sábado, 30 de setembro de 2023

Minhas palavras não passarão / My Words Will Not Pass Away / Miaj vortoj ne forpasos.

Minhas palavras não passarão.

24. Então, aproximando-se dele, seus discípulos lhe disseram: Sabes que, ouvindo o que acabaste de dizer, os fariseus se escandalizaram? — Ele respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. — Deixa-os; são cegos a conduzir cegos; se um cego guia outro cego, cairão ambos no barranco. (S. Mateus, 15:12–14.)

25. O Céu e a Terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. (S. Mateus, 24:35.)

26. As palavras de Jesus não passarão, porque serão verdadeiras em todos os tempos. Será eterno o seu código de moral, porque consagra as condições do bem que conduz o homem ao seu destino eterno. Mas, terão as suas palavras chegado até nós puras de toda ganga e de falsas interpretações? Apreenderam-lhes o espírito todas as seitas cristãs? Nenhuma as terá desviado do verdadeiro sentido, em consequência dos preconceitos e da ignorância das leis da natureza? Nenhuma as transformou em instrumento de dominação, para servir às suas ambições e aos seus interesses materiais, em degrau, não para se elevar ao céu, mas para elevar-se na Terra? Terão todas adotado como regra de proceder a prática das virtudes, prática da qual fez Jesus condição expressa de salvação? Estarão todas isentas das apóstrofes que ele dirigiu aos fariseus de seu tempo? Todas, finalmente, serão, assim em teoria, como na prática, expressão pura da sua doutrina?

Sendo uma só, e única, a verdade não pode achar-se contida em afirmações contrárias e Jesus não pretendeu imprimir duplo sentido às suas palavras. Se, pois, as diferentes seitas se contradizem; se umas consideram verdadeiro o que outras condenam como heresias, impossível é que todas estejam com a verdade. Se todas houvessem apreendido o sentido verdadeiro do ensino evangélico, todas se teriam encontrado no mesmo terreno e não existiriam seitas.

O que não passará é o verdadeiro sentido das palavras de Jesus; o que passará é o que os homens construíram sobre o sentido falso que deram a essas mesmas palavras.

Tendo por missão transmitir aos homens o pensamento de Deus, somente a sua doutrina, em toda a pureza, pode exprimir esse pensamento. Por isso foi que ele disse: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.

A Gênese – Allan Kardec.

My Words Will Not Pass Away

24. Then the disciples came to him and asked, “Do you know that the Pharisees were offended when they heard this?” He replied, “Every plant that my heavenly Father has not planted will be pulled up by the roots. Leave them; they are blind guides.” (Matthew, 15: 12 to 14)

25. “Heaven and Earth will pass away, but my words will never pass away.” (Matthew, 24: 35)

26. The words of Jesus will not pass away, because they will be true always. His moral code will be eternal, because that it contains conditions of well-doing which conduct man to his eternal destiny. But have his words been studied over, and purified of all alloy false interpretations? Have all the Christian sects seized the spirit of them? Has no one misconstrued the true sense of them in consequence of prejudices and ignorance of the laws of nature? Has no one made them an instrument of power to serve ambition and material interests, a stepping- stone, not for elevation to heaven, but for earthly elevation? Have they not all been given for a guide to the practice of the virtues which are made the express conditions upon which salvation depends? Are they not all exempt from the reproaches which he addressed to the Pharisees of his time? In short, are they not all, in theory and practice, the pure expression of his doctrine?

Truth, being one, it cannot be found in contrary affirmations. Jesus has not desired to give a double meaning to his words. If, then, the different sects contradict one another, if some consider as true that which others condemn as heresies, it is impossible that they are all right. If all had taken the true sense of the evangelical teaching, they would have taken the same ground of belief, and not formed different sects.

That which will not pass away is the true sense of the words of Jesus; that which will disappear is that false sense which men have built upon his words.

Jesus’ mission being that of bringing to men God’s thoughts, his pure doctrine alone can be their expression; for that reason he has said: “Every plant that my heavenly Father has not planted will be pulled up by the roots.”

GENESIS – Allan Kardec.

Miaj vortoj ne forpasos

24. – Tiam veninte, la disĉiploj diris al li: ĉu vi scias, ke la Fariseoj ofendiĝis, kiam ili aŭdis tiun diron? – Sed li responde diris: ĉiu kreskaĵo, kiun mia ĉiela Patro ne plantis, estos elradikigita. – Lasu ilin; ili estas blindaj kondukantoj de blinduloj. Kaj se blindulo kondukos blindulon, ambaŭ falos en fosaĵon. (Sankta Mateo, ĉap. XV, par. 12, 13, 14.)

25. – La ĉielo kaj la tero forpasos, sed miaj vortoj ne forpasos. (Sankta Mateo, ĉap. XXIV, par. 35.)

26. – La vortoj de Jesuo ne forpasos, ĉar ili estos veraj en ĉiuj tempoj. Eterna estos lia morala kodo, ĉar ĝi enhavas la kondiĉojn de la bono, kiu kondukas la homon al sia eterna destino. Sed ĉu liaj vortoj venis al ni puraj de ĉia makulo kaj de falsaj interpretoj? Ĉu ĉiuj kristanaj sektoj kaptis ilian spiriton? Ĉu neniu ilin deturnis de la vera senco pro antaŭjuĝoj kaj nescio pri la leĝoj de la Naturo? Ĉu neniu faris el ili ian instrumenton de superregado, kiu servus al iliaj ambicio kaj materialaj interesoj, ian ŝtupon ne por leviĝi al la ĉielo, sed por leviĝi sur la Tero? Ĉu ĉiuj prenis, kiel regulon de konduto, la praktikadon de la virtoj, kiun Jesuo starigis kiel nepran kondiĉon de savo? Ĉu ĉiuj estas liberaj de la riproĉoj, kiujn li adresis siatempe al la fariseoj? Ĉu ĉiuj fine estas, teorie kaj praktike, pura esprimo de lia doktrino?

Estante unusola, la vero ne povas troviĝi en interkontraŭaj asertoj, kaj Jesuo ne volis doni duoblan sencon al siaj vortoj. Se do la diversaj sektoj sin kontraŭdiras; se unuj rigardas vera, kion aliaj kondamnas kiel herezon, neeble estas, ke ĉiuj esprimas la veron. Se ĉiuj estus kaptintaj la veran sencon de la evangelia instruado, ĉiuj estus kolektiĝintaj sur la saman terenon kaj ne ekzistus sektoj.

Kio ne forpasos, tio estas la vera senco de la vortoj de Jesuo; kio forpasos, tio estas la konstruaĵo, kiun la homoj starigis sur la falsa senco de ili donita al tiuj samaj vortoj.

Ĉar la misio de Jesuo estas porti al la homoj la penson de Dio, nur lia pura doktrino povas esti la esprimo de tiu penso. Jen kial li diris: ĉiu kreskaĵo, kiun mia ĉiela Patro ne plantis, estos elradikigita.

La Genezo / Allan Kardec.

PROGRAMA FRATA ESPERO - ESPERANÇA FRATERNA - 24/09/2023

8º Congresso Espírita de Sergipe | 23/09/2023 (Sábado – Tarde)

Hejme 123 - "O cravo brigou com a rosa" en Esperanto

Amo Porĉiama (originala muziko en esperanto)

domingo, 24 de setembro de 2023

8º Congresso Espírita de Sergipe | 24/09/2023 (Domingo – Manhã)

Povos degenerados / Declining Nations / Declining Nations.

