terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sem Desânimo


A dor te visitou, sem aviso prévio.
É compreensível que a emotividade te envolva, diante de acontecimentos que te atingirem no âmago do ser.
Contudo, procura raciocinar.
Lembra-te do amparo de Deus, que já te sustentou em outras situações difíceis.
Recorda as palavras de Jesus, prometendo consolação aos que sofrem.
Lembra-te dos amigos espirituais que te guiam e vem sustentando os passos, por entre os caminhos espinhosos.
Equilibra-te na certeza de que o tempo é solucionador natural de todos os problemas que não possas resolver de imediato.
Confia em Deus e segue para frente.
Amanhã compreenderás melhor as razões das dores, que, hoje padecem incompreensíveis.
Clayton. Ditado pelo Espírito Augusto.

O ASNO e a Palavra


O ASNO 
No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! Responde o aluno. 
- Quatro? Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
- Tragam um feixe de capim, pois temos um asno na sala. Ordena o professor a seu auxiliar.
- E para mim um cafezinho! Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), o 'Barão de Itararé'. Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
- O senhor me perguntou quantos rins 'NÓS TEMOS'. 'NÓS' temos quatro: dois meus e dois seus. 'NÓS' é uma expressão usada para o plural.Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
Moral da História:
"A VIDA EXIGE MUITO MAIS COMPREENSÃO DO QUE CONHECIMENTO".
A PALAVRA
A palavra é sem dúvida um dos fatores determinantes do destino das criaturas.
       Ponderada favorece o juízo;
       Leviana descortina a imprudência;
       Alegre espalha otimismo;
       Triste semeia desânimo;
       Generosa abre caminho à elevação;
       Maledicente cava despenhadeiros;
       Gentil provoca reconhecimento;
       Atrevida traz perturbação;
       Serena produz calma;
       Fervorosa impõe confiança;
       Descrente invoca a frieza;
       Cruel fere implacável;
       Sábia ensina;
       Ignorante complica.
      Por isso mesmo, exortava Jesus: “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.
       A palavra é a bússola de nossa alma, onde estivermos.
      É a força que nos abre as portas do coração às fontes luminosas da vida ou às correntes da morte.
Emmanuel / Médium Chico Xavier - Livro: Endereços da Paz.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

RENOVA-TE SEMPRE



Cada dia tem a sua lição, cada experiência deixa o valor que lhe corresponde e cada problema obedece a certo objetivo.
       Há criaturas que proclamam a inconformação diante da enfermidade ou da pobreza, de desilusão ou de velhice.
       E não faltam os que fogem dos deveres que lhes cabem, procurando, na desistência da luta a paz que não podem encontrar.
       Permanece nos teus deveres, educando o pensamento na aceitação da vontade divina.
       A moléstia pode ser uma intimação transitória e salutar da Justiça Celeste.
       A escassez de recursos terrestres é sempre um obstáculo educativo. O desapontamento recebido com coragem é seleção do Senhor, em nosso beneficio.
       A senectude do corpo físico é fixação de sabedoria para a felicidade futura.
       Sê otimista e diligente no bem, entre a confiança e a alegria, porque, enquanto o corpo se desgasta a alma imperecível se renova, hora a hora, para a vida imortal.
Emmanuel / Médium Chico Xavier
Livro: Fonte Viva.

TRÊS INIMIGOS



Na maioria das vezes achamos que a raiva é baseada em algo externo. 
Mas a ironia é que a raiz está dentro. 
Digamos que eu seja pontual, mas trabalho com alguém que está sempre atrasado. 
Se tenho a tendência de ficar irritado com essa pessoa, isso seria arrogância da minha própria qualidade. 
Não preciso tornar meus princípios regras universais. 
Com o tempo as pessoas ficam inspiradas com a minha prática. 
Um farol simplesmente irradia luz para mostrar o caminho mas nunca força ninguém a navegar nele.
(BK Mohini)

TRÊS INIMIGOS
Inúmeros adversários agem contra a paz.
       Destacamos três, que são cruéis e sorrateiros, desequilibram e levam ao fracasso. São a depressão, o ressentimento e a exaltação.
       A depressão assemelha-se a noite inopinada em pleno dia. Intoxica as mais belas florações do ser.
       O ressentimento lembra o mofo, que se desenvolve e destrói onde se fixa.
       A exaltação parece raio e produz relâmpagos de loucura, estiolando os ideais da vida.
       Para a depressão, deve-se usar, de imediato, a vacina da coragem pela prece.
       Para o ressentimento, raciocínio lúcido, com amor, que nada espera em troca.
       E para a exaltação, o refrigério da meditação, que recompõe as energias.
       Quando o vício adquire cidadania, a crueldade recebe aplausos e a insensatez goza de apoio, o cristão enfrenta muitas dificuldades.
       Atenta e vigia, mantendo-te jovial e tranquilo, considerando a honra de estares cumprindo um dever, sob as bênçãos de Deus. 
Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco
Livro: Desperte e Seja Feliz.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Como Adquirir a Verdadeira Sabedoria


