O nosso corpo
de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se
conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os
outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um
veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético,
no qual o pensamento vibra em circuito fechado.
Nossa posição
mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e,
conseqüentemente, o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão
vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais
primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do
pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da
consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que
lhe são afins.
Tal seja a
viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em
nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais.
Analisando a
fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força,
aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre.
Temos, assim:
CENTRO
CORONÁRIO: Na Terra é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de
mil pétalas, por ser o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações,
de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência.
Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito, comandando os
demais, vibrando, todavia com eles em justo regime de interdependência. Dele
emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo
o responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos
os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica. É, por
isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade
Superior, capazes de favorecer a sublimação da alma.
O CENTRO
CORONÁRIO, instalado na região central do cérebro, sede da mente, assimila os
estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o
metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada.
Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre as forças
determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas.
CENTRO
CEREBRAL: Contíguo ao “centro coronário”, ordena as percepções de variada
espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a
audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem
respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É no centro cerebral que
possuímos o comando do núcleo endocrínico, referente aos poderes psíquicos.
Possui influência decisiva sobre os demais centros, governando o córtice
encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas
e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação,
atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras.
CENTRO
LARÍNGEO: Preside os fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da
tireóide e das paratireóides, controlando notadamente a respiração e a fonação.
CENTRO
CARDÍACO: Sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral. Dirige a
emotividade e a circulação das forças de base.
CENTRO
ESPLÊNICO: No corpo denso está sediado no baço, regulando a distribuição e a
circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de
que nos servimos, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema
hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo.
CENTRO GÁSTRICO:
Responsabiliza-se pela penetração de alimentos e fluidos no corpo,
responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos
densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos
a organização.
CENTRO
GENÉSICO: Nele localiza-se o santuário do sexo, como templo modelador de formas
e estímulos, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o
estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e
à realização entre as almas.
Sublimamos ou
desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações (corpo físico),
conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos
avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa
organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo
das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório,
que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz
reinantes na Criação Divina.
Cada “centro
de força” exigirá absoluta harmonia, perante as Leis Divinas que nos regem, a
fim de que possamos ascender no rumo do Perfeito Equilíbrio...
* O Centro de
Força que André Luiz denominou de “Cerebral” também é conhecido como “Frontal”.
Fonte:
Livro: Entre a Terra e o Céu - André Luiz /
Chico Xavier
– Cap. 20 - Conflitos da Alma
Livro: Evolução em Dois Mundos - André
Luiz / Chico Xavier e Waldo Vieira Primeira Parte / Item 2 - Corpo Espiritual
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