domingo, 31 de maio de 2015

A Vida e a Luz – Miramez

58 - Os  mundos  mais  afastados  do Sol estarão privados  de  luz e  calor, por motivo de  esse  astro se lhes mostrar apenas com a  aparência de  uma  estrela?
Pensais então que não há outras fontes de luz e calor além do Sol e em nenhuma conta tendes a eletricidade que, em certos mundos, desempenha um papel que desconheceis e bem mais importante do que o que lhe cabe  desempenhar na Terra?
Demais,  não dissemos que todos os seres são  feitos  de igual matéria que vós  outros  e com órgãos  de conformação  idêntica à dos vossos. - O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec.
O sol não é a única fonte de luz do universo. Até as crianças deste século  conhecem esta realidade. As primeiras lições de astronomia nos ensinam essa verdade, mostrando­nos a classificação das estrelas. Os sóis são inumeráveis na extensão infinita da criação. Se o nosso sol é uma estrela de quinta grandeza, e as classificadas na quarta, terceira, segunda e primeira? Sem estar ao par da quantidade dos sóis, mas, para dar uma ideia, são do nosso conhecimento bilhões deles, alguns iguais ao nosso e outros em melhores condições, onde se concentram energia, dando  e alimentando vida em todas as direções do cosmo.
Ninguém é privado das bênçãos de Deus. Todos nós recebemos o  que necessitamos para viver. É de raciocínio comum que não podemos dizer que onde não há calor não existe vida, que onde falta a luz visível, escapa a inteligência. Os recursos da Divindade são inumeráveis, os Espíritos tomam corpos diferentes nos diferentes mundos em que habitam. Há almas que pouco dependem do exterior; elas vivem na própria luz que as circunda. O ambiente que conheces na Terra ainda se apresenta muito grosseiro diante de mundos venturosos, onde espíritos de alta hierarquia estão estagiando, bem como existem planetas inferiores em comparação  com o teu, em que os seres, se podemos dizer, humanos, estão desabrochando os primeiros traços da razão, e a sua inferioridade na escala de ascensão requer um mundo de constituição pesada, de ar, alimentos, água e tudo o mais, nas mesmas condições.
Deus fez de tudo com abundância, dependendo das inteligências procurarem ser obedientes às Suas leis. Cada globo se apresenta na escala dos planetas com diferenças inumeráveis, no tempo e no espaço, por motivos diversos, e essas diferenças é que tornam o universo em harmonia e beleza indescritíveis. É o  cinetismo divino que faz gerar e despertar os valores da vida. É certo que existem muitos segredos a desvendar, e sempre vão existir, pois eles nos dão esperança e nos fazem trabalhar, buscando a própria vida na sua plenitude.
A vida não depende da luz do modo que pensas; a luz é que depende da vida que a sustenta e dá a expressão no universo.
Nunca podemos dizer que somente existe vida onde houver condições iguais às da Terra; nunca poderemos dizer que todas as formas físicas dependem de carbono, ar, água e outros elementos indispensáveis ao corpo na Terra. Isso seria diminuir a sabedoria de Deus que, assim como fez o clima da Terra, para viverem nele o homem, o vegetal e os animais, poderia fazer mundos diferentes para viverem neles outras raças com corpos compatíveis com o ambiente. E essa é que é a verdade. Não penses que o homem é o rei da criação: todos são irmãos, na irmandade divina do tempo, porque tudo que existe saiu  das mãos generosas do  Criador.
O teu  sol, em comparação com a grandeza de outros que brilham no  infinito, não existe. É uma simples luz bruxuleando no universo, como que riscada por um fósforo. E tudo vem de Deus, que ora chamamos a Grande Luz, por não  compreendermos, nem conhecermos outra expressão que Lhe possa retratar  a grandeza. A vida e a sabedoria são muito engenhosas, e cabe a nós buscar seus valores permanentes. Podemos dizer a todos que nos seguem pela leitura, que as próprias trevas são luzes que dormem, porque o Senhor vibra em tudo, e é tudo que vive.
Livro: Filosofia Espírita Vol. II
Miramez / João Nunes Maia.