Era uma vez um jovem que visitou um grande sábio para lhe perguntar como se deveria viver para adquirir a sabedoria.
O ancião, ao invés de responder, propôs um desafio:
- Encha uma colher de azeite e percorra todos os cantos deste lugar, mas não deixe derramar uma gota sequer.
Após ter concordado, o jovem saiu com a colher na mão, andando a passos pequenos, olhando fixamente para ela e segurando-a com muita firmeza. Ao voltar, orgulhoso por ter conseguido cumprir a tarefa, mostrou a colher ao ancião, que perguntou:
- Você viu as belíssimas árvores que havia no caminho? Sentiu o aroma das maravilhosas flores do jardim? Escutou o canto dos pássaros?
Sem entender muito o porquê disso tudo, o jovem respondeu que não e o ancião disse:
- Assim você nunca encontrará sabedoria na vida; vivendo apenas para cumprir suas obrigações sem usufruir das maravilhas do mundo. Assim nunca será sábio.
Em seguida, pediu para o jovem repetir a tarefa, mas desta vez observando tudo pelo caminho. E lá foi o rapaz com a colher na mão, olhando e se encantando com tudo. Esqueceu da colher e passou a observar as árvores, cheirar as flores e ouvir os pássaros. Ao voltar, o ancião perguntou se ele viu tudo e o jovem extasiado disse que sim. O velho sábio pediu para ver a colher e o jovem percebeu que tinha derramado todo o conteúdo pelo caminho.
Disse-lhe o ancião:
- Assim você nunca encontrará sabedoria na vida; vivendo para as alegrias do mundo sem cumprir suas obrigações. Assim nunca será sábio.
Para alcançar a sabedoria terá que cumprir suas obrigações sem perder a alegria de viver.
Somente assim conhecerá a verdadeira sabedoria.
Desconheço Autoria.

Tópicos da Prece


Elevemos o nosso coração, sempre que possível, ao Senhor e confiemos em Sua Infinita Bondade! 
Na prece está a nossa força e no serviço do Bem o nosso refúgio! 
Confiemos nosso pensamento à oração e nossos braços ao trabalho com Cristo Jesus. 
E Jesus solucionará os nossos problemas com a bênção do tempo. 
Paz e esperança ao coração! Cada noite, apesar do cansaço, não olvides alguns minutos com a oração, para que se nos refaçam as forças. 
As tarefas seguem intensas, contudo, quanto possível, os Amigos Espirituais procuram amparar-nos as energias e acrescentá-las ainda mais. 
Meus irmãos, muitos Amigos da Espiritualidade sustentam-nos as forças na travessia difícil das horas que passam. 
Através da oração recolheremos, como sempre, a inspiração de que necessitamos na superação das lutas redentoras. 
Guardemos a tranqüilidade mental! 
Através da oração, as tarefas do lar são sustentadas com a bênção do Alto. 
Receberemos, pela oração, o concurso espiritual, rogando a Jesus para que os nossos corações sejam fortificados no caminho de dor e luz em que nos encontramos. 
Agradeçamos a Jesus as bênçãos de cada dia e confiemos na proteção divina, hoje e sempre! 
Cada noite consagremos alguns momentos à oração, momentos esses de que se valerão os Amigos Espirituais que nos amparam, a fim de insuflar-nos novas forças para o desempenho de nossas tarefas. 
Reanimemo-nos e guardemos o bom ânimo na certeza de que a fé viva em Deus é luz que nos auxilia a dissipar todas as sombras. 
Jesus nos abençoe! 
Roguemos a Ele, nosso Eterno Benfeitor, nos abençoe os planos de trabalho e renovação à frente do futuro. 
(livro: Apelos Cristãos. Francisco Cândido Xavier por Bezerra de Menezes) 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O NOME DO MEU ANJO - Fidel Nogueira

