terça-feira, 2 de outubro de 2012

Desce elevando

Desce, elevando aqueles que te comungam a convivência, para que a vida em torno suba igualmente de nível.
Se sabes, não firas o ignorante. Oferece-lhe apoio para que se liberte da sombra.
Se podes, não oprimas o fraco. Ajuda-o, de alguma sorte, a fortalecer-se, para que se faça mais útil.
Se entesouraste a virtude, não humilhes o companheiro que o vicio ensandece. Estende-lhe a bênção do amor como adequada medicação.
Se te sentes correto, não censures o irmão transviado em desajustes do espírito. Dá-lhe o braço fraterno para que se renove.
Se ajudas, não recrimines quem te recebe o socorro. Pão  amaldiçoado é veneno na boca.
Se ensinas, não flageles quem te recebe a lição. Benefício com açoite é mel em taça candente.
Auxilia em silêncio para que o teu amparo não se converta em tributo espinhoso na sensibilidade daqueles que te recolhem a dádiva, porque toda caridade a exibir-se no palanque das conveniências do mundo é sempre vaidade, em forma de serpe no coração, e toda modéstia que pede o apreço dos outros, para exprimir-se, é sempre orgulho em forma de lodo nos escaninhos da alma.
Nesse sentido, não te esqueças do Mestre que desceu até nós, revelando-nos como sublimar a existência.
Anjo entre os anjos, faz-se pobre criança necessitada do arrimo de singelos pastores; sábio entre os sábios, transforma-se em amigo anônimo de pescadores humildes, comungando-lhes a linguagem; instrutor entre os instrutores, detém-se, bondoso, entre enfermos e aflitos, crianças e mendigos abandonados, para abraçar-lhes a luta e, juiz dos juízes, não se revolta por sofrer no tumulto da praça o iníquo julgamento do povo que o prefere a Barrabás, para os tormentos imerecidos.
Todavia, por descer, elevando quantos lhe não podiam compreender a refulgência da altura, é que se fez o caminho de nossa ascensão espiritual, a verdade de nosso gradativo aprimoramento e a vida de nossas vidas, a erguer-nos a alma entenebrecida no erro, para a vitória da luz.
Livro: Religião dos Espíritos - 28
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando o Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
         QUESTÃO 1018 -  Paraíso, inferno e purgatório
1018. Em que sentido se devem entender estas palavras do Cristo: Meu reino não é deste mundo?
Resposta: Respondendo assim, o Cristo falava em sentido figurado. Queria dizer que o seu reinado se exerce unicamente sobre os corações puros e desinteressados. Ele está onde quer que domine o amor do bem. Ávidos, porém, das coisas deste mundo e apegados aos bens da Terra, os homens com ele não estão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário