“No
muito falar não falta transgressão, mas o que modera seus lábios é prudente”. –
Pv. 10 v. 19
A moderação
semeia, por onde transita, a confiança; desperta nos outros a tranqüilidade e a
benevolência.
Ao falares
com quem quer que seja, modera a conversa; tuas palavras, em excesso,
certamente desapontarão quem te ouve.
A sensatez
é sinal de educação; assegura, a quem está contigo, sobre a posição em que te
encontras, na escala do amor.
Se o teu
companheiro fala demais, compara-o à tua impaciência em ouvi-lo. Se muitos
confirmam que alguém é falador, observa a tua posição frente aos demais, e
corrija, dentro de teu alcance, os teus desequilíbrios, para que outros não se
impacientem contigo.
Deves
lutar, com tuas forças disponíveis, na aquisição do teu bem-estar, porém, a tua
paz não deve custar sacrifícios aos outros.
Quem se
alegra com a tristeza alheia é mais infeliz. Favorece aos bons costumes o ouvir
palavras sensatas, ou ler mensagens de equilíbrio. A fala e a escrita abrem a
consciência, onde podes plantar ou cultivar a semente de Deus.
A
exorbitância do verbo mostra próximos desatinos. Quem fala demais, não
raciocina no que diz, e é intolerante para ouvir. A língua metralhadora mata a
própria alegria.
Não penses
que estás vencendo, quando somente tu expões o assunto. Talvez sejas o mais
perdedor, o mais ignorante, e o teu prazer transitório é na base da tolerância
dos amigos.
Quando,
entre companheiros, descobrires que a tua presença incomoda, pelo muito falar,
bata a tua mão, suavemente, nos ombros de alguns deles, e peça-lhes a sua
opinião sobre o assunto. Posta-te, com interesse, na qualidade de quem vai,
realmente, aprender com elegância.
Lembra-te
de que a humildade, em uma hora dessas, é oxigênio divino para purificar o ar
da inquietação.
Não te
aborreças com as criaturas, se elas nunca incentivam a tua vaidade. Sê prudente
com a pessoa que te coloca no pedestal da ilusão. Os dois extremos te facilitam
uma posição intermediária. Quando conviveres com os outros, usa um pouco de
cada coisa.
Os lábios
marcados com a prudência, são qual a sombra e a água fresca no deserto, luz na
escuridão da mente e saúde para o enfermo. É coisa rara, é planta aromática
crescendo na consciência e começando a desprender sua fragrância na boca do
sábio.
Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS MÃOS
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