CONVERSAR - Emmanuel

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem.” — Paulo. (EFÉSIOS, capítulo 4, versículo 29.)
O gosto de conversar retamente e as palestras edificantes caracterizam as relações de legítimo amor fraternal.
As almas que se compreendem, nesse ou naquele setor da atividade comum, estimam as conversações afetuosas e sábias, como escrínios vivos de Deus, que permutam, entre si, os valores mais preciosos.
A palavra precede todos os movimentos nobres da vida. Tece os ideais do amor, estimula a parte divina, desdobra a civilização, organiza famílias e povos.
Jesus legou o Evangelho ao mundo, conversando. E quantos atingem mais elevado plano de manifestação, prezam a palestra amorosa e esclarecedora.
Pela perda do gosto de conversar com alguém, pode o homem avaliar se está caindo ou se o amigo estaciona em desvios inesperados.
Todavia, além dos que se conservam em posição de superioridade, existem aqueles que desfiguram o dom sagrado do verbo, compelindo-o às maiores torpezas. São os amantes do ridículo, da zombaria, dos falsos costumes. A palavra, porém, é dádiva tão santa que, ainda aí, revela aos ouvintes corretos a qualidade do espírito que a insulta e desfigura, colocando-o, imediatamente, no baixo lugar que lhe compete nos quadros da vida.
Conversar é possibilidade sublime. Não relaxes, pois, essa concessão do Altíssimo, porque pela tua conversação serás conhecido.
Livro: Caminho, Verdade e Vida.
Emmanuel / Chico Xavier.

sábado, 30 de maio de 2015

QUERER – Joanna de Ângelis.

Que se quer, para que e por que se quer – são indagações que merecem destaque na pauta das aspirações humanas.
Todos os homens sempre querem algo na vida. Raros, porém, dispõem-se a consegui-lo, dedicando-se com esforços e renúncias.
Todos almejam felicidade. No entanto, esse querer é um pálido aspirar sem base no sacrifício. Ademais, confundem felicidade com posse e gozo e se afadigam nas paixões em que sucumbem.
Querer deve revestir-se de forte interesse do espírito. Saber querer vem de ponderação amadurecida, após a seleção dos desejos imediatos.
Porfiar no querer, não desanimando ante as dificuldades ou aparentes insucessos, é o primeiro passo para a aquisição real.
Querer sem egoísmo faculta conquista útil a todos. Querer o bem, para repartir a alegria de viver – eis a diretriz correta.
Seja teu querer mais que um simples desejo.
Associa vontade e esforço e diligencia obter o que queiras de superior na vida, sem exorbitar, para te submeteres à divina diretriz, sem queixas.      
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco
Livro: Oferenda

La gvidilo de lumo kaj amo /

La gvidilo de lumo kaj amo
Sed ni revenu al niaj celoj, devante rekoni la Evangeliojn, kiel ian mirindan kaj dian lumon, kiun la senĉesa fluado de la jarcentoj ĝis hodiaŭ nur povis pliintenisgi kaj rebriligi. Tiel estas, ĉar ili resumas ĉiujn verkojn de paco kaj vero por la homa vivo, konsistigante gvidilon de lumo kaj amo, per kiu ĉiuj animoj povas sin levi al la lumplenaj montoj da saĝeco el la ĉieloj.
Libro: Sur Vojo al la Lumo.
Emmanuel / Chico Xavier.
O ROTEIRO DE LUZ E DE AMOR
Mas, voltemos aos nossos propósitos, cumprindo-nos reconhecer nos Evangelhos uma luz maravilhosa e divina, que o escoar incessante dos séculos só tem podido avivar e reacender. É que eles guardam a súmula de todos os compêndios de paz e de verdade para a vida dos homens, constituindo o roteiro de luz e de amor, através do qual todas as almas podem ascender às luminosas montanhas da sabedoria dos Céus.
Livro: A Caminho da Luz.
Emmanuel / Chico Xavier.

VENDER A ALMA – Miramez.