Povos degenerados.

786. Mostra-nos a história que muitos povos, depois de abalos que os revolveram profundamente, recaíram na barbaria. Onde, neste caso, o progresso?

“Quando tua casa ameaça ruína, mandas demoli-la e constróis outra mais sólida e mais cômoda. Mas, enquanto esta não se apronta, há perturbação e confusão na tua morada.

“Compreende mais o seguinte: eras pobre e habitavas um casebre; tornando-te rico, deixaste-o para habitar um palácio. Então, um pobre diabo, como eras antes, vem tomar o lugar que ocupavas e fica muito contente, porque estava sem ter onde se abrigar. Pois bem: aprende que os Espíritos que, encarnados, constituem o povo degenerado não são os que o constituíam ao tempo do seu esplendor. Os de então, tendo-se adiantado, passaram para habitações mais perfeitas e progrediram, enquanto os outros, menos adiantados, tomaram o lugar que ficara vago e que também, a seu turno, terão um dia que deixar.”

787. Não há raças rebeldes, por sua natureza, ao progresso?

“Há, mas vão aniquilando-se corporalmente, todos os dias.”

a) — Qual será a sorte futura das almas que animam essas raças?

“Chegarão, como todas as demais, à perfeição, passando por outras existências. Deus a ninguém deserda.”

b) — Assim, pode dar-se que os homens mais civilizados tenham sido selvagens e antropófagos?

“Tu mesmo o foste mais de uma vez, antes de seres o que és.”

788. Os povos são individualidades coletivas que, como os indivíduos, passam pela infância, pela idade da madureza e pela decrepitude. Esta verdade, que a história comprova, não será de molde a fazer supor que os povos mais adiantados deste século terão seu declínio e sua extinção, como os da Antiguidade?

“Os povos que apenas vivem a vida do corpo, aqueles cuja grandeza unicamente assenta na força e na extensão territorial, nascem, crescem e morrem, porque a força de um povo se exaure, como a de um homem. Aqueles cujas leis egoísticas obstam ao progresso das luzes e da caridade morrem, porque a luz mata as trevas e a caridade mata o egoísmo. Mas, para os povos, como para os indivíduos, há a vida da alma. Aqueles cujas leis se harmonizarem com as leis eternas do Criador, viverão e servirão de farol aos outros povos.”

789. O progresso fará que todos os povos da Terra se achem um dia reunidos, formando uma só nação?

“Uma nação única, não; seria impossível, visto que da diversidade dos climas se originam costumes e necessidades diferentes, que constituem as nacionalidades, tornando indispensáveis sempre leis apropriadas a esses costumes e necessidades. A caridade, porém, desconhece latitudes e não distingue a cor dos homens. Quando por toda parte a lei de Deus servir de base à lei humana, os povos praticarão entre si a caridade, como também os indivíduos. Então, viverão felizes e em paz, porque nenhum cuidará de causar dano ao seu vizinho, nem de viver a expensas dele.”

A humanidade progride por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e esclarecem. Quando estes preponderam pelo número, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempos a tempos, surgem no seio dela homens de gênio que lhe dão um impulso; vêm depois, como instrumentos de Deus, os que têm autoridade e, nalguns anos fazem-na adiantar-se de muitos séculos.

O progresso dos povos também realça a justiça da reencarnação. Louváveis esforços empregam os homens de bem para conseguir que uma nação se adiante, moral e intelectualmente. Transformada, a nação será mais ditosa neste mundo e no outro, concebe-se. Mas, durante a sua marcha lenta através dos séculos, milhares de indivíduos morrem todos os dias. Qual a sorte de todos os que sucumbem ao longo do trajeto? Privá-lo-á a sua relativa inferioridade da felicidade reservada aos que chegam por último? Ou também relativa será a felicidade que lhes cabe? Não é possível que a justiça divina haja consagrado semelhante injustiça. Com a pluralidade das existências, é igual para todos o direito à felicidade, porque ninguém fica deserdado do progresso. Podendo, os que viveram ao tempo da barbaria, voltar, na época da civilização, a viver no seio do mesmo povo, ou de outro, é claro que todos tiram proveito da marcha ascensional.

Outra dificuldade, no entanto, apresenta aqui o sistema da unicidade das existências. Segundo este sistema, a alma é criada no momento em que nasce o ser humano. Então, se um homem é mais adiantado do que outro, é que Deus criou para ele uma alma mais adiantada. Por que esse favor? Que merecimento tem esse homem, que não viveu mais do que outro, que talvez haja vivido menos, para ser dotado de uma alma superior? Esta, porém, não é a dificuldade principal. Uma nação passa, em mil anos, da barbárie à civilização. Se os homens vivessem um milênio, conceber-se-ia que, nesse período, tivessem tempo de progredir. Mas, diariamente morrem criaturas em todas as idades; incessantemente se renovam na face do planeta, de tal sorte que todos os dias aparece uma multidão delas e outra desaparece. Ao cabo de mil anos, já não há naquela nação vestígio de seus antigos habitantes. Contudo, de bárbara, que era, ela se tornou policiada. Que foi o que progrediu? Foram os indivíduos outrora bárbaros? Mas esses morreram há muito tempo. Teriam sido os recém-chegados? Mas se suas almas foram criadas no momento em que eles nasceram, essas almas não existiam na época da barbaria e forçoso será então admitir-se que os esforços que se despendem para civilizar um povo têm o poder, não de melhorar almas imperfeitas, porém de fazer que Deus crie almas mais perfeitas.

Comparemos esta teoria do progresso com a que os Espíritos apresentaram. As almas vindas no tempo da civilização tiveram sua infância, como todas as outras, mas já tinham vivido antes, e vêm adiantadas por efeito do progresso realizado anteriormente. Vêm atraídas por um meio que lhes é simpático e que se acha em relação com o estado em que atualmente se encontram. De sorte que os cuidados dispensados à civilização de um povo não têm como consequência fazer que, de futuro, se criem almas mais perfeitas; têm, sim, o de atrair as que já progrediram, quer tenham vivido no seio do povo que se figura, ao tempo da sua barbaria, quer venham de outra parte. Aqui se nos depara igualmente a chave do progresso da humanidade inteira. Quando todos os povos estiverem no mesmo nível, no tocante ao sentimento do bem, a Terra será ponto de reunião exclusivamente de Espíritos bons, que viverão fraternalmente unidos. Os maus, sentindo-se aí repelidos e deslocados, irão procurar, em mundos inferiores, o meio que lhes convém, até que sejam dignos de volver ao nosso, então transformado. Da teoria vulgar ainda resulta que os trabalhos de melhoria social só às gerações presentes e futuras aproveitam, sendo de resultados nulos para as gerações passadas, que cometeram o erro de vir muito cedo, e que ficam sendo o que podem ser, sobrecarregadas com o peso de seus atos de barbaria. Segundo a doutrina dos Espíritos, os progressos ulteriores aproveitam igualmente às gerações pretéritas, que voltam a viver em melhores condições e podem assim aperfeiçoar-se no abrigo da civilização. (222.)

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

Declining Nations

786. History shows us many nations that have relapsed into barbarism after being subjected to shocks or blows that have devastated them. Where is progress in these cases?

