A língua
acionada pelo ódio, corrompe o ambiente de paz.
A contenda
quase sempre nasce com o estimulante da vaidade e absorve o tempo em que o
trabalho se expressaria como progresso.
Procura ocupar
a tua mente com tudo que diz respeito à nobreza, porque o vazio é morte e a
morte é a vida que deixou de mover-se.
A prudência
gera amizade, em todos os ângulos, e a amizade fortalece o convívio humano,
dignificando a família e enriquecendo a coletividade.
Se te aparecer
alguém falando dos outros, não o repreendas com violência, porque pode ser um
doente. Às vezes, a doença nos faz esquecer que estamos ligados a todas as
criaturas, pelo amor de Deus.
Há muitos
modos de não se aceitar as idéias maldizentes, sem provocar revolta no
detrator. Quem serve como instrumento de educação, não se irrita com simples
banalidades dos que desconhecem as leis da unidade de Deus, conosco e com as
coisas. O seu amor cobre todas as faltas, e faz secar a fonte de todas as
imprudências.
Sê discreto,
onde estiverdes; cauteloso, por onde andares; e vigilante, diante das
influências dos outros, sem nunca alcançar os extremos onde o perigo maior está
rondando. Confidencia com o Cristo, no silêncio de tuas meditações, e com o teu
desejo de servir melhor aos teus semelhantes e a ti mesmo. Ele, o Mestre dos
Mestres, não deixará de te ajudar, por vias que ignoras.
Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS MÃOS
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