0550/LE
Certamente que não podemos vender a alma, nem nos vender a ninguém. Esse não é o sentido real do assunto. Como podemos nos vender, se o Espírito que compra está destinado ao despertamento espiritual como todos os demais? As coisas espirituais não se compram, nem se vendem. Tudo pertence a Deus, que criou todas as coisas.
Somente o ignorante troca seus sentimentos por dinheiro. Se queres ter ouro em caixa, é bom e justo que trabalhes: "O trabalhador", diz o Evangelho, "é digno do seu salário". Quem vende o que não é seu, será marcado de modo a responder em outra vida pelas consequências nefandas do seu ato indigno.
Já foi citado em outra página o ensino de Jesus sobre isso, o qual podemos repetir: Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, que tudo o mais virá por acréscimo de misericórdia.
Querer tomar qualquer coisa que não é nossa, constitui infração, e respondemos por isso nas linhas das nossas vidas. Cumpre a todas as criaturas ascender para a luz com os próprios esforços. Lutar com meta definida é o nosso dever. Lutar não fora de nós, é a meta mais acertada na vida. Vejamos o que falou o apóstolo Paulo, referindo-se a este assunto:
Assim como também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. (l Coríntios, 9:26) Paulo, o apóstolo dos gentios, se referia às lutas internas, como era de seu costume, antes de encontrar o Cristo no caminho de Damasco. É a guerra que tanto dizemos, a guerra por dentro, as lutas com nós mesmos.
Todas as fábulas carregam em sua estrutura algo de verdade. A venda da alma deve ser o empenho que temos com o Pai, de conquistar a nós mesmos em todos os rumos da vida, nos comprar a nós mesmos pelo trabalho dedicado ao próximo, pela caridade e pelo amor sem distinção, empenhar a nossa vida no bem coletivo, ajuntar experiências no celeiro espiritual, onde não falte a força da fraternidade e da compreensão.
Alma alguma fica condenada à miséria moral. Ela é igual às outras. Ela cresce, despertando os valores que todas possuem. São atributos divinos colocados no imo de todas elas. O tempo tem o poder de acordá-los, e Jesus nos ensina como fazê-lo, para o grande despertamento da vida.
As ilusões do passado vão ficando para trás, e a verdade do porvir vem chegando aos nossos corações, valorizando toda a nossa vida, em se ligando à vida de Deus, cada vez mais presente em nossos sentimentos pelo amor.
As coisas dos céus não se vendem; elas pertencem ao Criador. Devemos, sim, entregar a nossa vida a Deus, de maneira que ela seja útil às suas companheiras, nos moldes que Ele desejar que seja.
Se queres granjear a assistência dos Espíritos puros, procura a pureza em tua vida, ou pelo menos esforça-te para tal. Todos os esforços no bem serão assistidos pela luz de Deus. Seus agentes estão espalhados por toda a criação, fazendo vigorar todas as Suas leis de Justiça e de Amor.
Deves romper com o mal, se por acaso te encontras ligado a ele. Abraça a verdade, que esse trabalho será abençoado pelos benfeitores da eternidade e serás vencedor, ganhando a ti mesmo.
Livro: Filosofia Espírita – Volume XI
Miramez / João Nunes Maia.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
550. Qual o sentido das lendas fantásticas em que figuram indivíduos que teriam vendido suas almas a Satanás para obterem certos favores?
Todas as fábulas encerram um ensinamento e um sentido moral. O vosso erro consiste em tomá-las ao pé da letra. Isso a que te referes é uma alegoria, que se pode explicar desta maneira: aquele que chama em seu auxílio os Espíritos, para deles obter riquezas, ou qualquer outro favor, rebela-se contra a Providência; renuncia à missão que recebeu e às provas que lhe cumpre suportar neste mundo. Sofrerá na vida futura as conseqüências desse ato. Não quer isto dizer que sua alma fique para sempre condenada à desgraça. Mas, desde que, em lugar de se desprender da matéria, nela cada vez se enterra mais, não terá, no mundo dos Espíritos, a satisfação de que haja gozado na Terra, até que tenha resgatado a sua falta, por meio de novas provas, talvez maiores e mais penosas. Coloca-se, por amor dos gozos materiais, na dependência dos Espíritos impuros.
Estabelece-se assim, tacitamente, entre estes e o delinqüente, um pacto que o leva à sua perda, mas que lhe será sempre fácil romper, se o quiser firmemente, granjeando a assistência dos bons Espíritos.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Deus não desampara – Emmanuel.

“E  dei­-lhe  tempo  para  que  se  arrependesse  da  sua  prostituição e não se arrependeu.” - Apocalipse, 2:21 
Se o Apocalipse está repleto de símbolos profundos, isso não  impede venhamos a examinar-­lhe as expressões, compatíveis com o nosso entendimento, extraindo as lições suscetíveis de ampliar-­nos o progresso espiritual.
O versículo mencionado proporciona uma idéia da longanimidade do Altíssimo, na consideração das falhas e defecções dos filhos transgressores.
Muita gente insiste pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem divina, entretanto, compete­-nos reconhecer  que os corações inclinados a semelhante interpretação ainda não conseguem analisar a essência sublime do amor  que apaga dívidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.
Se entre juízes terrestres existem providências fraternas, qual seja a da liberdade sob condição, seria o tribunal celeste constituído  por inteligências mais duras e inflexíveis?
A Casa do Pai é muito mais generosa que qualquer  figuração  de magnanimidade apresentada, até agora, no mundo, pelo pensamento religioso.
Em seus celeiros abundantes, há empréstimos e moratórias, concessões de tempo e recursos que a mais vigorosa imaginação humana jamais calculará.
O Altíssimo fornece dádivas a todos e, na atualidade, é aconselhável medite o homem terreno nos recursos que lhe foram concedidos pelo Céu, para arrependimento, buscando renovar­-se nos rumos do bem.
Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos auxílios do Todo­ Poderoso, que se manifestam através de mil modos diferentes; contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber.
Livro: Pão Nosso.
Emmanuel / Chico Xavier.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

PRONTO–SOCORRO - EMMANUEL.

