segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Resguardo

         “Sem lenha o fogo se apaga; e não havendo maldizente, cessa a contenda.” Pv 26 v 20
Quem semeia a discórdia está ateando fogo na mente alheia, e ficará envolvido nas cinzas da revolta e nos carvões da inimizade. Todo resguardo é pouco, diante dos impulsos da maledicência. Antes de falar, pensa: se fosse o Cristo, o que Ele diria?
Abster-se da intimidade alheia é vigilância nobre do homem de bem. Quando o teu próximo te faz confidente, lembra-te da decência das respostas. Não passes dos limites que o bom senso te reserva; cuida da meditar muito no que irás falar; coloca-te no lugar de quem está te revelando os teus problemas. Invertendo as posições, sentir-te-ás envolvido na sabedoria, apoiado pelo coração.
O acatamento devido, nas situações adequadas, estimula a tranqüilidade na consciência, limpa o raciocínio, e promete esperança na vida, para a vida de Deus.
Sejamos discretos, no que ouvimos, educados no que sentimos e conscientes no que falamos, para que nossas mãos possam trabalhar livres no automatismo do bem da vida, em favor de todos.
Emprestemos nosso concurso a todo trabalho de benevolência, na hora em que formos convocados. Não exigir, no momento de ajudar, é caráter já firmado nos conceitos de Jesus e ambiente seguro para que Cristo nasça em nós.
O prazer da intriga é para quem despreza a fraternidade.
A língua acionada pelo ódio, corrompe o ambiente de paz.
A contenda quase sempre nasce com o estimulante da vaidade e absorve o tempo em que o trabalho se expressaria como progresso.
Procura ocupar a tua mente com tudo que diz respeito à nobreza, porque o vazio é morte e a morte é a vida que deixou de mover-se.
A prudência gera amizade, em todos os ângulos, e a amizade fortalece o convívio humano, dignificando a família e enriquecendo a coletividade.
Se te aparecer alguém falando dos outros, não o repreendas com violência, porque pode ser um doente. Às vezes, a doença nos faz esquecer que estamos ligados a todas as criaturas, pelo amor de Deus.
Há muitos modos de não se aceitar as idéias maldizentes, sem provocar revolta no detrator. Quem serve como instrumento de educação, não se irrita com simples banalidades dos que desconhecem as leis da unidade de Deus, conosco e com as coisas. O seu amor cobre todas as faltas, e faz secar a fonte de todas as imprudências.
Sê discreto, onde estiverdes; cauteloso, por onde andares; e vigilante, diante das influências dos outros, sem nunca alcançar os extremos onde o perigo maior está rondando. Confidencia com o Cristo, no silêncio de tuas meditações, e com o teu desejo de servir melhor aos teus semelhantes e a ti mesmo. Ele, o Mestre dos Mestres, não deixará de te ajudar, por vias que ignoras.
Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS MÃOS

Nenhum comentário:

Postar um comentário