Somente
optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio, encontraremos
nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.
De que maneira
as pessoas nos tratam? Sentimo-nos constantemente usados ou desrespeitados? Às
vezes, permitimos que os outros nos tracem metas ou objetivos sem antes nos
consultar? Sabemos distinguir quando estamos doando realmente ou quando estamos
sendo explorados? Respeitamos nossos valores e direitos inatos?Costumamos
representar papéis de vítimas ou de perfeitos?
A pior
situação que podemos viver é passar toda uma existência sem nos dar o devido amor
e respeito, fazendo coisas completamente diferentes do que sentimos.
Nossos
sentimentos são parte importante de nossa vida. Se permitirmos que eles fluam em
nós, então saberemos o que fazer e como nos conduzir diante das mais variadas situações
do cotidiano.
Em virtude
disso, não devemos nos esquecer de que, quando nos respeitamos plenamente,
mostramos aos outros como eles devem nos tratar.
Se nós não nos
aceitarmos, quem nos aceitará? Se nós não nos amarmos, quem nos amará?
Marcos relata em seu Evangelho a
seguinte orientação: "Pois ao que tem será dado, e ao que não tem, mesmo o
que tem lhe será tirado." (Jesus - Marcos, 4 :25).
Realmente,
"será dado" (respeito) ao que se respeita e não "ao que não tem
ou pensa ter". Assim funciona tudo em nossa vida íntima - "temos o
que damos". Devemos esperar dos outros a mesma dignidade que damos a nós
mesmos.
Examinemos
nossos sentimentos e atitudes e nos perguntemos: Por que permito que me tratem
com desconsideração? O que estimula os outros a se comportarem com desprezo em
relação à minha pessoa?
Se nós não nos
auto-responsabilizamos pela forma como somos tratados, continuaremos impotentes
para mudar o contexto penoso em que estamos vivendo. É muito cômodo culpar os
outros por qualquer desilusão ou sofrimento que estejamos passando. Não é fácil
aceitar a responsabilidade pelas nossas próprias ilusões e desenganos.
Quando
renunciamos ao controle de nós mesmos, com toda a certeza outros indivíduos
tomarão as rédeas de nossa vida.
Somos iguais
perante os olhos da Divindade. "(...) todos tendem ao mesmo fim e Deus fez
suas leis para todos. Dizeis freqüentemente: o sol brilha para todos. Com isso
dizeis uma verdade maior e mais geral do que pensais." (Questão 803 –
Livro dos Espíritos)
Realmente
"o sol brilha para todos", pois "(...) Deus não deu, a nenhum
homem, superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte (...)."
Não somos nem
melhores nem piores que ninguém. Ao recusarmos o respeito a nós mesmos, estamos
abdicando do direito de exigi-lo. Sem senso de valor individual, nos sentiremos
diminuídos diante do mundo e destituídos da habilidade de dar e de receber
amor.
O mais valioso
tesouro que possuímos é a dignidade pessoal. Não é lícito sacrificá-la por nada
ou por ninguém. Quando autorizamos os outros a determinar o quanto valemos, uma
sensação de vazio nos toma conta da alma.
O autodesrespeito
é um grande desserviço a nós mesmos. Quando ele se instala em nossa casa
mental, passamos a não mais prestar atenção aos avisos e intuições que brotam
espontaneamente do reino interior. As vozes de inspiração divina são sempre
idéias claras, providas de síntese e simplicidade, que a Vida Providencial
murmura no imo de nossa alma.
Quando nos
respeitamos, somos livres para sentir, agir, ir, dizer, pensar e saber o que auto
determinamos, confiantes em que, se estivermos prontos, no tempo exato o Poder Superior
o do Universo nos dará todo o suprimento, todo o apoio e toda a orientação para
cumprirmos o sublime plano que Ele nos reservou.
Somente
optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontraremos
nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.
Estudando o
Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Questão 803 Todos os homens são iguais diante
de Deus?
Resposta:
Sim, todos tendem ao mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Dizeis
freqüentemente: O sol brilha para todos. Com isso dizeis uma verdade maior e
mais geral do que pensais.
Nota - Todos
os homens serão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem com a mesma
fraqueza, estão sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do
pobre. Portanto, Deus não deu, a nenhum homem, superioridade natural, nem pelo
nascimento, nem pela morte. Diante Dele, todos são iguais.
Hammed / Francisco do Espírito
Santo Neto
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