quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lindas Frases / Belegaj Frazoj 3


"Pli bona ekbruligi kandelon, ol malbeni tenebron" - Confúcio.


“Malmulte gravas kiom vi havas, kiu gravas estas kiu vi 

estas.” - Santo Agostinho.


“Kiu plej impresiĝas min en la malfortulojn, estas ke ili 

bezonas humiligi la aliaj por senti sin forta”. - Gandi



Dudek-naŭ de Oktobro, nacitago de la libron! 

“ Landon fariĝas je homojn kaj librojn” – Monteiro Lobato.

Perdoar e Esquecer

Perdoar e esquecer são as duas chaves da paz.
Se o seu carinho não encontra eco na paisagem ambiente, desculpe e olvide a indiferença do meio e avancemos para diante, ao encontro de nossas realizações.
Se o seu trabalho não consegue a retribuição dos que lhe seguem os passos no grande caminho, perdoe e esqueça, a fim de que a sua boa vontade frutifique em alegria e progresso.
Se o seu sacrifício não recolhe a compreensão dos outros, desculpe e olvide, perseverando no bem, porque o bem situar-lhe-á o espírito na vanguarda de luz.
Perdoar é o segredo sublime do triunfo na subida para Deus; e esquecer o mal é harmonizar nossa alma com as criaturas, habilitando-nos à solução de todos os problemas.
Desprendamo-nos de tudo aquilo que na Terra constitua prisão para nossa alma, perdoando e esquecendo sempre, e encontraremos o caminho interior da Grande Ascensão.
Agar / Chico Xavier
Livro: Relicário de Luz

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Poesia de Emmanuel


Senhor:
ante o céu estrelado,
que nos revela a tua grandeza,
deixa que nossos corações se unam
à prece das coisas simples…

Concede-nos, Pai,
A compaixão das árvores,
a espontaneidade das flores,
a fidelidade da erva tenra,
a perseverança das águas que
procuram o repouso nas profundezas,

a serenidade do campo,
a brandura do vento leve,
a harmonia do outeiro,
a música do vale,
a confiança do inseto humilde,

o Espírito de serviço da Terra benfazeja,
para que não estejamos recebendo,
em vão, Tuas dádivas, e para que o
Teu Amor resplandeça no centro de
nossas vidas, agora e sempre. 
Assim seja 
Do livro: Antologia da Criança.
Emmanuel / Chico Xavier

Calma - 2

Justo lembrar: a voz humana está carregada de vibrações.
Esforça-te por evitar os gritos intempestivos e inoportunos.
Uma exclamação tonitruante equivale a uma pedrada mental.
Se alguém te dirige a palavra em tom muito alto, faze-lhe o obséquio de responder em tom mais baixo.
Os nervos dos outros são iguais aos teus: Desequilibram-se facilmente.
Discussão sem proveito é desperdício de forças.
Não te digas sofrendo esgotamento e fadiga para poder lançar frases tempestuosas e ofensivas.
Aqueles que se encontram realmente cansados procuram repouso e silêncio.
Se te sentes à beira da irritação estás doente e o doente exige remédio.
Barulho verbal apenas complica.
Pensa nisso: a tua voz é o teu retrato sonoro.
Livro: Calma
Emmanuel – Chico Xavier

Calma - 1

Se você está no ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar.
Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranqüilidade traz o pior.
Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.
Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.
Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.
Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.
Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.
Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.
Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga a distância entre você e o objetivo a alcançar.
Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema, a serenidade é o teto da alma, pedindo o serviço por solução.
Livro: Ideal Espírita.
André Luiz – Chico Xavier

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O AMIGO SUBLIME

É sempre o amigo sublime.
Educa sem ferir-nos.
Diverte, edificando-nos o caráter.
Revela-nos o passado e prepara-nos, diante do porvir.
Repete-nos o que Sócrates ensinou nas praças de Atenas.
Descobre-nos ao olhar maravilhado as civilizações que passaram. O Egito resplandecente dos faraós, a Grécia dos filósofos e artistas, a Jerusalém dos hebreus, desfilam ante a nossa imaginação, ao seu toque espiritual.
Conta-nos o que realizou Moisés, o grande legislador. Lembra-nos a palavra de Platão e Aristóteles.
Junto dele, aprendemos quanto sofreram nossos antepassados, na conquista do bem-estar de que gozamos presentemente.
Descreve-nos a inutilidade das guerras nascidas do ódio que devastaram o mundo aconselha-nos quanto à sementeira de tranqüilidade e alegria. Ajuda-nos no entendimento de nós mesmos e na compreensão de nossos vizinhos. Dá-nos coragem para o trabalho, e humildade no caminho da experiência.
Sem ele, perderíamos as mais belas notícias de nossos avós e a obra da vida não alcançaria a necessária significação; passaríamos na Terra , em pleno desconhecimento uns dos outros, e a lição preciosa dos homens mais velhos não chegaria aos ouvidos dos mais novos; a religião e a ciência provavelmente não surgiriam à luz da realidade; os mais elevados ideais do espírito humano morreriam sem eco; a indústria, o comércio e a navegação não possuiriam pontos de apoio.
É o traço de união, entre os que ensinam e aprendem, entre os milênios que já se foram e o dia que vivemos agora.
É, ainda, a esse amigo abençoado que devemos a coleção de notícias e ensinamentos de Jesus, que renovam a Terra para o Reino Divino.
Esse inesquecível benfeitor do mundo é o livro edificante. Por isto, não nos esqueçamos de que todo livro consagrado ao bem é um companheiro iluminado de nossa vida, merecendo a estima e o respeito universal.
Livro: Alvorada Cristã.
Neio Lúcio / Chico Xavier.