Quem se refere a influência perniciosas é compelido a reconhecer os mais estranhos acidentes morais em toda parte, através da ingestão de corrosivos do pensamento.
Provindas de encarnados ou desencarnados vagueiam culturas corruptoras, aqui e acolá, desenvolvendo nos ambientes mais luzidos, a atmosfera pestilencial que fecunda os germes do crime ou prepara a intromissão da enfermidade e da morte.
Agora, é o vírus sutil da maledicência recolhendo as almas desprevenidas, na rede das trevas, de que escorre a lama da calúnia destruidora...
Depois, é o veneno do juízo precipitado, em torno das atitudes alheias, inflamando a cólera que se arma de violência para estender a injustiça...
Aqui, é o mordo do desalento, achacando corações simples e bem formados, por intermédio de queixas infindáveis e deprimentes, instalando a vitória da preguiça em prejuízo das boas obras...
Ali, é o fel da discórdia, a verter da boca insensata, projetando lodo na senda de companheiros esperançosos e amigos, para que todos os planos do bem desçam da claridade em que se esboçam para a sombra do mal que os asfixia no nascedouro...
Lembra-te, pois, de semelhantes perigos que surgem a cada passo e constrói na própria alma o pronto-socorro, capaz de atender a necessidade dos outros preservando a ti mesmo, contra o desequilíbrio calamitoso.
Neste refúgio assistencial de emergência, disporás do silêncio e do perdão, da frase benevolente e do entendimento conciliador, do consolo e da prece, como digna medicação a aplicar em regime de urgência justa.
Conserva, assim, essa farmácia de compreensão e fraternidade no imo do próprio ser e arrancarás muita gente do trauma letal da crueldade e do ódio, da miséria e da ignorância, como servidor genuíno do Mestre Inolvidável que elegeu no amor puro o grande roteiro de nossa libertação do passado para a conquista do celeste porvir, em perenidade de luz.
Livro: Ideal Espírita.
Espíritos Diversos
Chico Xavier e Waldo Vieira.

O CEGO DE JERICÓ - Emmanuel

“Dizendo: Que queres que te faça? E ele respondeu: — Senhor, que eu veja.” — (LUCAS, capítulo 18, versículo 41.)
O cego de Jericó é das grandes figuras dos ensinamentos evangélicos.
Informa-nos a narrativa de Lucas que o infeliz andava pelo caminho, mendigando... Sentindo a aproximação do Mestre, põe-se a gritar, implorando misericórdia.
Irritam-se os populares, em face de tão insistentes rogativas. Tentam impedi-lo, recomendando-lhe calar as solicitações. Jesus, contudo, ouve-lhe a súplica, aproxima-se dele e interroga com amor:
— Que queres que te faça?
Á frente do magnânimo dispensador dos bens divinos, recebendo liberdade tão ampla, o pedinte sincero responde apenas isto:
— Senhor, que eu veja!
O propósito desse cego honesto e humilde deveria ser o nosso em todas as circunstâncias da vida.
Mergulhados na carne ou fora dela, somos, às vezes, esse mendigo de Jericó, esmolando às margens da estrada comum. Chama-nos a vida, o trabalho apela para nós, abençoa-nos a luz do conhecimento, mas permanecemos indecisos, sem coragem de marchar para a realização elevada que nos compete atingir. E, quando surge a oportunidade de nosso encontro espiritual com o Cristo, além de sentirmos que o mundo se volta contra nós, induzindo-nos àindiferença, é muito raro sabermos pedir sensatamente.
Por isso mesmo, é muito valiosa a recordação do pobrezinho mencionado no versículo de Lucas, porqüanto não é preciso compareçamos diante do Mestre com volumosa bagagem de rogativas. Basta lhe peçamos o dom de ver, com a exata compreensão das particularidades do caminho evolutivo. Que o Senhor, portanto, nos faça enxergar todos os fenómenos e situações, pessoas e coisas, com amor e justiça, e possuiremos o necessário à nossa alegria imortal.
Livro: Caminho, Verdade e Vida.
Emmanuel / Chico Xavier.

terça-feira, 26 de maio de 2015

PROBLEMAS NO MATRIMÔNIO - Joanna de Ângelis.