Naquela terra distante onde nasci
quando criança o tanto que me diverti
brincava nos rios e naquela  floresta
onde hoje vejo que pouca árvore resta
recordo de uma menina que sempre aparecia
brincávamos sorríamos e de repente ela sumia
naquele tempo ainda tão jovem não entendia
diferente de tudo os brinquedos que trazia
conversávamos por horas e com ela aprendi
dizia que sua casa ficava muito distante dali
um lugar tão bonito mas, eu ainda não podia ir
por vezes me perguntavam com quem conversava
na minha amiga das estrelas ninguém acreditava
entendi que somente eu aquela menina enxergava
para todos aquilo era fruto da minha imaginação
importante para mim ela trazia muita diversão
dava conselhos falando que um dia entenderia
o tempo passava e naquela terra eu crescia
 lembrança que até hoje muito me intriga
 um dia em sonho viajei com a menina amiga
experiência tão real que não esqueço jamais
um jardim tão lindo cores e flores sem iguais
pássaros e borboletas tudo belo por demais
aquela menina me dizendo que era a sua casa
ali volitava facilmente como se tivesse asas
me convidou a voar também naquele jardim
em sonho percebi que eu estava tão leve assim
pense que está voando e você conseguirá
aquele doce anjo em palavras a me encorajar
então pensei e ali flutuei como uma pluma no ar
sensação extraordinária é a de conseguir volitar
foi quando uma voz me fez rapidamente acordar
daquele lindo sonho e jardim fiquei a lembrar
depois de tantos anos não conseguiu se apagar
da minha infância tanta recordação boa ficou
tanto tempo passou, cresci e minha vida mudou
aquela experiência jamais havia se repetido
quando em momento da minha vida muito sofrido
lembrei daquele jardim em que sonhando volitei
conforme ela havia me ensinado com força orei
por meu anjo guardião naquele instante chamei
surgira você e daquele cativante olhar recordei
uma bela mulher em brilho de luz cintilante
olhar de uma suavidade e doçura cativantes
era aquela menina do sonho de outrora
estava ali como um sol de uma bela aurora
meu anjo lindo que é essa mulher misteriosa
conselheira de sabedoria iluminada e bondosa
quando vem traz consigo uma força poderosa
eu a chamo assim de ROSA LINDA MAJESTOSA
sempre comigo em todo e qualquer instante
me orienta e me guia com sua luz diamante
em sonhos com ela visito aquele jardim
hoje sei que tudo faz parte de mim
plantei outrora flores e um belo jasmim
onde um dia voltarei e serei feliz assim.

Estudando o Livro dos Espíritos - Allan Kardec.
      489. Há Espíritos que se ligam a um indivíduo em particular para o  proteger?                                                        
       — Sim, o irmão espiritual; é o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.
       490. Que se deve entender por anjo da guarda?
      — O Espírito protetor de uma ordem elevada.
      491. Qual a missão do Espírito protetor?
      — A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições sustentar sua coragem nas provas da vida.
                                                        http://livrodosespiritos.wordpress.com

Minha pequena contribuição: Se parássemos para ouvir melhor os conselhos espirituais que nos é dado diariamente por eles: sejam de forma direta ou indireta, seriamos bem mais felizes. As boas intuições e os bons pensamentos que nos chegam, são pontes de ligações entre Eles e nós.  Pense Nisto! Antônio Ramos. 

PROFECIA E EXEMPLO


        Reportando-nos à lição de Jesus a respeito dos falsos profetas, recordemos aqueles irmãos que encontramos no caminho.
       Os que semeiam a discórdia, contribuindo para infelicidade de quantos lhes participam do convívio.
       Os que cultivam a cólera, disseminando o clima ameaçador da irritação.
       Os que esparzem a intolerância, roubando a paz no recanto doméstico.
       Os que apregoam o desânimo, destruindo o trabalho dos que lhes procuram o apoio.
       Os que arruinam a esperança e a fé, construindo a revolta e o desespero.
       Na verdade, todos somos profetas do coração, ora anunciando as conquistas do amor puro, ora divulgando as criações negativas, germinadas na intimidade de nós mesmos.
       Vigiemos, pois, palavras e atitudes, porque conforme a lição de Jesus, "a boca fala do de que está cheio o coração".        
André Luiz / Médium Antônio Baduy Fl.
Livro: Mãos Marcadas 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

URGÊNCIA PARA VOCÊ

Ontem você estava irritado.
Hoje você despertou insatisfeito.
Agora você se encontra cansado.
Na multidão você se perturba.
Na solidão você sente melancolia.
No silêncio você experimenta tédio.
Na algazarra você fica atordoado...
- Urgência para você, meu amigo. 
Pare, no torvelinho das coisas, para atento exame.
O mundo não está pior nem a vida é má.
As pessoas não ficaram diferentes nem as circunstâncias deixaram de ser propícias.
- O problema está em você.
Cansaço ou enfermidade, saturação ou desequilíbrio, a questão é sua.
Cuidado! Use de urgência para você.
Refaça a sua programação.
Revise suas atitudes e objetivos.
Recorra às fontes estimuladoras dos ideais que esposa.
Renove os clichês e paisagens mentais.
Os sinais de urgência advêm de erros graves na forma de seus serviços e de sua vida.
Carneiro de Campos / Divaldo Franco
Livro: Sementes de Vida Eterna