Defender a Paz

Preserva a tua Paz.
É com a paz que sentes a vida mais profundamente, compreendes mais a pessoas e melhor trabalhas, dormes, pensas, ages e amas.
Conserva a tua paz, mesmo que te apareçam complicações, que se instalem revoltas, que percebas o fio da incompreensão, a ponta da ironia, e que recebas palavras amargas.
Na hora da contrariedade, defende a tua paz, para que ela te defenda de maior mal.
Lembra-te dos desastres que a irritação acarreta em ti e nos outros, ao arruinar o presente, comprometer o futuro e ceifar esperanças.
A paz que proteges é a que te dá proteção.
Livro: Ânimo
Lourival Lopes.

domingo, 28 de outubro de 2012

Sem Tropeçar

“Então, andarás seguro no teu caminho, e não tropeçará teu pé”. - Pv. 3:23
Observe onde anda e com quem anda, que conhecerá suas inclinações.
O conhecer a si mesmo é a melhor diretriz  para seu aperfeiçoamento. Se quer ter um caminho de glória, ela é filha do esforço próprio.
Os tropeços nascem nas displicências; o zelo em tudo que fizer é segurança para seus pés.
Ajunte as suas experiências com as dos outros, que a confiança crescerá em tudo o que fizer.
Antes de andar com alguém, observe a vida dele, mas em silêncio, para que não seja displicente, nem maledicente com os outros.
Se você tem inclinações de falar no mal, faça isso consigo mesmo; busque os seus próprios defeitos e os ponha em público e, na avaliação, sentirá o que deve falar dos semelhantes.
Vigie a sua mente, para não expor o secreto dos seus irmãos, e tranque a sua boca, para que ela fale somente o agradável ao amor.
Livro: Gotas de Verdade
Carlos / João Nunes Maia 

Sintonia e Homogeneidade - Hammed

 “Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são as resultantes de todas as dos seus membros, e formam como um feixe; ora, esse feixe terá tanto mais força quanto for mais homogêneo.” (Livro dos Médiuns – Allan Kardec, 2ª Parte – Cap. XXIX, item 331.)
Normalmente, não fincamos nossas raízes – mentais, emocionais e espirituais – o suficiente na realidade espiritual da vida. Dessa forma, em épocas de estiagem na superfície, não temos uma fonte de suprimento que nos alimente e fortaleça, vitalizando nossa intimidade.
Todos os grandes pensadores da humanidade sempre nos incentivaram a que aprofundemos nossas raízes intelectuais e emocionais nas bases veneráveis da existência humana. Paulo de Tarso, o grande divulgador do Cristianismo entre os gentios, reporta-se, em sua pregação aos atenienses, à unicidade do Criador e suas criaturas: “Nele vivemos, nos movemos e existimos” Paulo – Atos dos Apóstolos: 17:28.
O universo é a projeção da Mente Divina, e nós, como criação, vivemos interdependentes no Idealismo Superior.
Somente quando tomamos consciência da necessidade de fazer uma perfeita conexão com nossa profundidade sagrada é que passamos a ter uma ampla visão de unidade com a Vida Cósmica. É preciso ancorarmos nossos alicerces na Base Divina que há em todos nós.
Se os membros de grupo mediúnico estiverem apenas obedecendo regras e padrões prescritos para o dia da reunião – desde quando acordam até o horário preestabelecido para seu início -, podem estar apenas a serviço de fórmulas superficiais e bem estreitas. Quando reconhecemos nossa junção com tudo o que existe, ampliamos nosso conceito de sintonia.
Não é possível obter sintonia vibratória unicamente com comportamentos estereotipados e posturas programadas antes, durante e ao término de uma tarefa espiritual, mas, sim, quando conseguimos nos “contextualizar no Universo”. Sintonizar-se quer dizer perceber a razão incomensurável e coesa da existência humana, que preenche o vazio que acreditamos existir entre os seres humanos.
Desatar os elos da ilusão nem sempre é uma tarefa fácil. Quanto mais superficial for a visão de unidade entre todas as coisas, mais a pessoa ficará dominada por uma “realidade fragmentada”. No entanto, quanto mais ela for desenvolvida espiritualmente, mais verá a profundidade e significado das criações e das criaturas.