O matrimônio constitui abençoada oportunidade redentora a dois.
As responsabilidades exigem de cada nubente elevada contribuição para o êxito da união.
Constrói-se o lar no culto dos deveres morais, que enobrecem os cônjuges e equilibram a prole.
A ausência de preparação prévia quase sempre ocasiona desastre de efeitos lamentáveis.
O amor é de origem divina. Quanto mais se doa, mais se multiplica sem jamais exaurir-se.
Partidários da libertinagem, porém, empenham-se em insensata cruzada para torná-lo livre.
Pensam convertê-lo apenas em instinto primitivo.
Liberdade para amar, sem dúvida; mas, também, disciplina para o sexo.
Amor é emoção; sexo, sensação.
É compreensível que até nas uniões ajustadas surjam discórdias, porém, o amor as suplanta.
O matrimônio é uma sociedade de ajuda mútua, cujos bens são os filhos – Espíritos com os quais nos ligamos pelos processos da evolução.
Reflete antes de casar, reflete muito mais antes de debandar, após assumido o compromisso.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco
Livro: Celeiro de Bençãos.

A raposa e o corvo – Esopo. / Korvo kaj Vulpo – Ezopo.

A raposa e o corvo – Esopo.
Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de carne no bico quando passou uma raposa. Vendo o corvo com a carne, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar da carne. Com esta idéia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:
- Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro "Cróóó!". A carne veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
- Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é inteligência!
Moral: cuidado com quem muito elogia.
Korvo kaj Vulpo – Ezopo.
Ŝtelinte pencon da viando, korvo sidas sur granda arbo kun ĝi en la buŝo. Vulpo, kiu preterpasas ĉi tien, salivumante, soifas havigi al si tiun viandpecon. Starante sub la arbo, li senĉese laŭdas la korvon pri ŝiaj belaj korpo kaj plumoj, kaj ankaŭ laŭde diras, ke ŝi devus esti la reĝino de birdoj, kaj des pli inde je tiu titolo, se ŝi povas eligi sonon. Por montri sian voĉon, ŝi malfermas sian buŝon por plengorĝe krii, tiel ke la viandpeco falas sur la teron. Alrapide kaptinte ĝin, la vulpo moke diras, "Hej, korvo, se vi havus cerbon, vi vere povus fariĝi la reĝino de birdoj."
"La rakonto temas pri tiuj stultuloj."

segunda-feira, 25 de maio de 2015

La Apokalipso de Johano / O APOCALIPSE DE JOÃO

La Apokalipso de Johano
Kelkajn jarojn antaŭ ol finiĝi la unua jarcento, post la alveno de la nova doktrino, la spiritaj fortoj jam faras ekzamenon pri la amara situacio de la mondo, antaŭ la estonteco.
Sub la egido de Jesuo ili starigas novajn planojn de progreso por la civilizacio kaj strekas iliajn unuajn liniojn por la eŭropaj landoj de la modernaj tempoj. Por la nevidebla mondo, Romo tiam jam estas nenio alia ol infekta fokuso, kiun oni devas neniigi aŭ formovi. Ĉiuj donoj de la Supro estis malŝatataj de la imperia urbo, aliiĝinta en vezuvion da pasioj kaj elĉerpiĝoj.
La Dia Majstro vokas al la Spaco la Spiriton de Johano ankoraŭ enkarniĝintan sur la Tero, kaj la Apostolo, mirigita kaj afliktita, legas la simbolan lingvaĵon de la nevidebla mondo.
La Sinjoro petis lin, ke li transdonu liajn instruojn al la planedo, kiel avertojn al ĉiuj nacioj kaj ĉiuj popoloj de la Tero, kaj la maljuna Apostolo el Patmo transdiras al siaj disĉiploj la eksterordinarajn avertojn de la Apokalipso.
Ĉiuj faktoj post la ekzistado de Johano tie estas antaŭviditaj. Estas vero, ke ofte la apostola priskribo penetras en terenon pli obskuran; oni vidas, ke lia homa esprimo ne povas fidele kopii la dian esprimon de liaj vizioj de vivanta intereso por la historio de la homaro. Militoj, estontaj nacioj, venontaj turmentoj, merkantilismo, ideologiaj luktoj de la okcidenta civilizacio tie estas detale antaŭdiritaj. Kaj la plej dolora figuro tie priskribita, kiu ankoraŭ sin prezentas al la vido de la moderna mondo, estas ja tiu de la deviinta roma eklezio, simboligita per besto vestita per purpuro kaj ebria de la sango de la sanktuloj.
Libro: Sur la vojo al la lumo.
Emmanuel / Chico Xavier
O APOCALIPSE DE JOÃO
Alguns anos antes de terminar o primeiro século, após o advento da nova doutrina, já as forças espirituais operam uma análise da situação amargurosa do mundo, em face do porvir. Sob a égide de Jesus, estabelecem novas linhas de progresso para a civilização, assinalando os traços iniciais dos países europeus dos tempos modernos.
Roma já não representa, então, para o plano invisível, senão um foco infeccioso que é preciso neutralizar ou remover. Todas as dádivas do Alto haviam sido desprezadas pela cidade imperial, transformada num vesúvio de paixões e de esgotamentos.
O Divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João, que ainda se encontrava preso nos liames da Terra, e o Apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica do invisível.
Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse.
Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos. É verdade que frequentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pôde copiar fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade. As guerras, as nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos. E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos.
Livro: A Caminho da Luz.
Emmanuel / Chico Xavier.