“When your house threatens to fall down, you tear it down to build another that is more stable and more practical. However, chaos continues in your home until the latter is built.”

“Here is another example. You are poor and live in a hut, but you become wealthy and leave the hut to live in a palace. A poor person then comes along and moves into the hut you have vacated. This individual is a winner in the move, as he or she was previously homeless. Well then, learn from this that the spirits incarnated in this declining culture are no longer those who had comprised that culture during its time of splendor. The more advanced spirits have moved on to better worlds and have progressed, while the less advanced have taken their vacated places, which they too will in turn vacate.”

787. Are there individuals who are intrinsically rebellious towards progress?

“Yes, but they are progressively becoming extinct, physically.”

a) What will be the fate of the souls that incarnate in these races?

“They will reach perfection by experiencing other lives. God does not disinherit anyone.”

b) So the most civilized human beings may have been savages and cannibals?

“You were one once, even more than once, before becoming what you are now.”

788. Nations are collective individualities that pass through the phases of infancy, maturity, and decline, just as individuals do. Does this truth, as proven by history, imply that the most advanced nations of this century will ultimately experience their decline and end, just like those of antiquity?

“Nations that only live a material life and whose greatness is based on force and territorial expansion are born, grow, and die, because the strength of a nation eventually becomes exhausted like that of an individual. Nations whose selfish laws are opposed to the progress of enlightenment and charity die because light kills darkness, and charity kills selfishness. That being said, nations and individuals also have a spiritual life, and those whose laws are in harmony with God’s eternal laws will continue to live and serve as a beacon for other nations.”

789. Will progress ultimately unite all the people of the Earth in a single nation?

“No, not into a single nation. That would be impossible because climate differences yield distinct habits and needs that make up nationalities, each of which always need laws tailored to its special habits and needs. Charity has no geographical boundaries and makes no distinction between skin colors. When God’s law is the basis of human made law everywhere and the law of charity is practiced among nations and among individuals, everyone will live in peace and happiness because no one will attempt to do wrong to a neighbor or live at the expense of others.”

The human race advances through the progress of individuals, who gradually become enlightened. When they constitute a majority, they take the lead and draw the rest forward. Persons of genius sporadically emerge and give momentum to advancement, and persons of authority, God’s instruments, carry out in the course of a few years what the race, left to its own devices, would have taken several centuries to accomplish.

The progress of nations further highlights the justice of reincarnation. Through the efforts of moral individuals, a nation advances intellectually and morally, and is ultimately happier in this world and in the next. However, during its slow journey over the course of successive centuries, thousands of individuals die every day. What is the fate of those who have fallen along the way? Does their relative inferiority deprive them of the happiness reserved for future generations? Is their happiness relative? Divine justice cannot permit such an injustice. Through experiencing many lives, the right to happiness is within the reach of all the legacy of progress does not exclude anyone. Those who have lived during barbaric times can come back in a period of civilization in the same nation or another, and can profit by the advancement of the various nations on Earth.

However, the concept of one life presents another difficulty. According to that theory, the soul is created at birth. For some individuals to be more advanced than others, God would have to create souls for them that are more advanced than the rest of creation. What would be the source of this favoritism? How can one person, who has lived no longer than another, often not even as long, merit a superior soul? That is not the only problem. A nation, over the course of a thousand years, transitions from barbarism to civilization. If all human beings lived one thousand years, we could understand that they would have the time to progress. However, many die every day, at all ages, and people are continuously being reborn on Earth. At the end of one thousand years, no trace remains of those who were living in a country one thousand years before. The nation has become civilized – but who has progressed? Are they the people who were once barbarians? But they died a long time ago. Are they the newcomers? If the soul is created at birth, these souls did not exist during the period of barbarism, and we would be required to assert that the efforts made to civilize a nation do not have the power to improve imperfect souls, but to make God create more perfect souls.

We will now compare this theory of progress with that given by the spirits. The souls that come to a civilized nation have had their infancy, like all others, but they have already lived and are advanced due to prior progress. They are attracted by the circumstances best suited to them and their present condition. The efforts to civilize a nation are not aimed at creating better quality souls in the future, but rather, at attracting souls that have already progressed, regardless of where they have previously lived. The progress each nation accomplishes provides the key to the progress of humankind as a whole. It shows that when every nation on the Earth has reached the same level of moral advancement, our planet will be a haven of good spirits, who will live in a fraternal union. All the bad spirits will be repelled and forced to seek surroundings that suit them in inferior worlds, until they are worthy of coming back into our transformed world. The commonly accepted theory of the one life, devoid of the concept of reincarnation, leads to another consequence, specifically, that the work of social betterment is only beneficial to present and future generations. Its result is null and void for past generations, who made the mistake of entering the world too soon, and who have to make do, hampered by the faults of their barbaric past. According to Spiritism, the progress accomplished by later generations is also beneficial to the generations that preceded them, who can improve for the goal of civilization when they reincarnate at a point in the future. (See no. 222)

THE SPIRITS' BOOK – Allan Kardec.

Degenerintaj popoloj

786. La historio prezentas al ni multajn popolojn, kiuj, post la skuegoj ilin renversintaj, refalis en barbarecon; kie estas do, en ĉi tiu okazo, la progreso?

“Kiam iu domo estas baldaŭ ruiniĝonta, vi ĝin eldetruas por konstrui alian pli solidan kaj komfortan; sed, ĝis ĝi estos rekonstruita, estas malordo kaj konfuzo en via loĝejo.

“Komprenu ankaŭ la jenon: vi estis malriĉa kaj loĝis dometaĉon; vi riĉiĝas kaj ĝin forlasas por loĝi palacon. Poste venas mizerulo, kia vi estis, okupi vian lokon en la domaĉo, kaj li forte ekĝojas, ĉar li iam havis nenian ŝirmejon. Nu! eksciu, ke la Spiritoj, enkarniĝintaj en tiun degenerintan popolon, ne estas tiuj mem, kiuj ĝin formis dum ĝia glortempo; tiuj, jam progresintaj, foriris en pli perfektajn loĝejojn kaj progresis plu, dum aliaj, malpli pregresintaj, venis al tiu loko, kiun ili, siavice, iam forlasos.”

787. Ĉu ne ekzistas nature neprogresemaj rasoj?

“Jes, sed tiuj sin korpe ekstermas ĉiutage.”

— Kia estos la estonta sorto de la Spiritoj, animantaj tiujn rasojn?

“Ili atingos, kiel la ceteraj, la perfektecon, tra aliaj ekzistadoj; Dio senheredigas neniun.”

— Se estas tiel, ĉu la plej civilizitaj homoj iam estis ja sovaĝuloj kaj hommanĝantoj?

 “Vi mem estis pli ol unu fojon, antaŭ ol esti tia homo, kia vi nun estas.”

788. La popoloj estas kolektivaj individuoj, kiuj, kiel la individuoj mem, travivas infanecon, plenaĝecon kaj kadukecon; ĉu tiu veraĵo, konfirmita de la historio, ne povas igi pensi, ke la plej progresintaj ĉijarcentaj popoloj ankaŭ kadukiĝos kaj estingiĝos, kiel la antikvaj?