À proporção que a humanidade evolui, a alma humana se alarga, amplia seus conceitos, supera barreiras e desobstrui fronteiras. Quando o indivíduo se universaliza, ele se descobre na multiplicidade das relações por todo o mundo. Sua mente, antes horizontalizada, verticaliza-se; alicerça-se em uma estrutura de planos e superplanos do entendimento superior. Seu coração, como um botão de flor, desabrocha-se, lançando as pétalas do amor amplo, dinâmico e sem fronteiras sociais, de raça ou de crença.
“(…) ora, esse feixe terá tanto mais força quanto for mais homogêneo”. Para que uma reunião seja homogênea, seus participantes precisam acreditar realmente que as habilidades de cooperação e as alegrias do serviço em conjunto são um investimento poderoso e sábio para o crescimento evolutivo. Necessitam ter uma compreensão de que a harmonia grupal depende de uma interação coletiva mais profunda, reconhecendo que nenhuma unidade ganhará à custa de outra, pois cada porção contribui para a totalidade, e a totalidade, por sua vez, nutrirá todas as porções.
Nos atendimentos de orientação mediúnica, é comum observarmos que, em muitas ocasiões, quando um Espírito é atraído para ser esclarecido, traz consigo, inconscientemente, muitos outros, todos unidos pela mesma situação ou problemática existencial. Por possuírem semelhantes pontos fracos ou lições a aprender, basta atender a um para que todos os outros sejam também beneficiados.
A Natureza não funciona em caráter de isolamento ou de redoma de vidro. Para a Vida Providencial somos um todo funcionando dinamicamente – movimento e atividade energética intensa.
O Alvo definitivo de um grupo mediúnico é a unidade: a integração íntima entre sentimentos, crença e pensamentos. O Isolamento e a falta de comunhão mental são o oposto do que a Espiritualidade Maior aspira realizar.
Não podemos compreender a importância de uma reunião mediúnica sem possuir senso de responsabilidade individual e coletiva.
Vale transcrever um pequeno trecho do discurso do Chefe Indígena Seatle em 1852, quando seu povo foi obrigado a ceder suas terras aos colonizadores norte-americanos. Ele disse: “A terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isso nós sabemos. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. O que quer que aconteça à terra acontece aos filhos da terra. O homem não teceu a trama da vida, ele é apenas um fio nela. O que quer que ele faça à trama faz a si mesmo”. A grandeza de alma é uma condição espiritual desvinculada de religião que se professa.
O participante de uma reunião mediúnica não pode nutrir um espírito sectarista, pois é a negação dos preceitos cristãos e, consequentemente, a incompreensão dos princípios espíritas, que revivem na atualidade os ensinos do Cristo e da era apostólica. Para o intolerante, só os de sua religião estão com a verdade e, portanto, merecem exclusiva atenção divina.
No Espiritismo, impera uma visão universalista e progressista, porque jamais se proclamou o detentor exclusivo da verdade. “As descobertas da ciência glorificam Deus, em lugar de rebaixar; elas não destroem senão o que os homens edificaram sobre ideias falsas que eles fizeram de Deus”. (A Gênese / Allan Kardec – Cap. 1 – Item 55)
A essência da espiritualidade é a conexão que se faz com as divinas potencialidades que existem em nossas profundezas. Cada um de nós é uma “sintetização individualizada” das forças criativas do Cosmos, quer acreditemos ou não.
É compreensível nossa dúvida ou indignação diante dos processos da Natureza que ainda ignoramos. Por exemplo: se fosse possível contarmos a uma semente de laranja que nela existe a própria laranjeira, talvez ela duvidasse ou não aceitasse.
Quanto mais ampliarmos a consciência do que somos, maior será a nossa espiritualização. A percepção da realidade de uma criatura tem a dimensão exata da sua própria consciência; nem mais, nem menos.
Nem sempre temos a exata noção da “sinfonia da vida”, da qual participamos. Ela é muito maior do que podemos imaginar, e precisamos contribuir com nosso acorde para que a melodia se complete.
A sintonia e homogeneidade dos membros de um grupo de trabalho cristão acontecem, efetivamente, só quando eles percebem a interconexão da própria individualidade com tudo no universo.
Livro: A Imensidão dos Sentidos
Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto- pag. 35.

Palavras e atitudes

 “... Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus: mas somente entrará aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus...” (Evangelho Seg. o Espiritismo – Allan Kardec, Capítulo 18, item 6)
Os bons dicionários definem comunicação como ato ou efeito de transmitir e receber mensagens e que envolve duas ou mais pessoas. É o processo de permutar conceitos, gestos, ideais ou conhecimentos, falando, escrevendo ou através do simbolismo dos sinais e expressões.
Enquanto a conversação entre dois indivíduos tem um caráter mais restrito de comunicação, as atitudes que acompanham os diálogos têm um poder de comunicação mais amplo, eloqüente e determinante.
O mecanismo que envolve a comunicação divide-se em três propriedades básicas dos seres humanos e se torna possível porque usamos nossa “percepção” ou “sensibilidade” para captar as informações; depois avaliamos para poder interpretar e compreender a mensagem; e, finalmente, “expressamo-nos” com palavras ou atitudes, baseadas nas reações emocionais provocadas pela maneira como integramos aquela mesma mensagem.
As circunstâncias existenciais de nossa vida de relação são o resultado direto de nossas atitudes interiores. Precisamos prestar atenção nos conteúdos de informação que recebemos, não somente pelas mensagens diretas, mas também por aquelas que absorvemos entre conteúdos simbólicos, inconscientes e subentendidos, na chamada comunicação “além da
comunicação” convencional.
Jesus Cristo considerou a importância da palavra aliada ao crer, quando disse: “não afeteis orar muito em vossas preces, como fazem os gentios, que pensam ser pela multidão de palavras que serão atendidos”. (Jesus / Mateus 6:7.)
O Mestre disse que não seria pela “multidão de palavras” que nossas súplicas seriam atendidas, mas que os sentimentos silenciosos seriam fatores essenciais, ou seja, a sinceridade provida de vontade firme, intensidade e determinação, unidas pela “convicção”, seriam conseqüentemente a forma ideal para os nossos pedidos e apelos à Divindade.
O simples pedido labial não tem a mesma potência do pedido estruturado em pensamentos concretos e firmes atitudes interiores.
Dizer por dizer “Senhor! Senhor!” não nos dará permissão para ingressar no Reino dos Céus, “mas somente entrarão aqueles que fazem a vontade de meu Pai”, quer dizer, os que usam o desejo e o empenho como alavancas propulsoras em suas palavras e solicitações.
Os estudiosos do comportamento dizem que todos nós, desde a infância, recebemos através da comunicação um maior ou menor desenvolvimento psicoemocional.
Afirmam que as informações recebidas através dos órgãos da linguagem - essencialmente dentro de casa, dos pais e irmãos, ou fora da família, dos tios, primos, avós ou amigos - agem sobre nós proporcionando recursos valiosos e determinantes sobre nosso modo de pensar, e atraem pessoas e coisas ao nosso redor. Certas informações, porém, captadas pelas crianças e adolescentes, explicam esses mesmos estudiosos, são transmitidas através da comunicação não-verbal: expressões corporais, mímicas, trejeitos do rosto, tonalidades, suspiros, lágrimas, gestos de contrariedade ou movimento das mãos. O comportamento, as expressões carinhosas e os monólogos da mãe com o feto na vida intra-uterina são comunicações superinfluenciadoras na estrutura emocional e espiritual das crianças em formação.
Todos nós recebemos e transmitimos mensagens articuladas constantemente, retendo ou não essas mesmas informações. Realizamos somas ou subtrações mentais com palavras e atitudes vivenciadas hoje e com outras recebidas ontem, para chegarmos a novos conceitos e conclusões da realidade.
Reconstituímos ocorrências passadas, antevemos fatos futuros, iniciamos e alteramos processos fisiológicos na intimidade de nosso organismo com nossas afirmações verbais negativas e positivas. Assim, compreendemos que a palavra tem uma importância inegável: ela cria vínculos de natureza mental, emocional e psicológica, altera o intercâmbio psíquico-espiritual e atua na formação de nossa personalidade, por meio da interação palavras/ atitudes.
Em síntese, o poder da palavra em nossa vida é fundamental, e, se observarmos a reação de nossas afirmações e atos, descobriremos que eles não retornarão jamais vazios, mas repletos do material emitido.
Segundo o apóstolo Mateus, “por nossas palavras seremos justificados, e por nossas palavras seremos condenados”, (Jesus / Mateus 12:37.), pois diálogos são pensamentos que se sonorizam e criam campos de energia condensada dentro e fora de nós.
Reformulemos, se for o caso, as comunicações ou atitudes que recebemos na infância. Se porventura foram de severidade e rispidez, se nos menosprezaram com mensagens negativas constantes, repetitivas e depreciativas, poderão ser elas a razão de nossos sentimentos de inferioridade, rejeição e agressividade compulsórias.
Não diga “que dia horrível!” porque simplesmente está chovendo. A dramaticidade é um dos fatores traumáticos de nossa existência, pois muitas dessas expressões despretensiosas, repetidas muitas vezes, podem-nos conduzir a verdadeiros turbilhões vivenciais.
Nossas palavras são filamentos sonoros revestidos de nossos sentimentos, e nossas atitudes são o resultado de expressões assimiladas e determinadas pelo nosso comportamento mental.
Livro: Renovando Atitudes
Hammed / Francisco do Espirito Santo Neto