Bodas de Prata - 25 Anos de Casados.









Bodas de Prata - Vinte e cinco anos de casados. Desejando tão somente paz e saúde para chegarmos a mais vinte e cinco anos. E que o restante nos seja dado por acréscimo divino!. Antônio Ramos.

Casamento

Pergunta - Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?
Resposta - É um progresso na marcha da Humanidade." Item n. 695, de O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.
O casamento ou a união permanente de dois seres, como é óbvio, implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.
Essa união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, um coração para outro coração ou vice-versa, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.
Imperioso, porém, que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer desconsideração, entre si.
Quando as obrigações mútuas não são respeitadas no ajuste, a comunhão sexual injuriada ou perfidamente interrompida costuma gerar dolorosas repercussões na consciência, estabelecendo problemas cármicos de solução, por vezes, muito difícil, porquanto ninguém fere alguém sem ferir a si mesmo.
Indiscutivelmente, nos Planos Superiores, o liame entre dois seres é espontâneo, composto em vínculos de afinidade inelutável. Na Terra do futuro, as ligações afetivas obedecerão a idêntico princípio e, por antecipação, milhares de criaturas já desfrutam no próprio estágio da encarnação dessas uniões ideais, em que se jungem psiquicamente uma à outra, sem necessidade da permuta sexual, mais profundamente considerada, a fim de se apoiarem mutuamente, na formação de obras preciosas, na esfera do espírito.
Acontece, no entanto, que milhões de almas, detidas na evolução primária, jazem no Planeta, arraigadas a débitos escabrosos, perante a lei de causa e efeito e, inclinadas que ainda são ao desequilíbrio e ao abuso, exigem severos estatutos dos homens para a regulação das trocas sexuais que lhes dizem respeito, de modo a que não se façam salteadores impunes na construção do mundo moral.
Os débitos contraídos por legiões de companheiros da Humanidade, portadores de entendimento verte para os temas do amor, determinam a existência de milhões de uniões supostamente infelizes, nas quais a reparação de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, sejam eles ou não acobertados pelo beneplácito das leis humanas, o aspecto de ligações francamente expiatórias, com base no sofrimento purificador. De qualquer modo, é forçoso reconhecer que não existem no mundo conjugações afetivas, sejam elas quais forem, sem raízes nos princípios cármicos, nos quais as nossas responsabilidades são esposadas em comum.
Livro: Vida e Sexo.
Emmanuel / Chico Xavier.
Bodas de Prata - Vinte e cinco anos de casados. Desejando tão somente paz e saúde para chegarmos a mais vinte e cinco anos. E que o restante nos seja dado por acréscimo divino!. Antônio Ramos