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Realaĵoj / Realidades


Realaĵoj
Tiu pajaco, kiun vi mokas, ofte estas brava soldato de la fortanimeco.
Tiu tro ornamita virino, kiun vi kutime malaŭdas, ofte tiele agadas, por helpi multe da laborantaj manoj.
Tiu kantistino, kiu dancas ridetante kaj de kiu vi kutime apartiĝas kun naŭzo, supozante, ke vi tiel sindanĝerigos vian virton, ordinare penas perlabori panon por multe da malriĉaj familianoj; tial  ŝi meritas estimon kaj respekton.
Tiu elegante vestita sinjoro, kiu  ŝajnas al vi mallaborema kaj senutila, eble plenumas tiajn laborojn, kiajn vi neniam kuraĝus fari. 
Ne juĝu vian proksimulon laŭ liaj vestoj aŭ vizaĝo.
La vero, same kiel la Regno de Dio, neniam sin montras sub eksteraj ŝajnaĵoj.
Andreo Ludoviko / Chico Xavier (Libro: Kristana Agendo).

Realidades
O palhaço que você ironiza, é, freqüentemente, valoroso soldado do bom ânimo.
A mulher, extremamente adornada, que você costuma desaprovar, em muitas ocasiões está procedendo assim para ajudar numerosas mãos que trabalham.
A cantora que baila sorrindo e da qual você comumente se afasta, entediado, na suposição de conservar a virtude, geralmente procura ganhar o pão para muitos familiares necessitados, merecendo consideração e respeito.
O homem bem-posto, que lhe parece preguiçoso e inútil, talvez esteja realizando trabalhos que você jamais se animaria a executar.
Não julgue o próximo pelo guarda-roupa ou pela máscara. A verdade, como o Reino de Deus, nunca surge com as aparências exteriores.
André Luiz / Chico Xavier (Livro: Agenda Cristã).

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

AFEIÇÕES


Não será licito esquecer nossa própria necessidade de afeto, mas ponderemos:
       Os entes amados apoiar-nos-ão no desempenho de nossos deveres, porém não conseguirão cumpri-los por nós.
       O professor prepara o aluno, entretanto não lhe viverá, de futuro, os percalços da profissão.
       Os próprios pais, por mais se dediquem à felicidade dos filhos, não logram arredá-los das experiências a que se destinam.
       Amemos nossos familiares e amigos, sem exigir, todavia, venham um dia a fazer o trabalho que nos cabe realizar.
       Eles podem ser criaturas admiráveis, mas não nos conhecem as lutas mais íntimas, tanto quanto ignoramos as deles.
       Ajudam na parte visível das dificuldades; mas não são capazes de solucionar por nós os problemas que trazemos na intimidade do coração.
       Aí, estamos entregues à nossa própria consciência e ao Juízo de Deus.
Emmanuel / Médium Chico Xavier
Livro: Rumo Certo 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

DINHEIRO (III)


O dinheiro não compra o Céu, entretanto, pode gerar a simpatia na Terra, quando utilizado nas tarefas do Bem.
       Não paga a boa vontade, mas semeia o benefício e o prazer de viver, se nossa alma permanece voltada para a Divina Inspiração;
       Não é fator absoluto de alegria ou felicidade, mas pode ser o remédio ao doente, o leite à criancinha desamparada, o pão ao sem lar.
       Não é gerador de luz, mas pode estender a fonte das ideias de consolação e de amor.
       Não é a base da harmonia, mas, muitas vezes, consegue devolver a tranquilidade a corações paternos desalentados e a lares infelizes, quando nos inclinamos para a solidariedade.
       Não deixes que ele te tome o coração, qual despótico senhor, e, sim, conduzamo-lo através da utilidade, entendimento e cooperação, segundo a lei de fraternidade que nos reúne.
       Não esquecendo que Jesus abençoou o vintém da viúva, empreguemos o dinheiro para o bem, convertendo-o em colaborador do Céu em todas as situações e dificuldades da Terra.
Emmanuel / Médium Chico Xavier
Livro: Dinheiro 