sábado, 27 de outubro de 2012

Crítica - 2 Hammed

O crítico, por vigiar e espreitar sem interrupção os problemas alheios, permanece inconsciente e imobilizado em relação à própria aprendizagem evolucional.
Os dicionários definem crítica como sendo um exame detalhado que visa a salientar as qualidades ou os defeitos do objeto a ser julgado. É comum encontramos alguém criticando o trabalho de outro sem tê-lo vivenciado pessoalmente, isto é, desaprovando o que nem sequer tentou fazer. Tudo isso faz parte da incoerência humana.
A crítica nociva é característica de indivíduos que não realizam nada de importante, não enfrentam desafios nem se arriscam a mudanças. Ficam sentados, observando o que as pessoas dizem, fazem e pensam para, depois, filosofar improdutivamente sobre as realizações alheias, usando suas elucubrações dissociadas do equilíbrio. As discordâncias são perfeitamente saudáveis e normais, desde que estejam fundamentadas em fatos concretos e não nos vapores das suposições ou das projeções da consciência.
Há quem diga que a crítica é profissionalizada, por ser um meio fácil e rentável para destacar os incapazes e inabilidosos, tomando-os pessoas importantes e formidáveis. Porém, não por muito tempo.
Os verdadeiros realizadores deste mundo não têm tempo para censuras e condenações, pois estão sempre muito ocupados na concretização de suas tarefas. Ajudam os fracos e inexperientes, ensinando os que não são talentosos, em vez de maldizê-los.
A crítica pode ser construtiva e útil. Cada um de nós pode, livremente, optar entre o papel de ironizar e o de realizar.
A crítica pode ser empregada como forma de inocentar-nos da responsabilidade de nossa própria ineficiência e de atribuir nossas frustrações e fracassos aos que, realmente, são criativos e originais.
Em verdade, para se viver com equilíbrio mental, emocional e social, é necessário, acima de tudo, respeitar os direitos dos outros, assim como queremos que os nossos sejam respeitados.
De acordo com o pensamento da Espiritualidade Maior:
“Da necessidade que o homem tem de viver em sociedade, nascem-lhe obrigações especiais (...) a primeira de todas é a de respeitar os direitos de seus semelhantes (...) Em o vosso mundo, porque a maioria dos homens não pratica a lei de justiça, cada um usa de represálias. Essa a causa da perturbação e da confusão em que vivem as sociedades humanas. (Questão 877 – Livro dos Espíritos / Allan Kardec).
As “represálias” evidenciadas nesta questão podem ser consideradas como as desforras ou as vinganças que, comumente, os indivíduos fazem através de críticas, injúrias, sátiras e depreciações. Nesse tema, é oportuno ressalvar que, em muitas ocasiões, em decorrência das emoções patológicas, é perfeitamente possível pessoas sentirem-se humilhadas, vendo atitudes de arrogância e insulto onde não existem.
No mundo interior dos críticos implacáveis, pode existir uma intimidação, originalmente adquirida na infância, em virtude da autoridade e ameaça dos pais. Vozes do passado eco em suas mentes, solicitando, insistentemente, que sejam “pontuais e infalíveis”, “exatos e bem informados”, “super-responsáveis e controlados”.
As exigências do pretérito criaram-lhes um padrão de comportamento mental, caracterizado por constante cobrança e acusação, fazendo com que projetem tudo isso sobre os outros. O medo de cometerem erros e o fato de desconfiarem de si mesmos, conferem-lhes uma existência ambivalente.  Vivem, ao mesmo tempo, entre a sensação de perseguição e a de superioridade. Além do mais, quem critica imagina-se sensacional e em vantagem.
Desesperadamente, observam e desconfiam de si mesmos. Exteriorizam e transferem toda essa sensação de auto-acusação, condenando os outros. Essa operação emocional funciona como uma válvula de escape, a fim de compensar a autoperseguição e aplacar as cobranças convulsivas do seu mundo interior.
Os críticos são especialistas em detectar e resolver os problemas que não lhes dizem respeito, mas, contrariamente, possuem uma grave dificuldade em aceitar a sua própria problemática existencial.
A Lei Divina nos dá o livre-arbítrio para escolhermos e concretizarmos nosso programa de aprendizagem, ou seja, livre opção para elegermos o caminho a ser percorrido, para expandirmos nossa consciência. O plano de instrução nos oferecerá duas possibilidades básicas, a saber: a aprendizagem consciente e a inconsciente.
A aprendizagem consciente é aquela em que estamos prontos para agir e resolver as coisas, mediante uma assimilação atuante ou uma participação voluntária.
A aprendizagem inconsciente é a que entrará em vigor, automaticamente, quando desprezamos, conscientemente, a resolução e compreensão do nosso roteiro de instrução. Em resumo: o sofrimento sempre entra em ação, quando não aprendemos espontaneamente.
O crítico, por vigiar e espreitar sem interrupção os problemas alheios, permanece inconsciente e imobilizado em relação à própria aprendizagem evolucional; portanto, sua possibilidade de integralizar novos conceitos e experiências é quase nula. Quanto mais ele projeta a culpa e a acusação ao mundo exterior, recusando cumprir sua aprendizagem conscientemente, mais sofrerá com os reflexos de suas atitudes.
Jesus Cristo, conhecendo os traços de caráter da humanidade terrena em evolução, advertiu-os: “Ouvi-me, vós todos, e compreendei. Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele, isso é que contamina o homem.” (Jesus / Marcos 7:.4 e 15).
A tendência em julgar e criticar os outros, com intenção maldosa, recebe a denominação de malícia; em outras palavras, o indivíduo nessas condições vê os outros com os olhos da “própria maldade”.
Livro: As dores da Alma
Hammed / Francisco do Espirito Santo Neto
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Questão 877 – Da necessidade que o homem tem de viver em sociedade, nascem-lhe obrigações especiais?
Resposta:  Certo e a primeira de todas é a de respeitar os direitos de seus semelhantes. Aquele que respeitar esses direitos procederá sempre com justiça. Em o vosso mundo, porque a maioria dos homens não pratica a lei de justiça, cada um usa de represálias. Essa a causa da perturbação e da confusão em que vivem as sociedades humanas. A vida social outorga direitos e impõe deveres recíprocos.

