É na bênção do
“pouco” que rasgas, de imediato, a senda ideal para o sol da alegria.
Enquanto o
“muito” é constrangido a sopesar responsabilidades maiores, no campo dos
compromissos que envolvem o bem geral, podes, com o fruto do teu trabalho,
semear a divina felicidade que nasce do coração.
Dentro do
“pouco” que te limita a existência, atenderás, desse modo, às necessidades que,
hoje, aparentemente sem expressão, quais sementes desvaliosas, serão, de
futuro, verdadeiras messes de talentos celestiais.
É assim que
solucionarás modestas despesas de conteúdo sublime, quais sejam:
O copo de
leite para a criança necessitada...
A sopa
eventual para os que passam sem rumo...
O remédio para
o doente esquecido...
O socorro
fraterno às mães caídas em abandono...
O agasalho
singelo aos hóspedes da calçada...
O prato
adequado ao enfermo difícil...
O colchão que
alivie o paralítico em sombra...
A lembrança
espontânea que ampara o menino triste...
O concurso silencioso,
conquanto humilde, em favor do amigo hospitalizado...
O serviço
discreto às casas beneficentes...
O livro
renovador ao companheiro em desânimo...
A gentileza
para com o vizinho enjaulado na provação...
A cooperação
indiscriminada a esse ou àquele setor de luta...
Não esperes,
portanto, que a vida te imponha uma cruz de ouro para ajudar e servir.
Lembra-te de
que os chamados ricos, por se encarcerarem nas algemas do “muito”, nem sempre
podem auxiliar, sem delongas, presas que são de suspeitas atrozes, na defensiva
dos patrimônios que foram chamados a manobrar, na extensão do progresso...
Ora por eles,
ao invés de reprochar-lhes a hesitação e a conduta, porquanto, se tens amor,
sairás de ti mesmo com o “pouco” abençoado que o Senhor te confia e, de pronto,
obedecerás ao próprio Senhor, espalhando, em Seu nome, a força da paz e o benefício
da luz.
Livro: Religião
dos Espíritos - 25
Emmanuel /
Chico Xavier.
Estudando O Livro dos
Espíritos – Allan Kardec.
QUESTÃO
716 - Necessário e supérfluo
716. Mediante
a organização que nos deu, não traçou a Natureza o limite das nossas
necessidades?
Resposta: Sem
dúvida, mas o homem é insaciável. Por meio da organização que lhe deu, a
Natureza lhe traçou o limite das necessidades; porém, os vícios lhe alteraram a
constituição e lhe criaram necessidades que não são reais.
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