ACEITAÇÃO


Aceitação construtiva será sempre talvez mais da metade dos ingredientes de solução de qualquer dos problemas que te aflijam.
       E dizemos “construtiva” porque não se trata de calma inoperante, mas sim de paciência, que é capaz de improvisar o bem.
       Tenta recuperar os bens que perdeste; no entanto, se os teus devedores estão insolvíveis, esquece os prejuízos e segue adiante.
       Protege o próprio lar contra a desarmonia; mas, se a tua ação não surte efeito, aceita-o por tua escola de regeneração e de amor.
       Educa o parente difícil como puderes; todavia, se ele permanece difícil, abraça-o, tal qual é, para que aprendas tolerância e humildade.
       Rebeldia complica os melhores planos da vida e revolta é atraso lastimável em qualquer organização.
       Acolhe as tuas dificuldades, quando não consigas extingui-las, sanando-as, pouco a pouco, sob o esforço de tua energia serena.
       Decerto, é por teus serviços ao bem comum que a bênção da vitória te marcará.
Emmanuel / Médium Chico Xavier
Livro: Inspiração 

AMOR, IMBATÍVEL AMOR


AMOR, IMBATÍVEL AMOR
       O amor é substância criadora e mantenedora do Universo. Sua essência é divina.
       É um tesouro que quanto mais se divide, mais se multiplica, agiganta e enriquece.
       É imbatível porque sempre triunfa.
       Sem ele, a alma enfraquece e perde o sentido de viver.
       Quando aparente, sensualista, busca apenas o prazer imediato, debilita-se e frustra.
       Quando real, estruturado e maduro, espera, estimula, renova-se, é sempre ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais.
       Une as pessoas, porque reúne as almas, identifica-as no prazer da fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo.
       O amor tem diferentes fases: o infantil é de caráter possessivo; o juvenil expressa-se pela insegurança; o maduro entrega-se sem reservas, é pacificador e plenificador.
       O amor vive no íntimo do ser e não nas gratificações que o amado oferece.
       O clímax do amor revelou-nos Jesus, na Sua condição de Amante não amado.    
Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco
Livro: Amor, Imbatível Amor