Critica - 1 Hammed

Carmas são estruturados não somente sobre nossos feitos e atitudes, mas também sobre nossas sentenças e juízos, críticas e opiniões.
No Evangelho de Lucas, capítulo VI, versículo 42, o Mestre propõe: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás bem para tirar o argueiro que está no olho do teu irmão.”
Por projeção psicológica entende-se a atitude de perceber nos outros, com certa facilidade, nossos conflitos e dificuldades, com recusa, no entanto, de vê-los em nós mesmos.
Dependendo do grau de distorção que fazemos dos fatos, para atender a nossas teorias e irrealidades, é que se inicia em nossa intimidade o processo da paranóia. Os paranóicos possuem uma característica peculiar: relacionam qualquer acontecimento do mundo consigo mesmos, ou,melhor dizendo, desvirtuam a realidade dos fatos, trazendo para o nível pessoal tudo o que ocorre em sua volta.
Quanto mais conscientizada for a criatura, tanto mais entende a ordem das coisas e mais as questionará em seu simbolismo. Estar perfeitamente harmonizado e centrado em tudo o que existe é o requisito primordial para atingirmos a plenitude da vida.
Tudo o que criticarmos, veementemente, no exterior encontraremos em nossa intimidade. Isso nos leva a entender que o ambiente em que vivemos é, em verdade, um espelho onde nos vemos exata e realmente como somos.
Se, na exterioridade, algo de inoportuno estiver ocorrendo conosco ou chamando muito a nossa atenção, é justamente porque ainda não estamos em total harmonia na interioridade. Significa que devemos analisar melhor e estudar ainda mais a área correspondente ao nosso mundo íntimo.
Vejamos o que dizem os Embaixadores do Bem sobre quem analisa os defeitos alheios:
“Incorrerá em grande culpa, se o fizer para os criticar e divulgar porque será faltar com a caridade. Se o fizer para tirar daí proveito, para evitá-los, tal estudo poderá ser-lhe de alguma utilidade...” (questão - 903 / Livro dos Espíritos-Allan Kardec).
Todas as maldades e eventos desagradáveis que visualizamos fora são somente mensageiros ou intermediários que tomam consciente a nossa parte inconsciente. Tudo o que, realmente, estamos vivenciando no presente é tudo aquilo que estamos precisando neste momento.
Lemos a respeito de um assunto e logo atraímos criaturas que também se interessam pelo mesmo tema. Impressionamo-nos com um artigo de revista e, logo em seguida, sem nunca comentar esse fato com ninguém, aparecem pessoas nos presenteando com livros que abrangem essa matéria.
Esse encadeamento de fatos ou “elos do acaso” tem sua razão de ser, pois se baseia na lei das atrações ou das afinidades. Portanto, todo conhecimento, informação, acontecimento ou aproximação de que verdadeiramente precisamos, por certo, vivenciaremos.
“... Antes de censurardes as imperfeições dos outros, vede se de vós não poderão dizer o mesmo...” (questão - 903 / Livro dos Espíritos-Allan Kardec).
Nossas afirmações diante da vida retomarão sempre de maneira inequívoca. Carmas são estruturados não somente sobre nossos feitos e atitudes, mas também sobre nossas sentenças e juízos, críticas e opiniões.
Os efeitos sonoros do eco são reflexões de ondas que incidem sobre um obstáculo e retomam ao ponto de origem. Analogamente, poderemos entender o mecanismo espiritual de funcionamento da lei de ação e reação em nossas existências. Atos ou palavras, repetidas sucessivamente, voltarão ecoando sobre nós mesmos; são “veredictos” resultantes de nossas apreciações e estimativas vivenciais.
Todas as nossas suspeitas sistemáticas têm raízes na falta de confiança em nós mesmos, e não nos outros. Por isso:
— se criticamos o comportamento sexual alheio, podemos estar vivendo enormes conflitos afetivos dentro do próprio lar.
— se tememos a desconsideração, é possível termos desconsiderado alguma coisa muito significativa dentro de nossa intimidade;
— se desconfiamos de que as pessoas querem nos controlar, provavelmente não estamos na posse do comando de nossa  vida interior;
— se condenamos a hipocrisia dos outros, talvez não estejamos sendo leais com nossas próprias vocações e ideais;
Projetar nossas mazelas e infortúnios sobre alguma coisa ou pessoa não resolve a nossa problemática existencial. Somente quando reconhecermos nossas “traves” — dispositivos interiores que limitam nossa marcha evolutiva — é que poderemos ver com lucidez que, realmente, são elas as verdadeiras fontes de infelicidade, que nos distanciam da paz e da harmonia que tanto buscamos.
  Livro: As Dores da Alma.
                        Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Questão 903 – Incorre em culpa o homem, por estudar os defeitos alheios?
     “Incorrerá em grande culpa, se o fizer para os criticar e divulgar; porque será faltar com a caridade. Se o fizer; para tirar daí proveito, para evitá-los, tal estudo poderá ser-lhe de alguma utilidade. Importa, porém, não esquecer que a indulgência para com os defeitos de outrem é uma das virtudes contidas na caridade. Antes de censurardes assim perfeições dos outros, vede se de vós não poderão dizer o mesmo. Tratai, pois, de possuir as qualidades opostas aos defeitos que criticais no vosso semelhante. Esse o meio de vos tornardes superiores a ele. Se lhe censurais o ser avaro,sede generosos; se o ser orgulhoso, sede humildes e modestos; se o ser áspero, sede brandos; se o proceder com pequenez, sede grandes em todas as vossas ações. Numa palavra, fazei por maneira que se não vos possam aplicar estas palavras de Jesus: “Vê o argueiro no olho do seu vizinho e não vê a trave no seu próprio.”
              

Esmola

“Dai antes esmola do que tiverdes.” – Jesus / Lucas, 11:41.
A palavra do Senhor está sempre estruturada em luminosa beleza que não podemos perder de vista.
No capítulo da esmola, a recomendação do Mestre, dentro da narrativa de Lucas, merece apontamentos especiais.
“Dai antes esmola do que tiverdes.”
Dar o que temos é diferente de dar o que detemos.
A caridade é sublime em todos os aspectos sob os quais se nos revele e em circunstância alguma devemos esquecer a abnegação admirável daqueles que distribuem pão e agasalho, remédio e socorro para o corpo, aprendendo a solidariedade e ensinando-a.
É justo, porém, salientar que a fortuna ou a autoridade são bens que detemos provisoriamente na marcha comum e que, nos fundamentos substanciais da vida, não nos pertencem.
O Dono de todo o poder e de toda a riqueza no Universo é Deus, nosso Criador e Pai, que empresta recursos aos homens, segundo os méritos ou as necessidades de cada um.
Não olvidemos, assim, as doações de nossa esfera íntima e perguntemos a nós mesmos:
Que temos de nós próprios para dar?
Que espécie de emoção estamos comunicando aos outros?
Que reações provocamos no próximo?
Que distribuímos com os nossos companheiros de luta diária?
Qual é o estoque de nossos sentimentos?
Que tipo de vibrações espalhamos?
Para difundir a bondade, ninguém precisa cultivar riso estridente ou sorrisos baratos, mas para não darmos pedras de indife-rença aos corações famintos de pão da fraternidade é indispensável amealhar em nosso espírito as reservas da boa compreensão, emitindo o tesouro de amizade e entendimento que o Mestre nos confiou em serviço ao bem de quantos nos rodeiam, perto ou longe.
É sempre reduzida a caridade que alimenta o estômago, mas que não esquece a ofensa, que não se dispõe a servir diretamente ou que não acende luz para a ignorância.
O aviso do Instrutor Divino nas anotações de Lucas significa: – dai esmola de vossa vida íntima, ajudai por vós mesmos, espalhai alegria e bom ânimo, oportunidade de crescimento e elevação com os vossos semelhantes, sede irmãos dedicados ao próximo, porque, em verdade, o amor que se irradia em bênçãos de felicidade e trabalho, paz e confiança, é sempre a dádiva
maior de todas.
                Livro: Fonte Viva - 60
                Emmanuel / Chico Xavier.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Escola


Escola

A terra que te acolhe
É uma escola de Deus.