“La popoloj, vivantaj nur la korpan vivon, tiuj, kies grandeco sin bazas sur forto kaj sur la vasteco de la teritorio, kiujn ili okupas, naskiĝas, kreskas kaj mortas, ĉar la forto de iu popolo elĉerpiĝas kiel la homa; tiuj, kies egoismaj leĝoj kontraŭas la progreson de la lumoj kaj de la karitato, mortas, ĉar lumo forbalaas mallumon, karitato neniigas egoismon; sed la popoloj, kiel la individuoj, havas la vivon de la animo; tiuj, kies leĝoj harmonias kun la eternaj leĝoj de la Kreinto, tiuj vivos kaj estos la gvidanta lumfasko de la ceteraj popoloj.”

789. Ĉu la progreso iam kolektos ĉiujn terpopolojn en unu solan nacion?

“Ne; tio estas neebla, ĉar el la diverseco de klimatoj naskiĝas inter si malsamaj moroj kaj bezonoj, kiuj konsistigas la naciecojn; tial estos ĉiam necesaj leĝoj konvenaj al tiuj moroj kaj bezonoj; sed la karitato ne rigardas latitudojn nek haŭtkolorojn de homoj. Kiam la leĝo de Dio estos ĉie la bazo de l’ homa leĝo, tiam la popoloj praktikos reciprokan karitaton, kiel la individuoj, de homo al homo; tiel ili vivos feliĉaj kaj en paco, ĉar neniu ekpensos fari malbonon al sia najbaro, nek vivi je ties kostopago.”

La homaro progresas per la individuoj, kiuj iom post iom pliboniĝas kaj instruiĝas; kiam ĉi tiuj estas plinombraj, ili superregas kaj kuntrenas la ceterajn. Iam kaj iam aperas inter ili jen geniuloj, antaŭenpuŝantaj la homaron, jen estroj, iloj de Dio, kiuj en kelkaj jaroj igas ĝin antaŭenpaŝi plurajn jarcentojn.

La progreso de la popoloj ankoraŭ plievidentigas la justecon de la reenkarniĝado. La virtuloj faras laŭdindajn klopodojn, por morale kaj intelekte peli iun nacion; tiel aliiĝinte, tiu nacio estos certe pli feliĉa en ĉi tiu mondo kaj en la alia; sed, dum sia malrapida irado tra la jarcentoj, miloj da individuoj ĉiutage mortas; kiu estos la sorto de tiuj, falantaj sur la vojon? Ĉu ilia relativa malsupereco tenos ilin for de la feliĉo, destinita al la laste venintaj? Aŭ, ĉu ilia feliĉo estas relativa? Tian maljustaĵon la dia juĝo ne povus dikti. Per la plureco de ekzistadoj, la rajto je feliĉo estas sama por ĉiuj: progreso estas rifuzita al neniu; ĉar tiuj, kiuj vivis en tempo de barbareco, eble revenos en tempo de civilizacio, por vivi ĉe la sama aŭ ĉe alia popolo, tial ĉiuj profitas el la supreniranta marŝado.

Sed la doktrino de la unusoleco de ekzistadoj prezentus ĉi tie ankoraŭ unu malfacilaĵon. Laŭ tiu doktrino, la animo estas kreita ĉe la naskiĝo de la homo; sekve, se iu homo progresis pli ol alia, tio signifas, ke Dio kreis por la unua pli perfektan animon. Kial tia favoro? Kian meriton tiu homo havas, li, kiu ne vivis pli ol alia, ofte ja malpli, por esti dotita per supera animo? Sed ankoraŭ ne tie kuŝas la ĉefa malfacilaĵo. Iu nacio evoluas, en mil jaroj, de barbara al civilizita stato. Se la homoj vivus mil jarojn, oni komprenus, ke, dum tiu periodo, ili havus tempon por progresi; sed ili mortas ĉiutage, en plej diversaj aĝoj; ili senĉese anstataŭas unuj aliajn, tiel, ke ĉiu tago vidas aperon kaj malaperon de homoj. En la fino de mil jaroj, jam ne estas trovataj postesignoj de la unuaj loĝantoj; la nacio, pasintatempe barbara, estas nun civilizita: kio progresis? ĉu la antaŭe barbaraj individuoj? sed tiuj jam de longe ne ekzistas; ĉu tiuj poste venintaj? sed, se ties animoj estas kreitaj ĉe la momento de ties naskiĝo, tiuj animoj ne ekzistis dum la iama barbareco; oni devas do akcepti, ke la klopodoj, farataj por la civilizo de iu popolo, havas la povon, ne, ĝustadire, plibonigi neperfektajn animojn, sed ja devigi Dion krei pli perfektajn animojn.

Ni komparu ĉi tiun teorion pri la progreso kun tiu donita de la Spiritoj. La animoj, venantaj en la tempo de civilizacio, havis sian infanecon kiel ĉiuj ceteraj, sed ili jam vivis kaj antaŭe staras pro jam farita progreso; ili venas, altirate de medio, kiun ili simpatias kaj konforma al ilia nuna stato; tiel, la zorgoj por la civilizo de iu popolo ne rezultigas estontan kreadon de pli perfektaj animoj, sed altiras animojn jam progresintajn, ĉu tiuj jam vivis ĉe tiu popolo dum ties barbareco, aŭ venas de alia loko. Jen la ŝlosilo de l’ progreso de la tuta homaro; kiam ĉiuj popoloj staros sur la sama nivelo por la sento de bono, tiam la Tero estos kunvenejo nur de bonaj Spiritoj, kiuj vivos frate kunigitaj; kaj la malbonaj, tie sentante ĝenon kaj forpuŝadon, iros serĉi en malsuperaj mondoj sian konvenan rondon, ĝis ili indos reveni al la aliformigita mondo, el kiu ili eliris. La vulgara teorio havas ankaŭ kiel konsekvencon, ke la laboroj por socia plibonigo profitigas nur la nunajn kaj la estontajn generaciojn; la rezultato de tiuj laboroj estas nula por la pasintaj generacioj, kiuj faris la eraron veni tro frue kaj kiuj ĉiam ankoraŭ estos tiaj, kiaj iliaj barbaraĵoj ebligis al ili esti. Laŭ la doktrino de la Spiritoj, la antaŭaj progresoj estas utilaj ankaŭ al tiuj generacioj, kiuj revenas, por vivi en pli bonaj kondiĉoj kaj kiuj tial povas pliperfektiĝi en la naskejo de la civilizacio. (222).

La Libro de la Spiritoj – Allan Kardec.

domingo, 17 de setembro de 2023

O sobrenatural e as religiões / The supernatural and the religions / Tio supernatura kaj la religioj.

O sobrenatural e as religiões.

18. Pretender-se que o sobrenatural é o fundamento de toda religião, que ele é o fecho de abóbada do edifício cristão, é sustentar perigosa tese. Assentar exclusivamente as verdades do Cristianismo sobre a base do maravilhoso é dar-lhe fraco alicerce, cujas pedras facilmente se soltam. Essa tese, de que se constituíram defensores eminentes teólogos, leva direito à conclusão de que, em breve tempo, já não haverá religião possível, nem mesmo a cristã, desde que se chegue a demonstrar que é natural o que se considerava sobrenatural, visto que, por mais que se acumulem argumentos, não se logrará sustentar a crença de que um fato é miraculoso, depois de se haver provado que não o é. Ora, a prova existe de que um fato não constitui exceção às leis naturais, logo que pode ser explicado por essas mesmas leis e que, podendo reproduzir-se por intermédio de um indivíduo qualquer, deixa de ser privilégio dos santos. O de que necessitam as religiões não é do sobrenatural, mas do princípio espiritual, que erradamente costumam confundir com o maravilhoso e sem o qual não há religião possível.