domingo, 24 de maio de 2015

Provoj de riĉeco kaj de mizero / Provas da Riqueza e da Miséria

Provoj de riĉeco kaj de mizero
814. Kial Dio donis al iuj riĉecon kaj potencon, kaj al aliaj mizeron?
Por elprovi ĉiun en malsama maniero. Cetere, kiel vi scias, tiuj provoj estas elektataj de la Spiritoj mem, kiuj ilin ofte ne venkas.
815. Kiu el la du jenaj provoj estas la pli danĝera al la homo: ĉu malriĉeco aŭ riĉeco?
Tiel danĝera estas la unua kiel la dua. Mizero naskas murmuradon kontraŭ la Providenco; riĉeco puŝas al ĉiaj ekscesoj.
816. Riĉulo estas elmetata al pli da tentoj; sed, ĉu li ne havas pli da rimedoj por fari bonon ?
Ĝuste tiun li ne ĉiam faras; li fariĝas egoisto, fiera, nesatigebla; liaj bezonoj kreskas kun lia riĉeco, kaj li pensas, ke al li sola neniam sufiĉas tio, kion li havas.
Alta pozicio en ĉi tiu mondo kaj aŭtoritato super similuloj estas provoj tiel grandaj kaj glitigaj kiel mizero, ĉar, ju pli riĉa kaj pova estas la homo, des pli da devoj li havas por plenumi kaj pli multenombraj estas la rimedoj, je kiuj li disponas, por fari bonon kaj malbonon. Dio elprovas malriĉulon per rezignacio kaj riĉulon per la uzado, kiun ĉi tiu faras, de siaj havaĵoj kaj potenco.
Riĉeco kaj potenco naskas ĉiajn pasiojn, kiuj alligas nin al la materio kaj malproksimigas nin de la spirita perfekteco; tial Jesuo diris: Estas pli facile por kamelo iri tra trueton de kudrilo, ol por riĉulo eniri en la regnon de Dio.
Libro: La Libro de la Spiritoj – Allan Kardec.
Provas da Riqueza e da Miséria
814. Por que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder e a outros a miséria?
— Para provar a cada um de uma maneira diferente. Aliás, vós o sabeis, essas provas são escolhidas pelos próprios Espíritos, que muitas vezes sucumbem ao realizá-las.
815. Qual dessas duas provas é a mais perigosa para o homem, a da desgraça ou a da riqueza?
— Tanto uma como a outra. A miséria provoca a murmuração contra a Providência, a riqueza leva a todos os excessos.
816. Se o rico sofre mais tentações, não dispõe também de mais meios para fazer o bem?
— É justamente o que nem sempre faz; torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável; suas necessidades aumentam com a fortuna e julga não ter o bastante para si mesmo.
A posição elevada no mundo e a autoridade sobre os semelhantes são provas tão grandes e arriscadas quanto a miséria; porque, quanto mais o homem for rico e poderoso mais obrigações tem a cumprir, maiores são os meios de que dispõe para fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo uso que faz de seus bens e do seu poder.
A riqueza e o poder despertam todas as paixões que nos prendem à matéria e nos distanciam da perfeição espiritual. Foi por isso que Jesus disse: — "Em verdade vos digo, é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus".
Livro: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

Corações cevados

“Cevastes  os  vossos  corações,  como  num  dia  de  matança.” (Tiago, 5:5) 
Pela prosperidade e aperfeiçoamento do mundo, trabalha o Sol, que é a suprema expressão da Divindade Vital no firmamento terrestre. Colabora o verme na intimidade do solo, preparando ninho adequado  às sementes.
Contribui a aragem, permutando o pólen das flores.
Esforça­se a água, incessantemente, entretendo a vida física e purificando­a.
Serve a árvore, florindo, frutificando e regenerando a atmosfera. Coopera o animal, ajudando as realizações humanas, suando e morrendo para que haja vida normal no domínio da inteligência superior.
Indefectível lei de trabalho rege o Universo.
O movimento e a ordem, na constância dos benefícios, constituem­lhe as características essenciais. Há, porém, milhões de pessoas que se sentem exoneradas da glória de servir.
Para semelhantes criaturas, em cujo cérebro a razão dorme embotada e vazia, trabalho significa degredo e humilhação, inferno e sofrimento.
Perseguem as facilidades delituosas, com o mesmo instinto de novidade da mosca em busca de detritos.
Conseguida a solução de ordem inferior que buscavam, circunscrevem as horas e as possibilidades ao desenfreado apego de si mesmas, imitando o poço de águas estagnadas que se envenena facilmente.
No fundo, são  “corações cevados”, de acordo com a feliz expressão  do  apóstolo.
Criam teias densas de ódio  e egoísmo, indiferença e vaidade, orgulho e indolência sobre si próprios, e gravitam para baixo. Descendo, descendo, pelas pesadas vibrações a que se acolhem, rolam vagarosamente para o seio das vidas inferiores, onde é natural que encontrem a exigência de muitos, que se aproveitam deles, à maneira do homem comum que se vale dos animais gordos para a matança.
Livro: Fonte Viva.
Emmanuel / Chico Xavier.

CONSULTAS – Emmanuel.