O grupo em que nasceste
É o núcleo de lições.

O parente difícil
É matéria de ensino.

Desgostos são problemas
E as provações são aulas.

As mudanças e as crises
São épocas de exame.

Ama, trabalha, serve
E aprenderás com Deus.

   Emmanuel / Chico Xavier
Do livro: BUSCA E ACHARÁS

FORTALEZA

       “Se te mostras fraco no dia da angústia a tua força é pequena”. Pv 24 v 10
Como podes saber se verdadeiramente és forte, sem as comprovações usuais do dia a dia?
Já testastes a tua fortaleza na presença da angústia.
Não! pois faça isso. Nunca deixes a tua tristeza atingir os outros. Pelo menos, esforça-te para substituí-la pela alegria, através do trabalho.
Caso ainda não consigas, continua tentando.
Já te sentiste magoado, alguma vez?
Certamente que sim!...
Pois bem: quanto mais tempo permaneceres nesse estado, mais distante ficarás da liberdade, e menos possibilidade de te tornares livre.
Comprova a tua fortaleza, não permitindo que a ofensa te perturbe, que a maldade te escravize ao ofensor, que a calúnia te torture o coração, que as dificuldades te separem da alegria, e que o trabalho te seja uma provação.
Não fiques com as mãos nos bolsos, quando elas poderão aumentar a tua fortaleza.
Toda inquietação é oriunda da dúvida, e toda dúvida causa aflições.
Sê forte em Cristo, e trabalha muito dentro de ti, não para fugir da vida de fora, mas para te alegrares com todos os ambientes de Deus.
Podes testar o que és, todos os dias, para sentires o que precisas de ser no amanhã... E quando encontrares em ti alguma fraqueza, não queiras te disciplinar apontando defeitos alheios. Cada qual deve cuidar das próprias necessidades.
A fortaleza da Alma vem de dentro, é certo, mas se firma por fora. Engrandece-te no íntimo, mostrando essa grandeza no exterior.
Não deves esmorecer-te, porque não atingiste o equilíbrio das tuas emoções. Continua educando-te, em todos os momentos possíveis, que Espíritos, de comprovada elevação espiritual, estão ajudando, a todos, a vencerem os conflitos que nascem e que entram em nós.
Quem pára, morre, e quem morre está parado em se comparando com o esticado processo evolutivo das Almas.
Convidamos a todos a observarem que não estamos exigindo esforços impossíveis de ninguém, nem vivendo somente de teorias. Somos também carentes do que falamos. É somente um convite simples a todos os companheiros de jornada, para darmos as mãos em nome de Jesus e tentarmos, com todas as nossas forças, viver os conceitos do Mestre.
Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS MÃOS

Progredir

Vês em ti novos tempos?
Para que novos tempos de paz, alegria e prosperidade vinguem, trabalha contigo mesmo, usa boas idéias, para defeitos e corrige erros.
Faze nascer o sol interior.
O exterior – que tu vês, segues, e sobre o qual ages – nada mais é do que reflexo do teu interior, pois, como pensas assim ele é.
Usa o poder que tens.
Agora é o momento de fazer os projetos de elevação, prosperidade e paz maior. É a hora de olhar para dentro e enxergar ali uma luz, uma força e vigorosas condições de progresso.
Para se embelezar as árvores trocam de folhas, e as pessoas de Idéias.
            Livro: Ânimo.
            Lourival Lopes.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

LIBERDADE

 “A mão diligente dominará, mas a remissa será sujeita a trabalhos forçados.” Pv 12 v 24.
As mãos que destroem, por maldade, estão comprometendo seu próprio destino e criando embaraços para os seus movimentos. São mãos sujas, que a água do mundo não consegue limpar.
As mãos diligentes são força de Deus, na lavoura do Cristo. São livres, pela sua própria natureza. Brilham como as estrelas, no Universo a que pertencem, e são portadoras daquela paz que o mundo não pode dar.
As mãos incendiárias perdem as suas formas, pelo vírus do ódio, e passam a ser garras, de natureza inferior, fazendo queimar os outros, queimando a si mesmas, em dimensão idêntica. As consciências que as comandam ainda dormem por lhes faltar as bênçãos do amor.
As mãos que ajudam são livres, pela alegria que dão, e são muito mais livres pela extensão, sem limites, da sua fraternidade.
Elas são como que canais de energias da vida, para as vidas, porque garantem a paz.
As mãos imprudentes estão sujeitas aos trabalhos forçados. Prendem-se pela ignorância que as move.
As mãos que abençoam vivem na luz que ofertam.
Liberdade é um ambiente que nasce de todas as diferenciações do bem.
Tornar-se livre é ser consciente do bem, jamais se esquecendo da vivência do amor.
Liberdade é alegria, liberdade é tolerância, é fidelidade aos deveres.
Se tens liberdade no movimento das mãos, não deves te esquecer do que podes fazer com elas.
A árvore está presa, porque ainda não sabe mover-se. O mesmo já não acontece com o animal e com o homem, que já ampliaram os seus limites.
Aprende o mover-te no bem, que alarga fronteiras. Ninguém pode acomodar-se no cativeiro.
Move as tuas mãos em direção do bem da sociedade em que vives, sem pensar em troca de qualquer natureza, para que a tua mente não fique presa nas sombras da indiferença. E, amando os semelhantes, estarás dando o grito de liberdade para todo o teu corpo, e para ti mesmo, senão para o mundo inteiro.
Liberdade, com responsabilidade, é aliança dos sentimentos com a razão.
Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS MÃOS