O Espiritismo considera de um ponto mais elevado a religião cristã; dá-lhe base mais sólida do que a dos milagres: as imutáveis leis de Deus, a que obedecem assim o princípio espiritual, como o princípio material. Essa base desafia o tempo e a ciência, pois que o tempo e a ciência virão sancioná-la.

Deus não se torna menos digno da nossa admiração, do nosso reconhecimento, do nosso respeito, por não haver derrogado suas leis, grandiosas, sobretudo, pela imutabilidade que as caracteriza. Não se faz mister o sobrenatural, para que se preste a Deus o culto que lhe é devido. A natureza não é de si mesma tão imponente, que dispense se lhe acrescente seja o que for para provar a suprema potestade? Tanto menos incrédulos topará a religião, quanto mais a razão a sancionar em todos os pontos. O Cristianismo nada tem que perder com semelhante sanção; ao contrário, só tem que ganhar. Se alguma coisa o há prejudicado na opinião de muitas pessoas, foi precisamente o abuso do sobrenatural e do maravilhoso.

19. Se tomarmos a palavra milagre em sua acepção etimológica, no sentido de coisa admirável, teremos milagres incessantemente sob as vistas. Aspiramo-los no ar e calcamo-los aos pés, porque tudo então é milagre em a natureza.

Querem dar ao povo, aos ignorantes, aos pobres de espírito uma ideia do poder de Deus? Mostrem-no na sabedoria infinita que preside a tudo, no admirável organismo de tudo o que vive, na frutificação das plantas, na apropriação de todas as partes de cada ser às suas necessidades, de acordo com o meio onde ele é posto a viver. Mostrem-lhes a ação de Deus na vergôntea de um arbusto, na flor que desabrocha, no Sol que tudo vivifica. Mostrem-lhes a sua bondade na solicitude que dispensa a todas as criaturas, por mais ínfimas que sejam, a sua previdência, na razão de ser de todas as coisas, entre as quais nenhuma inútil se conta, no bem que sempre decorre de um mal aparente e temporário. Façam-lhes compreender, principalmente, que o mal real é obra do homem e não de Deus; não procurem espavori-los com o quadro das penas eternas, em que acabam não mais crendo e que os levam a duvidar da bondade de Deus; antes, deem-lhes coragem, mediante a certeza de poderem um dia redimir-se e reparar o mal que hajam praticado. Apontem-lhes as descobertas da ciência como revelações das leis divinas e não como obras de Satanás. Ensinem-lhes, finalmente, a ler no livro da natureza, constantemente aberto diante deles; nesse livro inesgotável, em cada uma de cujas páginas se acham inscritas a sabedoria e a bondade do Criador. Eles, então, compreenderão que um Ser tão grande, que com tudo se ocupa, que por tudo vela, que tudo prevê, forçosamente dispõe do poder supre mo. Vê-lo-á o lavrador, ao sulcar o seu campo; e o desditoso, nas suas aflições, o bendirá dizendo: Se sou infeliz, é por culpa minha. Então, os homens serão verdadeiramente religiosos, racionalmente religiosos, sobretudo, muito mais do que acreditando em pedras que suam sangue, ou em estátuas que piscam os olhos e derramam lágrimas.

A Gênese – Allan Kardec.

The supernatural and the religions

18. To pretend that the supernatural is the necessary foundation of all religion, that it is the key to the whole arch of the Christian edifice, is to sustain a dangerous thesis. If one makes the truth of Christianity rest solely upon the base of miracle, he gives it but a fragile support, from which stones are detached every day. This belief, of which some eminent theologians are defenders, conducts rightly to the conclusion that, in a given time, no religion will be possible, not even the Christian religion, if that which is regarded as supernatural be demonstrated as natural; for so many arguments will be heaped against it that no one will be able to maintain the miraculous character of any fact after its naturalness has been proved. Now, the proof that a fact is no exception to natural laws is, that it can be explained by these laws, and that, being able to be reproduced by the intermediation of any individual whatever, it ceases to be the exclusive property of saints. It is not the supernatural which is essential to religion, but the spiritual principle which has been so mischievously confounded with the marvelous, and without which religion is impossible.

Spiritism considers the Christian religion at a more elevated point; it gives to it a more solid base than miracles, that is, the immutable laws of God, which rule the spiritual equally with the material principle. This base bids defiance to time and science alike; for time and science will at length sanction it.

God is no less worthy of our admiration, gratitude, or respect, because he does not derogate his laws, grand beyond all else in their immutability. He needs not the supernatural as an element in his worship. Nature is sufficiently imposing of itself, without any additions, to prove the existence of the Supreme Power. Religion will find each time less incredulous ones, the more reason sanctions it. Christianity can lose nothing by this sanction: it, on the contrary, gains by it. If anything has destroyed it, in the opinion of certain people, it is the abuse of the marvelous or supernatural.

19. If we take the word “miracle” in its correct etymological sense, — in the sense simply of a wonder, — we behold incessant miracles before our very eyes. We breathe them in the air; they crowd upon our steps: for all nature is a wonder.

Can one give to the people, to the ignorant, to the weak-minded, an idea of God’s power, without showing them infinite wisdom presiding in all things? — In the admirable organisms of all that live, in the fructification of plants, in the appropriation of every part of every being to its needs, according to the place of its abode. It is necessary to make them behold the divine action in producing a blade of grass, in the expanding flower. We must show them his goodness in the sun which vivifies all things, his goodness in his solicitude for all creatures however small or feeble they may be, his foresight, in the reason of existence of everything, none of them useless, his wisdom in the good which proceeds from momentary and apparent evil. Make them comprehend that evil is really man’s own work, and that God has made everything good. Seek then, not to frighten them with pictures of endless flame, causing them to doubt the goodness of God; encourage them with the certainty of their ability to repair all the wrong they have done; show them the discoveries of science as revelations of divine law, and not as the work of Satan; finally, teach them to read the book of nature, incessantly open before them as an inexhaustible volume, wherein the wisdom and goodness of the Creator are inscribed on every page. Then they will comprehend that a Being so great, occupying himself with all, watching over all, foreseeing all, must be sovereignty powerful. The laborer will behold him while he ploughs a furrow, and the unfortunate will bless him in affliction, for he will know that unhappiness is his own fault. Then will man be truly religious, rationally so, which is far better than to encourage faith in stories of images which sweat blood, in statues which wink their eyes and shed tears.

GENESIS – Allan Kardec.