“E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?” — (JOÃO, capítulo 8, versículo 5.)
Várias vezes o espírito de má fé cercou o Mestre, com interrogações, aguardando determinadas respostas pelas quais o ridicularizasse. A palavra d’Ele, porém, era sempre firme, incontestável, cheia de sabor divino.
Referimo-nos ao fato para considerar que semelhantes anotações convidam o discípulo a consultar sempre a sabedoria, o gesto e o exemplo do Mestre.
Os ensinamentos e atos de Jesus constituem lições espontâneas para todas as questões da vida.
O homem costuma gastar grandes patrimônios financeiros nos inquéritos da inteligência. O parecer dos profissionais do direito custa, por vezes, o preço de angustioso sacrifício.
Jesus, porém, fornece opiniões decisivas e profundas, gratuitamente. Basta que a alma procure a oração, o equilíbrio e a quietude. O Mestre falar-lhe-á na Boa Nova da Redenção.
Freqüentemente, surgem casos inesperados, problemas de solução difícil.
Não ignora o homem o que os costumes e as tradições mandam resolver, de certo modo; no entanto, é indispensável que o aprendiz do Evangelho pergunte, no santuário do coração:
— Tu, porém, Mestre, que me dizes a isto?
E a resposta não se fará esperar como divina luz no grande silêncio.
Livro: Caminho, Verdade e Vida.
Emmanuel / Chico Xavier.

sábado, 23 de maio de 2015

La misio de Paŭlo / A MISSÃO DE PAULO

La misio de Paŭlo
Post la redaktado de la Evangelioj, kiuj sen ia dubo estas la eksterordinara fundamento de la Kristanismo, okazis en tiu tempo iaj malfacilaĵoj, ke oni donu al ili la grandvaloran universalan karakteron.
Ĉiuj apostoloj de la Majstro venis el la humila medio de liaj gloraj instruoj; sed kvankam tiuj bravaj fiŝkaptistoj estis altaj Spiritoj-misiistoj, ni tamen devas konsideri, ke ili estis tre malsuperaj ol la spiriteca situacio de la Majstro, suferante la influojn de la medio, kie ili troviĝis. Tuj post la reveno de la Ŝafido en la regionojn de Lumo, la kristana societo entute eksuferis la influonde la judismo, kaj preskaŭ ĉiuj grupoj organizitaj por la doktrino intencis tenadi aristokratecan mienon, antaŭ la aliaj eklezioj kaj societoj, fondiĝintaj en la plej multaj lokoj de la mondo.
Tiam Jesuo decidis voki la luman kaj energian spiriton de Paŭlo el Tarso al sia servado. Tiu decido estis unu el la plej signifoplenaj okazaĵoj en la historio de la Kristanismo. La agoj kaj epistoloj de Paŭlo fariĝis potenca instrumento de universaligo de la doktrino. De urbo al urbo, de eklezio al eklezio, la konvertito apud Damasko, per sia grandega prestiĝo, parolas pri la Majstro, entuziasmigante ĉiujn korojn. Komence, inter li kaj la aliaj Apostoloj ekestis peniga situacio de nekomprenebleco, sed lia amema influo nepre celis eviti ian nepravigeblan aristokratecon de la kristana societo, en ĝiaj neforgeseblaj tempoj de simpleco kaj pureco.
Libro: Sur Vojo al la Lumo.
Emmanuel / Chico Xavier.
A MISSÃO DE PAULO
No trabalho de redação dos Evangelhos, que constituem, sem dúvida, o portentoso alicerce do Cristianismo, verificavam-se, nessa época, algumas dificuldades para que se lhes desse o precioso caráter universalista.
Todos os Apóstolos do Mestre haviam saído do teatro humilde de seus gloriosos ensinamentos; mas, se esses pescadores valorosos eram elevados Espíritos em missão, precisamos considerar que eles estavam muito longe da situação de espiritualidade do Mestre, sofrendo as influências do meio a que foram conduzidos.
Tão logo se verificou o regresso do Cordeiro às regiões da Luz, a comunidade cristã, de modo geral, começou a sofrer a influência do judaísmo, e quase todos os núcleos organizados, da doutrina, pretenderam guardar feição aristocrática, em face das novas igrejas e associações que se fundavam nos mais diversos pontos do mundo.
É então que Jesus resolve chamar o espírito luminoso e enérgico de Paulo de Tarso ao exercício do seu ministério. Essa deliberação foi um acontecimento dos mais significativos na história do Cristianismo. As ações e as epístolas de Paulo tornam-se poderoso elemento de universalização da nova doutrina. De cidade em cidade, de igreja em igreja, o convertido de Damasco, com o seu enorme prestígio, fala do Mestre, inflamando os corações. A princípio, estabelece-se entre ele e os demais Apóstolos uma penosa situação de incompreensibilidade, mas sua influência providencial teve por fim evitar uma aristocracia injustificável dentro da comunidade cristã, nos seus tempos inesquecíveis de simplicidade e pureza.
Livro: A Caminho da Luz.
Emmanuel / Chico Xavier.