domingo, 22 de janeiro de 2012

Fido / FÉ

Fido
Por trovi la bonon kaj asimili  ĝian lumon, ne sufiĉas agnoski  ĝian ekziston. 
Nepre necesas  ĝin serĉi  kun persisto kaj fervoro.
Neniu povas pridubi la elektron, sed por ke lampo lumigu  ĉambron oni sin helpas per konduktaj dratoj, kiuj transportu  ĝian forton, de la malproksima uzino  ĝis la interno de nia domo.
Fotografio estas nuntempe banala afero, sed, por ke la bildo fiksiĝu,  ĉe preparado de foto, estas necese, ke la gelata emulsio sentivigu la koncernan plakon.
La homa voĉo transsendiĝas radiofonie, de unu kontinento al alia, kun absoluta fideleco, sed por tio  ĝi nepre bezonas la elektronan kirlon, kiu, konvene subigita, transportas ĝian moduladon.
Ni do ne povas realigi ion ajn sen pozitiva konfido.
Sed kiel esprimi la fidon ? – oni multfoje demandas.
Fido ne havas difinon en la ordinara lingvo.
Ĝi estas forto naskiĝanta kun la animo, instinkta certeco pri la Dia Saĝo, kiu estas la saĝo de la vivo mem. Ĝi pulsas en  ĉiuj kreitoj, vibras en  ĉiuj aĵoj, montriĝas en la fendita kristalo, kiu humile rekunmetiĝas, kaj vidiĝas en la dehakita arbo, kiu iom post iom sin rebonigas helpe de la renovigaj leĝoj regantaj la Naturon.
Ĉiuj agoj de la ekzistado iel disvolviĝas sub la potenco de l’ fido.
Konfidante la forton de la printempo, la kampo kovriĝas per floroj.
La rivero, fidante la realecon de la fonto,  ĝin ne povas malhavi por fluigi sian larĝan, profundan torenton.
Ĉe la homo, la simpla manĝo estas spontanea ago de fido. Sin nutrante, li fidas la abdomenajn viscerojn, kiujn li ne vidas.
Ĉia sukceso en la socia kunvivado rezultas de la fido, kiun la kolektivo metas sur la respekton al la leĝaj preskriboj regantaj ilian vivon.
Se ni konscience utiligas tian potencon, tiam al ni eblas eviti longajn kurbiĝojn sur nia evolua vojo.
Tiucele, kia ajn nia religia koncepto pri Dio, nepre necesas plifortigi en ni la fidon al la bono, por respeguli ties grandecon.
Ni prezentu al ni la lenson kaj la Sunon. La astro de l’ tago egale disdonas siajn rimedojn, sed se ni konverĝigas  ĝiajn radiojn per ordinara lenso, ni ricevas pli potencan efikon.
La Eterna Bono same lumas al  ĉiuj, sed, koncentrante  ĝian forton sur nin pere de pozitiva, intima certeco, ni sendube pli efike respegulos ĝian gloron.
Ni do senlace strebu al ĝi, ne haltante ĉe malbono.
Senbranĉigita trunko proponas la samajn fruktojn, kiel tiuj produktitaj antaŭ la bato, kiu ĝin stumpigis.
La fonto atingas la riveron, dissolvante en la propran sinon la koton ĵetitan al ĝi.
Ni tenu nian koron en la viva akvo de la neelĉerpebla bono.
Ni serĉu la  bonan parton de la kreitoj, aferoj kaj okazaĵoj, kiuj trapasas nian ĉiutagan agadon. Tiel ni havos la spegulon de nia menso turnita al la bono, asimilanta ties eternajn trezorojn, kaj la feliĉo, kiu fontas el la malavara, aganta fido, liberigos nin el la katenoj de ĉia malbono,  ĉar tiam la bono, konstanta kaj pura, estos trovinta en ni fidindan reflekton.
Emmanuel / Chico Xavier (Libro: Penso kaj Vivo).
Para encontrar o bem e assimilar-lhe a luz, não basta admitir-lhe a existência.
É indispensável buscá-lo com perseverança e fervor.
Ninguém pode duvidar da electricidade, mas para que a lâmpada nos ilumine o aposento recorremos a fios Condutores que lhe transportem a força, desde a aparelhagem da usina distante até o recesso de nossa casa.
A fotografia é hoje fenómeno corriqueiro; contudo, para que a imagem se fixe, na execução do retrato, é preciso que a emulsão gelatinosa sensibilize a placa que a recebe.
A voz humana, através da radiofonia, é transmitida de um continente a outro, com absoluta fidelidade; todavia, não prescinde do remoinho electrónico que, devidamente disciplinado, lhe transporta as ondulações.
Não podemos, desse modo, plasmar realização alguma sem atitude positiva de confiança.
Entretanto, como exprimir a fé? — indaga-se muitas vezes.
A fé não encontra definição no vocabulário vulgar.
É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida.
Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas.
Mostra-se no cristal fracturado que se recompõe, humilde, e revela-se na árvore decepada que se refaz, gradativamente, entregando-se às leis de renovação que abarcam a Natureza.
Todas as operações da existência se desenvolvem, de algum modo, sob a energia da fé.
Confia o campo no vigor da primavera e cobre-se de flores.
Fia-se o rio na realidade da fonte, e dela não prescinde para a sua caudal larga e profunda.
A simples refeição é, para o homem, espontâneo ato de fé.
Alimentando-se, confia ele nas vísceras abdominais que não vê.
Todo o êxito da experiência social resulta da fé que a comunidade empenhe no respeito às determinações de ordem legal que lhe regem a vida.
Utilizando-nos conscientemente de semelhante energia, é-nos possível suprimir longas curvas em nosso caminho de evolução.
Para isso, seja qual for a nossa interpretação religiosa da ideia de Deus, é imprescindível acentuar em nós a confiança no bem para reflectir-lhe a grandeza.
Recordemos a lente e o Sol.
O astro do dia distribui equitativamente os recursos de que dispõe.
Convergindo-lhe porém, os raios com a lente comum, dele auferimos poder mais amplo.
O Bem Eterno é a mesma luz para todos, mas concentrando-lhe a força em nós, por intermédio de positiva segurança íntima, decerto com mais eficiência lhe retrataremos a glória.
Busquemo-lo, pois, infatigavelmente, sem nos determos no mal.
O tronco podado oferece frutos iguais àqueles que produzia antes do golpe que o mutilou.
A fonte alcança o rio, desfazendo no próprio seio a lama que lhe atiram.
Sustentemos o coração nas águas vivas do bem inexaurível.
Procuremos a boa parte das criaturas, das coisas e dos sucessos que nos cruzem a lide quotidiana.
Teremos, assim, o espelho de nossa mente voltado para o bem, incorporando-lhe os tesouros eternos, e a felicidade que nasce da fé, generosa e operante, libertar-nos-á dos grilhões de todo o mal, de vez que o bem, constante e puro, terá encontrado em nós seguro reflector.
Emmanuel / Chico xavier (livro: Pensamento e Vida).