Tio supernatura kaj la religioj

18. – Pretendi, ke tio supernatura konsistigas la fundamenton de la tuta religio, ke ĝi estas la volbŝlosilo de la kristana konstruaĵo, estas subteni danĝeran tezon. Se oni sidigas la veraĵojn de Kristanismo sole nur sur la bazo de tio mirakleca, oni al ĝi starigas malfortikan fundamenton, de kiu la ŝtonoj kun ĉiu tago defalas. Tiu tezo, kiun defendas eminentaj teologoj, rekte kondukas al la konkludo, ke post certa tempo ne eblos la ekzisto de religio, eĉ de la kristana religio, se oni demonstros natura tion, kion oni rigardis supernatura. Ĉar, kiom ajn oni alamasigos argumentojn, oni ne sukcesos subteni la kredon, ke iu fakto estas mirakla post kiam oni pruvis, ke ĝi tia ne estas. Nu, la pruvo, ke iu fakto ne estas escepta en la kadro de la naturaj leĝoj montriĝas tiam, kiam ĝi povas esti eksplikita per tiuj samaj leĝoj, kaj ke, povante refariĝi per la volo de iu ajn persono, ĝi ĉesas esti privilegio de la sanktuloj. Ne tio supernatura estas necesa al la religioj, sed ja la spirita principo, kiun oni erare kutimas konfuzi kun tio mirakleca kaj sen kiu religio ne eblas.

Spiritismo rigardas la kristanan religion de pli alta vidpunkto; starigas al ĝi bazon pli solidan ol la mirakloj: la neŝanĝeblajn leĝojn de Dio, kiuj regas tiel la spiritan kiel ankaŭ la materian principon. Tia bazo spitas la tempon kaj la Sciencon, ĉar ja la tempo kaj la Scienco ĝin iam sankcios.

Dio ne estas malpli inda je nia admiro, je nia danko, je nia respekto pro tio, ke li ne nuligis siajn leĝojn, kiuj grandiozas ĉefe pro sia neŝanĝebleco. Ne necesas tio supernatura, por ke ni honoru Dion per inda adoro. Ĉu la Naturo ne estas per si mem tiel impona, ke oni al ĝi devus ion ajn aldoni por pruvi la superegan povon? La religio renkontos des malpli da nekredantoj, ju pli la racio ĝin sankcios koncerne ĉiujn ĝiajn punktojn. Kristanismo neniom perdos pro tia sankcio; ĝi male nur gajnos. Se io ĝin malutilis ĉe la opinio de certaj homoj, tio estis ĝuste la eraroj de tio mirakleca kaj de tio supernatura.

19. – Se oni prenas la vorton miraklo en ties etimologia senco, nome en la senco de mirindaĵo, oni senĉese havos miraklojn antaŭ siaj okuloj; oni ilin spiros en la aero kaj premos sub la piedoj, ĉar ĉio en la Naturo estas miraklo.

Ĉu vi volas doni al la popolo, al la malkleruloj, al la malriĉaj en spirito ian ideon pri la povo de Dio? Montru ĝin en la senlima saĝo ĉion reganta, en la admirinda organismo de ĉio vivanta, en la fruktado de la plantoj, en la konformigo de ĉiuj partoj de ĉiu estaĵo al ties bezonoj, laŭ la medio, kie li devas vivi. Montru al ili la agadon de Dio en la tigo de la herbo, en la floro elvolviĝanta, en la Suno, kiu ĉion vivigas. Montru lian bonecon en la zorgado pri ĉiuj kreitaĵoj, kiel ajn malgrandaj ili estas, lian antaŭzorgon en la pravo de ekzisto de ĉiuj ekzistaĵoj, el kiuj neniu estas neutila, en la bono, kiu ĉiam rezultas el ŝajna kaj nedaŭra malbono. Precipe komprenigu al ili, ke la efektiva malbono estas verko de la homo, ne de Dio; ne provu ilin terurigi per la bildo de la eternaj flamoj, kiujn ili fine ne plu kredas kaj kiuj igas ilin pridubi la bonecon de Dio; prefere kuraĝigu ilin per la certigo, ke ili iam povos sin elaĉeti kaj ripari la faritan malbonon. Montru al ili la malkovrojn de la Scienco kiel malkaŝon de la diaj leĝoj, ne kiel verkon de Satano. Fine lernigu al ili kiel legi en la libro de la Naturo, konstante malfermita antaŭ ili; en tiu neelĉerpebla libro, kie la saĝeco kaj la boneco de la Kreinto estas enskribitaj sur ĉiu paĝo. Kaj ili tiel komprenos, ke unu tiel granda Estaĵo, kiu pri ĉio sin okupas, pri ĉio zorgas, ĉion antaŭvidas, nepre havas la superegan povon. La terkulturisto lin vidos, fosante sian sulkon, kaj la malfeliĉulo lin gloros en siaj afliktoj, dirante: Se mi estas malfeliĉa, tio estas pro mia kulpo. Tiam la homoj estos vere religiaj, precipe racie religiaj, multe pli ol se ili kredus je ŝtonoj sangoŝvitantaj aŭ je statuoj, kiuj palpebrumas kaj verŝas larmojn.

La Genezo – Allan Kardec.

"Ontem ao luar" en Esperanto

MPB Para Ouvir no Trabalho, Estudando ou no Cafezinho 2023

MEMÓRIAS DE UMA MÉDIUM | Prevenção do suicídio | #08 3ªT | com Jorge Ela...

Classificação fonética das vogais em Esperanto (gramática)

BLOCO 3 - Haroldo Dutra Dias no Setembro Amarelo - domingo - 17/09/23 (m...

sábado, 16 de setembro de 2023

Marcha do progresso / Wesen des Fortschritts / Irado de la progreso.

Marcha do progresso.

779. A força para progredir, haure-a o homem em si mesmo, ou o progresso é apenas fruto de um ensinamento?

“O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contato social.”

780. O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual?

“Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente.” (192–365.)

a) — Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?

“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.”

b) — Como é, nesse caso, que, muitas vezes, sucede serem os povos mais esclarecidos os mais pervertidos também?

“O progresso completo constitui o objetivo. Os povos, porém, como os indivíduos, só passo a passo o atingem. Enquanto não se lhes haja desenvolvido o senso moral, pode mesmo acontecer que se sirvam da inteligência para a prática do mal. O moral e a inteligência são duas forças que só com o tempo chegam a equilibrar-se.” (365–751.)

781. Tem o homem o poder de paralisar a marcha do progresso?

“Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.”

a) — Que se deve pensar dos que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a humanidade retrograde?

“Pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter.”

Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más. Quando estas se tornam incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em concordância com a justiça divina, que quer que todos participem do bem, que sejam abolidas as leis feitas pelo forte em detrimento do fraco.

782. Não há homens que de boa-fé obstam ao progresso, acreditando favorecê-lo, porque, do ponto de vista em que se colocam, o veem onde ele não está?

“Assemelham-se a pequeninas pedras que, colocadas debaixo da roda de uma grande viatura, não a impedem de avançar.”

783. Segue sempre marcha progressiva e lenta o aperfeiçoamento da humanidade?

“Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto deveria, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma.”

O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se esclarece pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas ideias pouco a pouco; dormitam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações.

Nessas comoções, o homem muitas vezes não percebe senão a desordem e a confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele, porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade admira os desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem. São a procela, a tempestade que saneiam a atmosfera, depois de a terem agitado violentamente.

784. Bastante grande é a perversidade do homem. Não parece que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos recuos?

“Enganas-te. Observa bem o conjunto e verás que o homem se adianta, pois que melhor compreende o que é mal, e vai dia a dia reprimindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue ao excesso, para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas.”

785. Qual o maior obstáculo ao progresso?

“O orgulho e o egoísmo. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual duplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Porém esse estado de coisas não durará para sempre; mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe infinitamente maior e infinitamente mais duradoura.” (Vide: Egoísmo, cap. XII.)