Sonâmbulos

Sonâmbulos sublimes, temo-los no mundo honorificados no Cristianismo, por terem testemunhado, valorosos, a evidência do Plano Espiritual.
E muitos dos mais eminentes sofrem os efeitos de suas atividades psíquicas na própria constituição fisiológica, tolerando, muitas vezes, os tremendos embates das forças superiores, que glorificam a luz, com as forças inferiores que se enquistam nas
trevas.
Paulo de Tarso, o apóstolo intrépido, após o comentário de suas próprias visões, fora do corpo denso, exclama na segunda carta aos coríntios: – “E para que me não exaltasse pelas excelências recebidas, foi-me concedido um espinho na carne...”
Antão, o venerado eremita do vilarejo de Coma, no Egito, intensivamente assaltado por Espíritos obsessores, e em estado cataléptico, é tido como morto, despertando, porém, entre aqueles que lhe velavam o suposto cadáver.
Francisco de Assis, o herói da humildade, ouve, prostrado de febre, em Spoleto, as vozes que lhe recomendam retorno à terra natal, para o cumprimento de sua missão divina.
Antônio de Pádua, o admirável franciscano, por várias vezes entra em sono letárgico, afastando-se do corpo para misteres santificantes.
Teresa de Ávila, a insigne doutora da literatura religiosa na Espanha, permanece em regime de parada cardíaca, por quatro dias consecutivos, acordando subitamente, entre círios acesos, quando já se lhe preparava conveniente sepulcro, no convento da Encarnação.
Medianeiros excelsos foram todos eles, pelas revelações que trouxeram do Plano Divino ao acanhado círculo humano.
Entretanto, fora do hagiológio conhecido, encontramos uma infinidade de sonâmbulos outros, em todas as épocas.
Sonâmbulos de inteligência enobrecida e sonâmbulos enfermos na atividade mental.
Sabe-se que Maomé recebia mensagens do Além, no intervalo de convulsões epileptóides.
Dante, apesar do monoideísmo político, registra impressões hauridas por ele mesmo, fora dos sentidos normais.
Através de profundas crises letárgicas, Auguste Comte escreve a sua Filosofia Positiva.
Frederica Hauff, na Alemanha, em princípios do século 19, doente e acamada, entra em contacto com a Esfera Espiritual.
Guy de Maupassant, em França, vê-se obsidiado pelas entidades desencarnadas que lhe inspiram os contos notáveis, habitualmente grafados por ele em transe.
Van Gogh, torturado, pinta, sob influências estranhas, padecendo acessos de loucura.
E além desses sensitivos, categorizados nas classes a que nos reportamos, surpreendemos atualmente os sonâmbulos do sarcasmo, que se valem de assunto tão grave, qual seja o sonambulismo magnético, para motivo de hilaridade, em diversões públicas, com evidente desrespeito à dignidade humana.
Todavia, igualmente hoje, com a bênção do Cristo, vemos a Ciência estudando a hipnose para aplicá-la no vasto mundo patológico em que lhe cabe operar, e a Doutrina Espírita a reviver o Evangelho, disciplinando e amparando os fenômenos da alma, no campo complexo da mediunidade, de modo a orientar a consciência dos homens no caminho da Nova Luz.
Livro: Religião dos Espíritos – 55
Emmanuel / Chico Xavier.

Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
QUESTÃO 425 - Sonambulismo
425. O sonambulismo natural tem alguma relação com os sonhos? Como explicá-lo?
Resposta: É um estado de independência do Espírito, mais completo do que no sonho, estado em que maior amplitude adquirem suas faculdades. A alma tem então percepções de que não dispõe no sonho, que é um estado de sonambulismo imperfeito.
“No sonambulismo, o Espírito está na posse plena de si mesmo. Os órgãos materiais, achando-se de certa forma em estado de catalepsia, deixam de receber as impressões exteriores. Esse estado se apresenta principalmente durante o sono, ocasião em que o Espírito pode abandonar provisoriamente o corpo, por se encontrar este gozando do repouso indispensável à matéria. Quando se produzem os fatos do sonambulismo, é que o Espírito, preocupado com uma coisa ou outra, se aplica a uma ação qualquer, para cuja prática necessita de utilizar-se do corpo. Serve-se então deste, como se serve de uma mesa ou de outro objeto material no fenômeno das manifestações físicas, ou mesmo como se utiliza da mão do médium nas comunicações escritas. Nos sonhos de que se tem consciência, os órgãos, inclusive os da memória, começam a despertar. Recebem imperfeitamente as impressões produzidas por objetos ou causas externas e as comunicam ao Espírito, que, então, também em repouso, só experimenta, do que lhe é transmitido, sensações confusas e, amiúde, desordenadas, sem nenhuma aparente razão de ser, mescladas que se apresentam de vagas recordações, quer da existência atual, quer de anteriores. Facilmente, portanto, se compreende por que os sonâmbulos nenhuma lembrança guardam do que se passou enquanto estiveram no estado sonambúlico e por que os sonhos não têm sentido. Digo - as mais das vezes, porque também sucede serem a conseqüência de lembrança exata de acontecimentos de uma vida anterior e até, não raro, uma espécie de intuição do futuro.