sábado, 21 de janeiro de 2012

Richard Clayderman - Lindas Melodias





O supérfluo e o necessário


Uns queriam um emprego melhor; 
outros, só um emprego. 
Uns queriam uma refeição mais farta; 
outros, só uma refeição. 
Uns queriam uma vida mais amena; 
outros, apenas viver. 
Uns queriam pais mais esclarecidos; 
outros, ter pais. 
Uns queriam ter olhos claros; 
outros, enxergar. 
Uns queriam ter voz bonita; 
outros, falar. 
Uns queriam silêncio; 
outros, ouvir. 
Uns queriam sapato novo; 
outros, ter pés. 
Uns queriam um carro; 
outros, andar. 
Uns queriam o supérfluo; 
outros, apenas o necessário.
(Chico Xavier)
Minha Pequena contribuição: Quando Jesus nos advertiu: "Pouco com Deus é muito e Muito sem Deus é nada", Ele nos convidava a nos contentarmos com o que temos ao invés de reclamamos daquilo que não temos; agindo desta forma, seremos mais felizes do que infelizes, pois, jamais invejaremos aquilo que de fato não nos pertence. Pense Nisto! Antônio Ramos.

Nunaj kaŭzoj de La afliktoj / Causas atuais das aflições

Nunaj kaŭzoj de La afliktoj
4.  La suferoj de la vivo estas de du specoj, aŭ, se oni preferas, el du tre malsamaj fontoj, kiujn oni devas distingi: unuj havas sian kaŭzon en la nuna vivo, la aliaj ekster tiu ĉi vivo.
Serĉante la fonton de la surteraj malbonaĵoj, oni rekonas, ke multaj el ili estas natura sekvo de lan karaktero kaj de la konduto de tiuj, kiuj ilin elportas.
Kiom da homoj falas pro sia propra kulpo! Kiom da ili estas viktimoj de sia neantaŭvidemo, de sia fiero kaj de sia ambicio!
Kiom da personoj ruiniĝas pro manko de ordo, de persistemo, pro malbona konduto aŭ tial, ke ili ne sciis nlimigi siajn dezirojn!
Kiom da edziĝoj malfeliĉaj, ĉar ili estis bazitaj sur ia intereso aŭ vantemo, kaj la koro en ili neniel estis kunkalkulita!
Kiom da malpaciĝoj, kiom da pereigaj kvereloj oni povus eviti kun pli da modereco kaj malpli da ofendiĝemo!
Kiom da malsanoj, rezultantaj el la malsobreco kaj el ĉiuspecaj ekscesoj!
Kiom da gepatroj estas malfeliĉaj pro siaj infanoj ĉar ties malbonajn inklinojn ili ne kontraŭbatalis en la komenco! Pro malforteco aŭ indiferenteco, ili lasis elvolviĝi en la infanoj la ĝermojn de fiero, de egoismo kaj de stulta vantamo, kiuj sekigas la koron: poste, rikoltante, kion ili semis, ili miras kaj ĉagreniĝas pro ties sendankeco kaj manko de respekto.
ĉiuj, kies koron vundas la suferoj de la vivo, malvarme demandu sian konsciencon; ili iom post iom iru returne al la fonto de la malbonaĵoj, kiuj ilin turmentas, kaj ili vidu, ĉu plej ofte ili ne povas diri:  Se mi estus farinta, aŭ se mi ne estus farinta, tian aferon, mi ne troviĝus en tia situacio.
Kiun do la homo respondigu por ĉiuj tiuj afliktoj, krom si mem? Sekve, en multaj okazoj, la homo estas la forĝanto de siaj propraj malfeliĉoj; sed, anstataŭ konfesi tion, li trovas pli simple, malpli humilige por sai vantamo, akuzi la sorton, la Providencon, la malfavoran þancon, sian malbonan stelon, dum lia malbona stelo estas lia malzorgemo.
Tiaspecaj malbonaĵoj sen ia dubo rimarkinde kontribuas al la nombro de la suferoj de la vivo; la homo evitos ilin, kiam li penados reformiĝi tiel morale, kiel intelekte.
La homa leĝo atingas iujn kulpojn kaj punas ilin; La kondamnito povas do rekoni, ke li suferas la sekvon de tio, kion li faris; sed la leĝo ne atingas kaj ne povas atingi ĉiajn kulpojn; ĝi frapas precipe tiujn kulpojn, kiuj alportas malprofiton al la socio, kaj ne tiujn, kiuj malutilas nur la kulpulojn mem. Sed Dio volas la progreson de ĉiuj kreitoj; tial Li ne lasas senpuna Ian deflankiĝon for de la rekta vojo; ne estas unu sola kulpo, eæ se tre malgrava, unu sola malobeo al Lia leĝo, kiu ne havos neprajn kaj neeviteblajn sekvojn pli aŭ malpli bedaŭrindajn; el tio sekvas, ke en la malgrandaj aferoj, same kiel en la grandaj, la homo estas ĉiam punata pro sia peko. La suferoj, kiuj estas sekvo de la peko, estas admono al li, ke li erare agis; la suferoj donas al li sperton, sentigas al li la diferencon inter bono kaj malbono kaj la bezonon korekti sin, por eviti en la estonteco tion, kio estis por li fonto de ĉagrenoj; sen tio li havus nenian motivon por korekti sin mem. Fidante je la senpuneco, li malfruigus sian progreson kaj sekve sian estontan feliĉon.
Sed la sperto kelkfoje venas iom tro malfrue, kiam la vivo jam estas misuzita kaj malserenigita, kiam la fortoj estas elĉerpitaj kaj la malbonaĵo estas neriparebla. Tiam la homo lamentas, dirante: “Se en la komenco de la vivo mi scius, kion mi scias nun, kiom da eraraj paþoj mi estus evitinta!  Se mi povus rekomenci,  mi agus tute alie; sed ne plu estas tempo!” Tiel, kiel La mallaborema metiisto diras: “Mi perdis mian tagon”, li ankaŭ diras: “Mi perdis mian vivon”; sed, same kiel por la metiisto la suno releviĝos la sekvantan tagon kaj permesos al li kompensi la perditan tempon, por la homo ankaŭ, post la nokto de la tombo, lumos la suno de nova vivo, en kiu li povos profiti la sperton de la pasinteco kaj siajn bonajn decidojn por la estonteco.
Ĉapitro V. Nunaj kaŭzoj de La afliktoj  - (Libro: La Evangelio laŭ Spiritismo – Allan Kardec).