Há duas espécies de progresso, que uma a outra se prestam mútuo apoio, mas que, no entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido, no correr deste século, todos os incentivos. Por isso mesmo atingiu um grau a que ainda não chegara antes da época atual. Muito falta para que o segundo se ache no mesmo nível. Entretanto, comparando-se os costumes sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só um cego negaria o progresso realizado. Ora, sendo assim, por que haveria essa marcha ascendente de parar, com relação, de preferência, ao moral, do que com relação ao intelectual? Por que será impossível que entre o século dezenove e o vigésimo quarto século haja, a esse respeito, tanta diferença quanta entre o décimo quarto século e o século dezenove? Duvidar seria pretender que a humanidade está no apogeu da perfeição — o que é absurdo —, ou que ela não é perfectível moralmente — o que a experiência desmente.

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

Wesen des Fortschritts

779. Schöpft der Mensch die Kraft zum Fortschritt aus sich selbst oder ist der letztere nur das Ergebnis einer Belehrung?

„Der Mensch entwickelt sich selbst auf natürliche Weise; aber nicht alle schreiten gleichzeitig und in derselben Weise fort. Dann unterstützen durch den geselligen Verkehr die am weitesten Fortgeschrittenen die anderen.“

780. Folgt der moralische Fortschritt stets auf den intellektuellen?

„Er ist die Folge desselben, aber er folgt auf ihn nicht immer unmittelbar.“ (192. bis 365.)

780a. Wie kann der intellektuelle Fortschritt den moralischen herbeiführen?

„Indem er Gut und Böse erkennen lässt. Dann kann der Mensch wählen. Die Entwicklung des freien Willens folgt auf die Entwicklung der Intelligenz und erhöht die Verantwortung des Tun und Lassens.“

780b. Woher kommt es dann, dass oft die aufgeklärtesten Völker zugleich die verdorbensten sind?

„Der vollendete Fortschritt ist das Ziel, aber Völker wieIndividuen erreichen dasselbe nur Schritt für Schritt. Bis dass der moralische Sinn sich in ihnen entwickelt hat, können sie sich sogar ihrer Intelligenz zum Bösen bedienen. Moral und Intelligenz sind zwei Kräfte, die erst nach langem Miteinander ins Gleichgewicht kommen.“ (365. bis 751.)

781. Ist es dem Menschen verliehen, den Fortschritt aufhalten zu können?

„Nein, aber ihm zuweilen Hindernisse in den Weg zu legen.“

781a. Was soll man von den Menschen denken, die den Fortschritt aufzuhalten und das Menschengeschlecht zum Rückschritt zu bringen suchen?

„Arme Wesen, welche Gott zu Rechenschaft ziehen wird: Sie werden verschlungen werden von dem Strom, den sie aufhalten wollen.“

Da der Fortschritt eine Grundbedingung in der Natur des Mensches ist, so liegt es in keines Menschen Macht, sich demselben entgegenzustemmen. Er ist eine lebendige Kraft, welche schlechte Gesetze aufhalten, aber nicht ersticken können. Wenn diese Gesetze unverträglich mit ihm werden, so bricht er sie samt allen denjenigen, die sie aufrecht zu halten streben. So wird es bleiben bis der Mensch seine Gesetze mit der göttlichen Gerechtigkeit wird in Einklang gesetzt haben, die das Wohl aller will, nicht Gesetze zu Gunsten des Stärkeren, auf Kosten des Schwachen.

782. Gibt es nicht Menschen, die den Fortschritt hindern, im guten Glauben ihn zu fördern, weil sie ihn von ihrem Gesichtspunkt oft da sehen, wo er nicht zu finden ist?

„Ein unter das Rad des Lastwagens gelegtes Steinchen, das ihn nicht am Vorwärtskommen hindert.“

783. Verfolgt die Vervollkommnung des Menschengeschlechts immer einen stetig und langsam fortschreitenden Gang?

„Der regelmäßige und langsame Fortschritt entspringt aus der Macht der Verhältnisse; wenn aber ein Volk nicht schnell genug fortschreitet, so erweckt ihm Gott zur einen oder anderen Zeit eine physische oder moralische Erschütterung, die es umgestaltet.“

Der Mensch kann nicht dauernd in Unwissenheit verharren, weil er an das ihm von der Vorsehung gesetzte Ziel gelangen soll: Er unterrichtet sich durch die Macht der Verhältnisse. Die mora – lischen, wie die sozialen Umwälzungen, dringen allmählich in den allgemeinen Vorstellungskreis ein. Sie keimen Jahrhunderte lang, platzen dann plötzlich und zertrümmern das wurmstichige Gebäude der Vergangenheit, das nicht mehr mit den neuen Bedürfnissen und Bestrebungen in Einklang steht.

Der Mensch bemerkt an diesen Erschütterungen oft nur die Unordnung und Verwirrung, die ihn in seinen materiellen Interessen benachteiligen. Wer aber seine Gedanken über die eigene Person zu erheben weiß, der bewundert die Pläne der Vorsehung, die aus dem Übel das Gute hervorgehen lässt. Sturm und Gewitter sind es, die den Dunstkreis wieder gesund machen, nachdem sie ihn durcheinander geworfen haben.

784. Die Verdorbenheit des Menschen ist sehr groß und scheint er nicht eher rückwärts statt vorwärts zu schreiten, wenigstens in moralischer Beziehung?

„Da irrst du; beobachte scharf das Ganze und du wirst sehen, dass er fortschreitet, weil er besser erkennt was Böse ist und weil er jeden Tag Missbräuche abschafft. Das Übermaß des Übels ist nötig, um die Notwendigkeit des Guten und der Reformen einsehen zu lassen.“

785. Worin besteht das große Hindernis des Fortschrittes?

„Im Hochmut und im Egoismus. Ich meine den moralischen Fortschritt, denn der intellektuelle ist ein ununterbrochener. Im Anfang scheint er sogar jene Laster in ihrer Tätigkeit zu verdoppeln, indem er den Ehrgeiz und die Geldgier entwickelt, welche dann selbst wieder den Menschen zu Untersuchungen führen; die seinen Geist aufklären. So hängt alles in der moralischen wie in der physischen Welt zusammen und aus dem Übel selbst kann das Gute hervorgehen. Dieser Zustand der Dinge wird aber seine Zeit haben: Er wird sich ändern in dem Maß, wie der Mensch besser erkennen wird, dass es außer dem Genuss der irdischen Güter ein unendlich höheres und dauerhafteres Glück gibt.“ (Siehe: Drittes Buch, Kap. XII, Moralische Vervollkommung, `Vom Egoismus´.)

Es gibt zwei Arten von Fortschritt, die sich gegenseitig unterstützen und die dennoch nicht nebeneinander herschreiten: der intellek – tuelle und der moralische Fortschritt. In unserem Jahrhundert empfängt der erstere bei den zivilisierten Völkern alle wünschenswerte Ermutigung. Er hat auch einen bisher noch nicht gekannten Grad erreicht. Es fehlt dagegen viel, dass der letztere sich auf derselben Stufe befindet, und doch müsste man bei Vergleichung unserer sozialen Sitten mit denen vor einigen Jahrhunderten blind sein, wenn man den Fortschritt leugnen wollte. Warum sollte also der aufsteigende Gang eher im Moralischen als im Intellektuellen stillstehen? Warum sollte der Unterschied zwischen dem neunzehnten und des vierundzwanzigsten Jahrhunderts nicht ebenso groß sein wie der zwischen dem vierzehnten und dem neunzehnten? Daran zweifeln hieße zu behaupten, dass die Menschheit auf dem Höhepunkt der Vollendung angekommen sei, – was ungereimt wäre oder aber, dass sie moralisch nicht vervollkommnungsfähig sei, – was durch die Erfahrung widerlegt wird.