Causas atuais das aflições
4. De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.
Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são conseqüência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.
Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!
Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!
Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma!
Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade!
Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!
Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles.
Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.
A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.
Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável contingente ao cômputo das vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.

5. A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado reconhecer que sofre a conseqüência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo â sociedade e não sobre as que só prejudicam os que as cometem, Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto, Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis conseqüências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria seu avanço e, conseqüentemente, a sua felicidade futura.
Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde: quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças já estão gastas e sem remédio o mal, Põe-se então o homem a dizer: "Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!" Como o obreiro preguiçoso, que diz: "Perdi o meu dia", também ele diz: "Perdi a minha vida". Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.
Capítulo V - Causas atuais das aflições - (O Evangelho Segundo o Espiritismo / Allan Kardec, 1864)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O TEMPO



Todas as criaturas gozam o tempo – raras aproveitam-no.
Corre a oportunidade – espalhando bênçãos.
Arrasta-se o homem – estragando as dádivas recebidas.
Cada dia é um país – de vinte e quatro províncias.
Cada hora é uma província – de sessenta unidades.
O homem, contudo, é o semeador – que não despertou ainda.
Distraído cultivador, pergunta: - que farei?
E o tempo silencioso responde, com ensejos benditos:
De servir – ganhando autoridade.
De obedecer – conquistando o mundo.
De lutar – escalando os céus.
O homem, todavia, - voluntariamente cego.
Roga sempre mais tempo – para zombar da vida,
Porque se obedece – revolta-se orgulhoso,
Se sofre – injuria e blasfema,
Se chamado à conta – lavra reclamações descabidas.
Cientistas – fogem da verdadeira ciência.
Filósofos – ausentam-se dos próprios ensinos.
Religiosos – negam a religião.
Administradores – retiram-se da responsabilidade.
Médicos – subtraem-se à medicina.
Literatos – furtam-se à divina verdade.
Estadistas – centralizam a dominação.
Servidores do povo – buscam interesses privados.
Lavradores – abandonam a terra.
Trabalhadores – escapam do serviço.
Gozadores temporários – entronizam ilusões.
Ao invés de suar no trabalho – apanham borboletas da fantasia
Desfrutam a existência – assassinando-a em si próprios.
Possuem os bens da Terra – acabando possuídos.
Reclamam liberdade – submetendo-se à escravidão.
Mas chega, um dia – porque há sempre um dia mais claro que os outros,
Em que a morte surge – reclamando trapos velhos...
O tempo recolhe, então, apressado – as oportunidades que pareciam sem fim...
E o homem reconhece – tardiamente preocupado,
Que a Eternidade infinita – pede contas do minuto...
ANDRÉ LUIZ – Chico Xavier (Do livro: Coletânea do Além).