DAS BUCH DER GEISTER  - Allan Kardec.

Irado de la progreso

779. Ĉu la homo ĉerpas el si la progresoforton, aŭ ĉu la progreso estas nura rezultato de instruado?

“La homo elvolviĝas mem tute nature, sed ne ĉiuj progresas samtempe kaj en sama maniero; tiam, la plej evoluintaj helpas la progreson de la ceteraj pere de la societa kontakto.”

780. Ĉu la morala progreso ĉiam sekvas la intelektan?

“La unua estas sekvo de la dua, sed la morala ne ĉiam venas tuj post la intelekta.” (192-365)

— Kiel la intelekta progreso povas konduki al la morala progreso?

“Ebligante al la homo kompreni bonon kaj malbonon: li do povas elekti. La elvolviĝo de la libera volo sekvas tiun de intelekto kaj pliigas la respondecon por la faroj.”

— Kiel do la plej instruitaj popoloj estas ofte la plej malvirtaj?

“La kompleta progreso estas la celo; sed la popoloj, kiel la individuoj, ĝin trafas nur paŝo post paŝo. Ĝis la morala sento elvolviĝos ĉe ili, ili povas uzi sian intelekton, eĉ por fari malbonon. Moraleco kaj intelekto estas du fortoj, kiuj nur post multe da tempo sin ekvilibras.” (365-751)

781. Ĉu estas eble al la homo haltigi la iradon de la progreso?

“Ne, sed li povas ĝin iafoje malhelpi.”

— Kion pensi pri la homoj, penantaj haltigi la iradon de l’ progreso kaj igi la homaron retropaŝi?

“Kompatindaj estuloj, kiujn Dio punos; ili estos renversitaj de la torento, kiun ili vane volas bari.”

Ĉar progreso estas kondiĉo de la homa naturo, neniu do kapablas ĝin kontraŭstari. Ĝi estas viva forto, kiun la malbonaj leĝoj povas ĝeni, sed ne bridi. Kiam tiuj leĝoj fariĝas neakordigeblaj kun tiu forto, ĉi tiu disbatas ilin kaj ĉiujn homojn, kiuj penas ilin konservi; kaj tiel estos plu, ĝis la homo konformigos siajn leĝojn al la dia justeco, kiu volas bonon por ĉiuj, ne leĝojn faritajn de fortulo malprofite por malfortulo.

782. Ĉu iuj homoj bonafide ne embarasas la progreson, pri kiu ili pensas, ke ili ĝin favoras, ĉar ili ĝin rigardas el sia vidpunkto, kaj ofte tie, kie ĝi ne estas?

“Bagatela ŝtoneto sub rado de l’ veturilo, sed kiu ne malhelpas ties antaŭeniron.”

783. Ĉu la perfektiĝo de la homaro iras ĉiam progrese kaj malrapide?

“Ekzistas la regula, grada progreso, rezultanta el la forto de la cirkonstancoj; sed, kiam iu popolo ne sufiĉe rapide iras, Dio igas ĝin sperti, de tempo al tempo, fizikan aŭ moralan skuon, kiu ĝin aliigas.”

La homo ne povas eterne restadi en neklereco, ĉar li devas trafi la celon, difinitan de la Providenco; li sin instruas per la forto de la okazoj. La moralaj, kiel la sociaj, revolucioj iom post iom enfiltriĝas en liajn ideojn; ili ĝermas dum jarcentoj, poste ili subite ekkrevas kaj frakasas la elkonsumitan konstruaĵon de l’ pasinteco, jam ne harmoniantan kun la novaj bezonoj kaj aspiroj.

La homo ofte vidas en tiuj skuegoj nur la momentajn malordon kaj konfuzon, kiuj vundas liajn materiajn interesojn; sed tiu, kiu altigas sian penson super sian personon, admiras la planojn de la Providenco, kiu el malbono naskas bonon. Tiel same ventego aŭ uragano purigas la atmosferon, kiun ĝi skuegis.

784. La malico de la homo estas granda; ĉu ne ŝajnas, ke li kankre iradas anstataŭ antaŭenpaŝi, almenaŭ el la morala vidpunkto?

“Vi eraras; atente observu la tuton, kaj vi vidos, ke la homo antaŭeniras: li pli ĝuste komprenas, kio estas nekonvena, kaj ĉiutage reformas maljustaĵojn. Malbono devas esti ekscesa, por ke la homo sentu la neceson de bono kaj de reformoj.”

785. Kiu estas la plej granda baro al la progreso?

“Fiero kaj egoismo; mi parolas pri la morala progreso, ĉar la intelekta ĉiam antaŭeniras; ŝajnas ja, unuavide, ke ĝi pliintensigas la aktivecon de tiuj malvirtoj; efektive, ĝi kreskigas avidemon kaj amon je riĉaĵoj, kaj ĉi tiuj, siavice, instigas la homon al la esploroj, kiuj faras lian Spiriton pli klarvida. Tiel ĉiuj aferoj interligiĝas, en la morala, kiel en la fizika mondo, kaj el malbono povas naskiĝi bono; sed tiu stato de la aferoj daŭras nur sian propran tempon; ĝi ŝanĝiĝas laŭ tio, kiel la homo pli bone komprenas, ke, krom ĝuado de la surteraj havaĵoj, ankaŭ ekzistas treege pli granda kaj pli daŭra feliĉo.” (Vidu Egoismo, ĉap. XII.)

Estas du specoj de progreso, sin reciproke subtenantaj kaj tamen ne irantaj flanko ĉe flanko: la intelekta kaj la morala progreso. Ĉe la civilizitaj popoloj, la unua ricevas, dum ĉi tiu jarcento, ĉiajn dezirindajn favorhelpojn, kiuj ĝin levis ĝis neniam antaŭe konata ŝtupo. Multo mankas al la dua, por ke ĝi atingu saman nivelon; sed, malgraŭ tio, Kompreneble, la XIX-a, kiam vivis A. Kardec.

Tiun ĉi libron Kardec skribis antaŭ pli ol cent jaroj. Dum ĉi tiu tempo, scienco kaj tekniko progresis multe pli ol en la antaŭa jarmilo kaj donis al la homaro milojn da bonaĵoj: fonografo, radiofonio, aviado, utiligo de l’ atomenergio k.a. se oni komparas la hodiaŭajn sociajn morojn kun tiuj en la pasintaj jarcentoj, oni devus ja esti blinda, por ne konfesi ties progreson. Kaj, kial la supreniranta marŝado haltus prefere rilate al moraleco, ol al intelekto? Kial ne estos inter la dek-naŭa kaj la dudek-kvara jarcento tiom da diferenco, kiom inter la dek-kvara kaj la dek-naŭa? Tion pridubi estus kiel aserti, ke la homaro troviĝas en la apogeo de perfekteco - kio estus absurdo -, aŭ ke ĝi estas morale neperfektigebla – kion la sperto malkonfirmas.

La Libro de la Spiritoj – Allan Kardec.